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            Nosso Lugar, Nossas Tarefas Próprias

      Todos nós temos nosso lugar no mundo e nossas tarefas próprias. Quando tentamos interferir nas tarefas ou naquilo que é próprio de outro estamos esquecendo e abandonando a nós mesmos no que há de mais profundo e valioso. Nosso trabalho mais valioso como ser humano só pode ser feito por cada um, apesar de o fazermos "sempre em relação".

Quando nos encontramos profundamente sabemos que estamos cumprindo algo, uma missão ou tarefa de vida, mesmo que os problemas, os disfarces e as máscaras da cultura possam apontar coisas diversas. Adquirimos a compreensão de que "somos apenas um fio na tessitura maior, mas um fio importante para que ela exista".

Quando adquirimos essa compreensão não precisamos sentir ciúmes ou inveja do trabalho do outro, da tarefa do outro, da existência do outro, não precisamos querer interrompê-lo ou adquiri-lo ou utilizá-lo para tirar vantagens individuais. O trabalho, a missão, a tarefa própria de alguém é algo para nos maravilhar, já que ao conhecê-lo, de alguma forma e por vários canais já estamos usufruindo-o, é algo partilhado para ser usufruído, compreendido, aprendido e regozijado, como uma contribuição individual que direta ou indiretamente serve a todos. "Somos felizes os convidados a celebrar essa ceia...." Esse partilhamento.

 Quando sentimos inveja, ciúme e insegurança pelo que o outro faz, e queremos detonar seu trabalho sua vida e obstaculizá-lo, significa que ainda não encontramos nossa preciosa tarefa, aquela que nos preenche, aquela pela qual vale a pena viver, apesar dos percalços ou dificuldades. Sempre existe a possibilidade de abrirmos a porta da compreensão para sermos felizes, cumprindo o que nos compete, deixando os outros serem felizes e realizando suas próprias tarefas, acreditando que elas são múltiplas, diversas e todas importantes para a vida.

- SOBRE A REFORMA DAS DUAS PRAÇAS EM VIÇOSA - 08.06.2014

       Verônica Maria Mapurunga de Miranda

  Dia 21

Novembro de 2014

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