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Cidadania?

Existem várias formas de se exercer a cidadania. Em nenhuma delas, entretanto, está o direito de atingir com palavrões os gestores públicos. Ninguém precisa concordar com as formas que as políticas públicas são realizadas. Qualquer gestor público pode ser questionado em suas atribuições, desde que com o devido respeito que o cargo lhe confere. Pessoas eleitas para cumprir mandatos públicos podem ser questionadas se fazem mal uso de suas atribuições, se usam mal os recursos públicos e podem ser exigidas em suas metas de campanha, daquilo que prometeu, que teve na plataforma política e não cumpriu.

  Pode se exigir coerência e cumprimento das metas, mas nenhum cidadão tem o direito de atingir pessoalmente qualquer gestor público, nem fisicamente, nem com palavrões. A política e cidadania precisam ser exercidas, principalmente no Brasil, como a arte que é. Em vez de dizer que um gestor público é mentiroso ou usar palavras de baixo calão usa-se o argumento e a verdade, mostrando o que fez e não fez. Quando se usa os argumentos verdadeiros e se mostra o outro lado da realidade que não está sendo vista fazemos política verdadeira. A arte da política está precisamente nisso, em ganhar espaços, em mostrar outras perspectivas, em questionar e tentar mudar a realidade em função de um bem comum.

  É bem verdade, que muitas vezes o argumento somente não é possível. São necessárias outras forças, como manifestações públicas, greves e tantas outras necessárias que confrontam poderes autoritários, totalitários e no caso do nordeste do Brasil "coronelistas". Em nenhuma delas, entretanto, se deve atingir pessoalmente o gestor ou gestora pública. Não é necessário dizer que o vice-versa é também verdadeiro. Nenhum gestor público deveria perseguir pessoas e nem atingi-las pessoalmente. Por isso um gestor ou gestora pública pode vir também a ser sancionado.

  Infelizmente vivemos no Brasil uma política primária. De um lado os políticos e gestores públicos não aceitam críticas e nem diálogos, de outro dá nojo a forma como colocam presidentes, governadores e políticos nas redes sociais. Acho mais educativo e de mais resultado refletir sobre a situação do país, das cidades e por que não dos políticos, sobre seus principais problemas, sem essa “baixaria” tão recorrente ultimamente. Aviso aos navegantes, com baixaria estou fora! Por uma política mais decente e uma cidadania mais atuante!

- FLORES DA TERRA - PARA ANA LUZIA FONTENELE....- 16.05.2014

       Verônica Maria Mapurunga de Miranda

  Dia 09

Junho de 2014

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