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Lei Maria da Penha: A Não Violência Necessária

 

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   Comemorando 11 anos da Lei Maria da Penha, uma vitória para todas as mulheres e homens que lutaram e contribuíram para que a violência doméstica, da sociedade e cultura patriarcal tivesse uma ressignificação em âmbito nacional, levando a outras ações que são muito importantes na saúde e dignidade das mulheres, no estabelecimento de novas relações entre homens e mulheres e no aprofundamento de um debate seja de gênero, seja de mudanças de patamar da consciência humana.

São essas ações possíveis de acontecer em uma sociedade politicamente mais aberta, na conjuntura  em que aconteceu, que fazem os "entremeios" desses tecidos sociais tão importantes para os seres humanos.  Nessa foto do Senado Federal os 5 tipos de violência  que a mulher deve denunciar e que extrapola a mera violência física.

Além dessas violências passarem a se constituir "crimes" com diversos tipos de penalidades e fazer justiça ás mulheres que sofrem todos os tipos de violência na sociedade patriarcal, a Lei Maria da Penha e seus desdobramentos geram um debate e uma visibilidade a essas questões  que nos permite nos aprofundar cada vez mais nesse tema.

Uma das questões imediatamente percebida é que a sociedade patriarcal tem uma ideologia que afeta homens e mulheres e está muito arraigada na cultura. Dessa forma, a violência ainda, e considerando as circunstâncias, é aceita por muitas mulheres que continuam em uma dependência, que nem sempre é econômica, com maridos, parceiros e namorados que lhes maltratam.

A outra questão é que as próprias mulheres, muitas delas, são coniventes com o patriarcalismo que gera essa violência e em alguns casos são cúmplices dos homens que perpetram essas violências em outras mulheres.

Como vimos acima, há muitas formas de violência na sociedade patriarcal, além da violência física. Mas nesse contexto o que é ainda pior são as mulheres que criaram filhinhos com essa violência, os apóiam, os instigam, assim como a outros membros familiares, a cometer esses abusos. Dos homens ou dos homens que causam essas violências nós já sabemos, mas é importante saber que muitas mulheres manipulam e utilizam os seus homens machistas a causar este tipo de violência contra outras mulheres que não lhe agradam. São defensoras da ordem patriarcal e da violência.

 E ao que parece existe um nível de competitividade, inveja e coisas do tipo. As mulheres têm que saber que ao apoiar e instigar a violência patriarcal contra outras mulheres estão fazendo um mal a si mesmas, ás suas filhinhas, netas e descendência, porque tudo isso volta para si mesma e para as mulheres em geral.

  Também há mulheres que se dizem feministas, que portam cartazes e clichês contra a violência feminina, mas que no seu cotidiano atuam a favor da ordem patriarcal, de forma inconsciente ou não, apoiando ou não querendo saber dos casos de violência de amigas ou conhecidas, quando não lhe é conveniente politicamente ou vai mexer no seu bolso ou em suas relações. Poderíamos chamar essas mulheres de feministas de ocasião e  que requerem coerência. Porque é o exemplo que traz mudança e transformação. As mulheres ainda estão nessa situação pela falta de sororidade e de não saberem ou não quererem distinguir quando uma mulher atua com outra dentro da lógica patriarcal, fazendo uso do seu masculino interno muitas vezes machista e descompensado.

  É necessário cuidar do masculino interno que todas nós mulheres carregamos. É necessário o já tão solicitado e ventilado auto-conhecimento. Essas questões são muito importantes para acompanhar as leis. Senão não vão adiantar mesmo, vão acabar não funcionando porque os interesses e as relações pessoais acabam sendo mais importantes do que o sentido ético. A mulher tem que procurar entender não somente o machismo ocasional, mas a sociedade e cultura patriarcal em que vive e que atinge a todos, não somente os homens, para pensar a mulher e o feminino na coletividade. A mulher para sair desse dilema tem que se propor ela mesma a não aceitar internamente esses pressupostos e crescer. Quando isto começar a ocorrer em massa, as leis em seu favor vão funcionar adequadamente.

  Entendemos, portanto, que é necessário muito mais que somente empunhar cartazes e faixas se queremos superar a violência contra a mulher na sociedade e cultura patriarcal. Entender a sociedade e cultura patriarcal, se entender dentro delas e transformar o masculino que carrega proporcionará a abertura de portas para a chegada de um feminino mais verdadeiro e mais realmente empoderado para a coletividade.

Não mais violência contra a mulher! Paz! Paz! Paz.

--------------------------------------------------------------                  Verônica Maria Mapurunga de Miranda

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