MURAL

SOBRE ARTE E CULTURA

                 GALERIA ARTE E VIDA ;--MESTRE NADO E O SOM DO BARRO   -----

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-Transitando em Novos Paradigmas-https://www.facebook.com/Transitandoemnovosparadigmas/-

-Diálogos com Jung-https://www.facebook.com/Dialogoscomjung/

-Viçosa do Ceará - Repensando a História  e Cultura-https://www.facebook.com/www.veronicammiranda.com.br.vicosadoceara

Se as páginas estiverem fora desses endereços e em outras redes sociais é atuação criminosa. Também não tenho nenhum negócio, venda, e nem cedi para ninguém os comentários que faço nas redes sociais, nos endereços acima e no compartilhamento de outros itens, pessoas e vídeos que estão na rede para serem compartilhados. Neste caso o compartilhamento que faço de outros vídeos e notícias e artigos públicos, estão devidamente dentro das regras de compartilhamento da internet e nunca faço uso de nenhum deles para atividades comerciais, de pesquisa ou outro. Então a recíproca deve ser verdadeira. Em geral são vídeos relacionados aos temas de minhas páginas e não conheço pessoalmente as pessoas que fazem os vídeos ou reportagens, nem tenho relação de trabalho com elas, nem cedi nenhum material para essas pessoas. Se alguém está utilizando essas matérias para fins indevidos e não autorizados denuncie. Grata.

Verônica Maria Mapurunga de Miranda

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PARA REFLETIR (diretas do coração):

 Escritos e expressões de arte da alma, quando publicitados gratuitamente têm o pendor de levar a alma, toda alma, à sua própria fruição, e fruição do mundo e da vida. Como a flor que se curva para oferecer seu próprio perfume. Mas quando um predador chega de forma furtiva e a desvirtua, a estraçalha e a maltrata retirando-a de sua finalidade, não sabe que está investindo nos seus espinhos e maldições. Se alinhar à forma correta de usufruir conhecimentos que chegam para a vida é se alinhar às bendições.

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Quando você descobre o sentido e propósito de sua vida, caminha de acordo com a vida, sem se preocupar se agrada ou não a ninguém. Somente exala o seu perfume. A flor quando desabrocha não pergunta a ninguém qual seu perfume preferido. Mas você que escolheu mantê-la em seu jardim certamente gosta de seu perfume. E deixará que ela ali permaneça, cuidando-a e amando-a para sentir seu perfume e beleza e dar glórias à vida. Assim também podem ser as pessoas que começam a florescer.

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Cuidado ao dizer que palavras ditas por outros são palavras ao vento. Às vezes são palavras das quais você está fugindo.

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Aprendo com tudo e com todos. Sigo somente minha consciência - Verônica Maria Mapurunga de Miranda
 

ATENÇÃO AVISO - CENTRO DE ESTUDOS E PESQUISAS AGRÁRIAS DO CEARÁ - CEPAC-CE

Leia sobre a pesquisa realizada pelos autores (Verônica Maria Mapurunga de Miranda, Raul Patrício Gastelo Acuña e Geovani Oliveira Tavares) no BNB-ETENE intitulada inicialmente como ASSENTAMENTOS DE REFORMA AGRÁRIA POR DESAPROPRIAÇÃO VERSUS IMÓVEIS POR COMPRA DA TERRA: NATUREZA, DINÂMICA INTERNA E PONTOS DE ESTRANGULAMENTO que resultou no livro - O SISTEMA MISTO DE PRODUÇÃO NOS ASSENTAMENTOS RURAIS DO CEARÁ dos mesmos pesquisadores.

 Clique e Veja: http://www.cepac-ce.com.br/edicoes.htm---http://www.cepac-ce.com.br/aqui.htm

Nota de Esclarecimento
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Quando aprendemos a aprender, sabemos que estamos aqui nessa estação, nave, que também é Mãe Terra para aprender e colocar conhecimentos aprendidos e inspirados a serviço. Quantas vezes alguém pode morrer em vida e pensar que todo conhecimento que tinha se foi, que era uma casca, para saber que tudo pode ser reciclado, que nada se perde e que em uma nova visão todo o aprendido está em um novo sentido e que foi transformado na seiva que alimenta a própria vida. Cada indivíduo com seu propósito e para isso o que traz de conhecimento inspirado e aprendido é o necessário para fazer brotar sua semente e exalar seu perfume. Verônica Miranda (Veronica Maria Mapurunga de Miranda) 20.07.2021


QUANDO ESTAMOS CIENTES DE NOSSOS PROPÓSITOS CONTRIBUÍMOS, APRENDEMOS E TROCAMOS ALGO QUE É ÚNICO, DE NOSSO JARDIM. CADA UM E UMA TEM O SEU E DEVE CUIDAR PARA SEU BOM FLORESCIMENTO PORQUE NINGUÉM MAIS PODERÁ FAZÊ-LO. O QUE CADA UM FAZ NO SEU PRÓPRIO JARDIM É INSUBSTITUÍVEL E SERVE PARA INSPIRAR O MUNDO INTEIRO. 05.02.2023. Verônica Miranda.(Verônica Maria Mapurunga de Miranda)
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Aprendo com tudo e com todos. Sigo somente minha consciência.
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P.S . Mas, quem em vez de cuidar de seu próprio jardim rouba as flores e frutos de outros jardins será responsável por seu próprio infortúnio.

