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 A DESORDEM DO CAPITAL

 

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  Escrevi esses comentários no jornal El País à uma reportagem de Carla Jimenez, “Não acredito que um gestor vai resolver os problemas do Brasil”, diz presidente do Itaú. (18 de Abril de 2017) . Desde então o processo político brasileiro, de forma completamente às avessas e sem credibilidade dos poderes, diante de uma contínua e tremenda crise política, tem desmontado a economia do país e uma plataforma de direitos dos trabalhadores e cidadãos, conquistados ao longo de décadas. Quem quiser pode chamar isso de nova economia, mas de fato é um desmonte capitaneado por algo bem velho, mas que se afigura como desconhecido. Uma desordem do Capital.

Saímos de qualquer pretensão de um Estado de bem-estar social e o sujeito histórico, mais do que nunca é o velho e decadente Capital. Não sabemos em que conceito encaixar direito essas investidas econômicas do governo do Brasil, mas me deixou como escrevi em Abril uma sensação de déjà vu. Aqui novamente, ás vésperas da data da independência do Brasil os comentários para podermos pensar como os antigos romanos: Quo Vadis ?


No início dos anos 80 do século passado, nas aulas de Maurício Tragtenberg, na PUC de São Paulo, minha turma foi apresentada às teorias Marxianas de João Bernardo, um marxista português, que se debruçou sobre os escritos de Marx e trouxe outra leitura e inclusive outros prognósticos para o futuro do capitalismo.


Na época o que tínhamos sobre as leituras e teorias de João Bernardo era ainda incipiente, mas lembro bem de como ficou gravada em minha cabeça a idéia de que no futuro o capitalismo não teria classes, mas gestores. Tanto que quando se fala em gestão nas empresas atualmente fico toda arrepiada, porque me ficou a idéia de que não teríamos a quem reclamar do capitalismo. Estaria despersonalizado e não haveria classes para se tentar detê-lo. Talvez a verdade crua e nua: o capital era mesmo o sujeito da história e nós pensávamos que eram os humanos.


E eis que o tema chega às páginas dos jornais tratando da questão. O empresário se autoproclama gestor e também já não vivemos mais na política a época das eminências pardas. As mesmas épocas dos filmes noir e antes da ditadura militar no Brasil. Sabemos hoje que as ditaduras na América Latina e continentes como África foram criadas e acompanharam pari passu o desenvolvimento do capitalismo nos países centrais. Sempre respondeu a esses interesses, mas nunca foi tão claro, como agora, que foi desvendada na operação Lava-Jato no Brasil, a influência e por que não sujeição da política aos interesses do Capital.


Empresas como Odebrecht foram donas do país durante décadas e comandaram a política, estendendo seus tentáculos através do Brasil para outros países e continentes. Parece que as teses de João Bernardo estão começando a se realizar aqui no Brasil, já que as grandes empresas e corporações no capitalismo central já não se sabe mais de quem é.


Agora, quando o empresário diz que gestor não pode ser político, novamente me arrepiei. Estamos chegando a bordo de uma nave desconhecida e nem mesmo sabemos quem é o seu piloto. Quem tiver ainda esperança de um sistema alternativo urge construir um plano B. Se temos que embarcar numa viagem rumo ao desconhecido temos que fabricar outra nave, na qual saibamos a quem nos dirigir e a quem ajudar quando forem necessários todos os socorros.


(Comentários de 18/04/2017)



--------------------------------------------------------------                  Verônica Maria Mapurunga de Miranda

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