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E o amor... É cego? |
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Uma das coisas importantes em qualquer caminho, seja de conhecimento, seja mais amplo é quando aprendemos que podemos aprender sempre. E quanto mais seguimos, as oportunidades de aprendizagem se alargam e podemos aprender com uma pedra, com um passarinho, com um sussurro do vento, com um pequeno ou grande animal, com pessoas das mais variadas formações, culturas, saberes, virtudes e maldades. E essa aprendizagem nunca é uma fórmula ou receita, e se revela em algo que foi acrescentado, integrado, ou algo que de repente pode ter sido perdido para sempre. Sim, quando aprendemos nos reformulamos, perdemos vestes e como vivemos em um mundo material adquirimos outras. Importante reter é que qualquer aprendizagem estará em um lugar único para objetivos e propósitos próprios, que muitas vezes nem é de todo conhecido. Aprender é aprender a desvelar-se e a reconstituir-se para objetivos cada vez "maiores". A palavra maiores está destacada porque não significa que seja maior para outros ou outrem, mas para si mesm@. Ir adquirindo consciência dos seus propósitos é também ter a possibilidade de "viver" realmente. O Amor, parece que já há um consenso, é uma missão suprema nessa aprendizagem. Ele está em toda parte como energia amorosa mas há que se está apto para senti-lo em toda sua pujança e presença. E é necessário sentir e ouvir o coração, mesmo que seja para ele dizer a você que muito lhe escapou e que é necessário a resposta do mundo e das coisas. O amor ocupa muito de nossos pensamentos, atividades, realização pessoal, talvez porque transformados em fragmento de nosso eu maior seja difícil chegar a essa dimensão energética atômica. Na dimensão planetária um olhar de fora e amoroso diria, quem sabe, que apesar de sermos todos iguais ainda estamos muito divididos. Cadê as ligas? E todos que já empreenderam seus próprios caminhos e adquiriram algum tipo de iluminação vão dizer: É um problema de consciência. O ser humano não pode ir adiante sem a expansão da consciência. Cientes disso vamos fazendo nosso pequeno trabalho enquanto desfrutamos a vida, da forma que cada um pode fazê-lo. Quanto mais recuperamos essa capacidade e esse amor mais "vivemos", mais nos conectamos à vida. Eu, você, nós, vós e eles estamos ainda por aqui, vamos aproveitar melhor tudo isso. Mas uma questão me foi suscitada nos últimos dias sobre tão importante sentimento. Disseram: Se você ama não julga, não compara, não vê o mal porque de fato ele não existe. Uma visão monádica ou monista da realidade. Se tomadas essas colocações em um nível muito individual, podemos saber que todos estamos em processo, erro é uma palavra que existe no dicionário e ainda é muito usada. Por isso necessitamos de compaixão com os outros e conosco. "Ama ao próximo como a ti mesmo." Mas somos chamados permanentemente a usar a capacidade de escolha e nelas querendo ou não temos que ter discernimento. Fiquei pensando que diante de premissas tão exigentes para o comum dos mortais vivendo na separatividade, as chances ficam diminutas. É mesmo verdade que o amor é cego? Sinceramente, acho que na falta de ambientes mais propícios para tão altos e expansivos objetivos temos que ir buscando a compreensão sincera, para não ficar na velha receita religiosa e já obsoleta de princípios que não podem ser seguidos e que as pessoas ficam repetindo como uma ladainha, mas ninguém segue. Expandir a consciência e sentir o amor nesse diapasão é uma experiência e não uma receita de bolo. Penso, portanto, que enquanto não se desdobra e/ou não se re-corda esses níveis de consciência temos que trabalhar o que é possível e que é dado pelas dificuldades, diferenças, separatividades, que fazem parte de um mundo já em reboliço nos interiores e exteriores. Não serve, infelizmente, tentar juntar o que não é possível e nem dar uma paulada para matar o cara que só assim ele renasce, nem que seja a paulada. Creio que há vários