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Greve: desacato ou cidadania?

                                                              



 Ontem acordei ao som de megafones e marchas em Viçosa do Ceará. As notícias: havia greve da guarda municipal da cidade. Em tempos de grandes marchas e manifestações no país, era alguma coisa diferente na cidade. Suponho que parte da população acharia diferente, também, em muitas cidades pequenas do interior. Para algumas pessoas e quem sabe até para autoridades do município essa greve pode parecer desacato, mas não é.

 O saldo de ter o país em questionamento, através de greves e marchas é a possibilidade de repensar o que é direito dos trabalhadores e cidadania, que é diferente de questões e rancores pessoais. Em geral nas pequenas cidades do interior ainda existe a idéia de que reclamar direitos é um desacato à autoridade ou uma questão pessoal com os gestores e administradores. 

 É necessário, entretanto, começar a ver com outros olhos esses fatos, que com certeza passarão a ser mais recorrentes para o bem da população, das cidades e da política. Greves por direitos trabalhistas estão previsto nas leis e constituição do país como um direito dos trabalhadores e em nenhum momento elas significam desacato, mas a possibilidade de negociação e de garantir direitos, às vezes mínimos.

Em um momento em que se discute  a segurança das cidades e até das pequenas cidades, cumprir minimamente os direitos trabalhistas da guarda municipal é um direito de segurança de todos, já que a população em época de violência crescente necessita desses serviços básicos. Segundo informação dos grevistas e sindicatos que o apoiam e em nota de esclarecimento à população as reinvindicações são relativas à 75% do adicional de risco de vida como direito previsto em lei, que conforme o que noticiaram em megafone, existiam no início do trabalho quando foram concursados e depois  foram retirados. E a outra reinvindicação é a aquisição de Equipamentos de Proteção Individual para o desempenho correto nas ruas do município.

 Apesar de ser, talvez, a primeira greve de trabalhadores no município não deveria ser entendida nem pela população, nem pelas autoridades e gestores públicos como um desacato, ou como raiva e oposição à prefeitura. É simplesmente a luta pelos direitos e isso é comum em toda parte do mundo. Faz parte da política e da democracia. Esta é uma ocasião para começar a olhar com outros olhos essas manifestações que tenderão a ocorrer mais vezes. Ela não é demérito para ninguém, nem para as autoridades e gestores públicos que aprenderem a lidar com elas. A palavra certa é negociação. Com ela é possível uma convivência mais saudável.

 Espera-se que haja uma mudança de olhar na política, na população e nos gestores públicos com essa situação. Sempre podemos aprender e ganhar um pouco de todos os lados. Que as cabeças se iluminem e encontrem a melhor solução. Viçosa e a população com isso sairão ganhando.

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       Verônica Maria Mapurunga de Miranda

 

 

 

  Dia 28

Junho de 2014

   


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