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Sobre as Mudanças Planetárias,  seus Mestres e Guias

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 Comentei no facebook e recoloco aqui a necessidade de entender a grande afluência, busca e existência de guias, mestres e movimentos espirituais, principalmente nas redes sociais. Não estou querendo fazer nenhum estudo sociológico, mas bem mais entender esse fenômeno em que muitos se inscrevem hoje.

Creio que sobre guia espiritual tem muitas variações e muitas buscas diferentes. Muitas vezes há uma busca em massa por algo que exige guias que de alguma forma coloque parâmetros, mostre caminhos para uma nova sociedade ou cultura, ou civilização que se está gestando. E há a busca individual, de pessoas que estão se realizando espiritualmente em um dado nível mais profundo e que necessita ajuda para superar, transcender esses níveis. E ainda existe, eu creio, em algumas épocas muitas mudanças individuais que requerem maior acompanhamento porque chegou a época de muitos constituírem seu próprio eixo.

 Por uma quantidade de experiências que já ocorrem e que já foram vivenciadas e relatadas sabemos que um mestre ajuda a traduzir, para quem está sendo "guiado" o que é estar em outro nível, através da experiência, das chaves e vivências em um dado processo. Sair do plano físico para o sutil até o causal é entrar em um mundo de mistérios que só se pode sentir fazendo uma passagem difícil para quem não viveu em outras dimensões.

Mas, de fato, cada qual tem seu propósito, inclusive o espiritual e existem também muitos gurus ou mestres que pensam de formas distintas e que trabalham dentro de uma dada linhagem espiritual, mas muitas vezes também religiosa. E vivemos uma época de superar ou transcender as crenças e religiões.

Concordo plenamente de que não existe uma receita. O GPS interno ou mestre interior muitas vezes já está mais desperto e pode orientar a quem o indivíduo deve seguir, para que e até quando. Ou mostra-lhe aos poucos que há um mestre a quem se pode entregar temporariamente sua "vida" para a passagem. Mas, existe, também, para quem não tem claro esse radar e é "ignorante" espiritualmente riscos de cair em mãos de gurus de seitas, que se utilizam de processos de transferência extremamente perigosos e manipuladores.

Acho oportuno que seja colocado e suscitado esse tema que é de muita relevância atualmente. Saber que os verdadeiros mestres estão em nós mesmos e que necessitamos sair da ignorância espiritual para buscar aquilo que realmente cada um necessita. A espiritualidade é uma capacidade que todos nós carregamos e que temos de desenvolver para esses tempos atuais e os que se aproximam. O religare é uma necessidade, como é necessário o trabalho de educação espiritual. Na época em que vivemos é muito importante.

E também é importante aprender a acessar nosso mestre interior. Porque serão fornecidas as verdadeiras coordenadas de nossas vidas e nossos propósitos e missões em nosso planetinha. Penso também que assim como muitas pessoas carecem de um mestre para a realização de tais tarefas e propósitos, os mestres também necessitam dessas pessoas para realizarem os seus propósitos aqui  e agora. Estamos interagindo e engajados e "enganchados" em uma mesma responsabilidade. Acredito também que amar e aprender a fazê-lo é a missão suprema.

Há, contudo, diferenças com o que sempre ouvimos falar e algumas pessoas experienciaram sobre essa "guiança". Vivemos numa época em que os mestres não trabalham sozinhos e têm equipes. Há um trabalho em massa e isso de alguma forma redefine o papel do mestre ou guru. Muitas vezes através da internet pensamos estar em comunicação com um mestre, mas na verdade estamos em comunicação com sua equipe. Por um lado há facilidades de ter contato com a sabedoria de um mestre, mas por outro lado sua função é também redefinida e fica aquela dúvida se vale a comunicação, já que não se sabe qual é o filtro de uma equipe que se desconhece.  Em meio a tantas demandas os mestres não têm tempo, ao tempo que necessitam de muitos likes para fazer seu trabalho e divulgação.

Creio que há uma redefinição do mestre que acompanhava seus discípulos. Em alguns casos, não estou generalizando, é possível ter um acompanhamento se for pago. Se for pago tem a melhor meditação, as melhores matérias e as outras servem ao público em geral. Isso também ocorre em forma de cursos e oficinas  e não se pode dizer que ocorre com todos, mas parece que é uma tendência nesses tempos de comunicação no cyberspace.

Estou escrevendo tudo isso buscando entender essas redefinições e como afetam a relação mestres-discípulos e em muitos casos mestres-seguidores. Sou muito grata e creio que muitas pessoas também pelos conhecimentos e ajudas que nos chegam através  dos recursos da aldeia global, mas tudo parece estar dentro de um esquema de trabalho de massa e em algum momento parece existir alguma competição.

Qual é o melhor mestre ou qual recebe mais like, ou nossa equipe é voluntária e a outra é paga. Afinal, a questão é que há uma grande necessidade de mestres e de compreensão de tudo que se refira a espiritualidade, mas tudo isso está sendo redefinido e disposto em outros parâmetros, inclusive das comunicações.

Somos agradecidos pelos mestres aqui e ali abordarem o tema. Chegamos a um tempo, uma época sem muito tempo, em que tudo necessita ser realizado de forma massiva  e logo. Uma tarefa que não é fácil porque significa realizar individualmente algo que está se fazendo em massa. Paradoxo da nossa época.

Verônica Maria Mapurunga de Miranda

  Dia 08.02.2017 a 22.02.207

Janeiro/Fevereiro de 2017

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