níveis de atividades nesse campo. Estamos saindo (e isso não é tempo cronológico) da sociedade simplesmente da informação para a sociedade do conhecimento. E isso nos faz necessitar de diálogo seja interior, seja exterior. E essa dialogicidade, a troca de saberes, tende a adquirir conotações mais profundas, diálogo não se faz só com palavras e não é somente "conversa para boi dormir", será muito mais para acordar. Ouvi outro dia alguém dizer que as palavras são sagradas, acho que até poderão ser, mas em geral ainda não são. O que eu e você falamos só será sagrado se essa dimensão sagrada for vivida. E nenhuma palavra tem que ser passiva ou deixar de dizer a verdade por ser sagrada. E o amor... Tem que ser cego? Não. Principalmente na fase em que vivemos, não. Há uma questão importante no amor, que é o discernimento e a sabedoria. Gosto sempre de citar exemplos do Rei Salomão porque ele é entendido por cristãos e gnósticos e acho que chega a outras culturas. Salomão pediu a Deus, quando essa relação era mais direta, que queria um coração que escuta, um coração sábio. E a sabedoria do coração é também amor. Em um dia no seu reinado chegaram duas mulheres em uma audiência, reclamando cada uma, que um bebê que traziam era seu filho. Uma delas tinha dormido sem querer sobre o seu filho verdadeiro e o tinha matado sufocado durante a noite. Palavra contra palavra Salomão adotou uma atitude extrema e ordenou a um soldado de sua guarda: Corte o bebê no meio com a espada e dê a metade para cada uma, já que as duas dizem que são mães do bebê. Uma delas disse: Pode cortar, é justo. Que cada uma tenha sua metade de direito. E a outra chorando e suplicando disse: Senhor, não faça isso, eu renuncio à minha parte, mas deixe meu filho viver. Salomão então disse: Leve a criança, o filho é seu. Nessa atitude e decisão que um rei, um eixo para o reino, um princípio ético, tomou naquela situação, teve que comparar, julgar e discernir. E o fez com sabedoria e amor. O amor estava presente, mas era necessário discernir com sabedoria para não cometer injustiças maiores. Nesse caso, a mãe que disse que poderia dividir a criança, mesmo que ela fosse sua mãe biológica, não teria direito a ela pela lei sábia do amor. Uma mãe que aceitou matar a criança não poderia jamais cuidar desse filho. Não tinha amor e poderia até matá-lo depois. Vivemos em um mundo de diferenças, de injustiças e de maldades, além do amor que está em todas as partes. E a única forma de não se contaminar e não se deixar arrastar por essa obscuridade é se manter puro. Mas se manter puro e inocente não significa ser ingênuo ou não ver a realidade, não ter discernimento. Mas significa não fazer e não ser cúmplice das coisas exteriores, que em algum lugar de sua psique você pode reconhecer como sendo o mal. Se manter puro é sobretudo ter consciência de tudo o que está aí fora e que contém também o mal, ou a distorção da luz, saber que fazem parte da matéria que nos compõe a todos e, no entanto, conseguirmos nos manter imune a isso. E a grande vitória de cada um é conseguir se manter o mais puro e inocente possível até que a "morte nos separe". Francisco de Assis tinha consciência de que era um "pecador", dentro do pensamento cristão, por carregar além de sua própria sombra, esse universo exterior de humanos que "não amavam o amor". Ele disse: "Não me chamem de santo porque até eu morrer ainda posso me tornar um assassino". Ele tinha a consciência de que carregava em si a obscuridade, que era a matéria, seu próprio corpo, com instintos e o inconsciente da humanidade que estava em si e não somente a luz. O que o salvava, então, e o mantinha puro e inocente, assim como pode também nos manter é o amor, mas não um amor cego, e sim em uma acepção maior, de consciência expandida, com discernimento e sabedoria. "Só o amor com sua ciência nos torna tão inocentes." Violeta Parra.
Verônica Maria Mapurunga de Miranda |
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Dia 16.05.2017 |
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