Esse meu texto está também em post fixado em minha página do Facebook veronicamarmiranda (Veronica Miranda-Verônica Maria Mapurunga de Miranda).
 

SORTEIO CULTURAL- CAMPANHA PARA A REALIZAÇÃO DE CIRURGIA E TRATAMENTO DE MEU GATINHO PANTERA

CHAVE PIX (Código- Copia e cola): aaae21c4-af3b-4a48-93db-5edeecf47259

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Há um tempo atrás fiz alguns sorteios culturais e presenciais, com várias esculturas minhas sobre vários temas da cultura. Com a COVID esses eventos culturais ficaram difíceis e depois da COVID permaneci com alguns problemas auto-imunes que não permitem o contato com muitas pessoas e deixei de realizar os eventos de sorteios culturais. Agora, entretanto, premida pela doença de meu gatinho Pantera, também chamado às vezes Pantera da Silva, que não tem SUS e que necessita realizar uma cirurgia que é cara, estou fazendo essa campanha on-line.

Meu gatinho tem em torno de 5 a 6 anos, porque chegou em minha casa, assim como os outros dois, entrou em meu quintal e não sei de onde vinha. Ninguém o reclamou. Era uma bolinha de pelos e miava pequeninho. Até hoje seu miado é assim. Por isso inicialmente o batizei de Miau. Muito sensível e por isso às vezes reativo. Deixei-o ficar para ser companheiro de Tigrinho, o mais velho que chegou primeiro. Tigrinho o acolheu e ficaram amigos. Ele foi crescendo e ficando maior que Tigrinho, era de uma raça diferente, maior. Um dia estava lhe fazendo carinho e disse:lhe: Miau como você está grande e bonito. Está parecendo uma pantera. Quando falei pantera, seus olhos brilharam. Eu o chamava Miau mas ele não atendia muito. E eu disse você gostou do nome Pantera? Então vou lhe chamar assim. E,0le olhou pra mim e saiu caminhando muito contente e eu chamei: Pantera! E ele se voltou para mim, aprovando completamente o nome. Ficou Pantera. Tinha alguns hábitos, como ficar observando quando eu limpava as caixas de areia. Eu o chamava de inspetor. Agora já tem bastante confiança, não necessita mais inspecionar. Quando o gatinho Precioso,  vulgo brancosinho, faz alguma mal criação comigo ou com o Tigrinho, ele lhe dá uma patada. Como a dizer: Deixe de ser malcriado! Ele e Tigrinho são grandes companheiros e agora têm que ficar separados até ter a resolução de sua doença ou pelo menos fazer a cirurgia para a retirada do tumor, que segundo o veterinário é causado basicamente por problemas hormonais. Estamos todos preocupados com ele e sabendo que ele não sabe fazer escolhas. Portanto, decidi fazer essa campanha para poder tratá-lo e aliviá-lo do sofrimento que está passando.

As pessoas que quiserem ajudar e cooperar com sua saúde poderão concorrer em um sorteio a dois prêmios. Um deles uma escultura infantil reciclada chamada INOCÊNCIA, que é também  um recipiente para uma criança ou um adulto colocar seus lápis de cor, seus pincéis ou até uma pequena planta. A outra prenda é uma garrafa de cachaça de meu pai, de 1955. Uma relíquia que guardei de uma campanha que fizemos em 2011, dessa cachaça velha que ele tinha em tonel, em comemoração aos seus 95 anos. Foi decorada com uma escultura do mestre do pífano, por mim, e foi vendida em uma caixa de madeira também decorada por mim com o acompanhamento de um pífano de taboca feito por ele. É uma relíquia que a doença de Pantera me faz passar adiante. Espero que o sorteado cuide bem dela. São duas prendas, que pretendo sortear em uns 20 dias, Todos os que contribuírem com 25,00 reais enviados por pix e comprovado o envio, terão direito a um ponto e quem quiser mais de um ponto pode dobrar ou triplicar a quantia, quanto quiser e será transformado em pontos do sorteio. Também é possível fazer um pix por cada ponto. O sorteio será feito com o nome que consta no pix enviado e será dois sorteios subseqüentes. Cada contribuinte participará dos dois sorteios. Antes do encerramento avisarei no facebook Veronica Mapurunga Miranda e repassarei os detalhes do sorteio, com a lista. Aviso que esta campanha está sendo feita somente por mim, no mural de minha página Artesanias de Verônica Miranda  e no meu facebook pessoal veronica mapurunga miranda, portanto cuidado ao enviar o pix, para não enviar para um lugar errado. Abaixo a foto e mais detalhes das prendas. As duas nos remetem a questões culturais e de vida. Quem quiser contribuir somente, com menos e não participar do sorteio eu e Pantera e os demais gatinhos agradecemos penhoradamente. O pagamento do ponto do sorteio e contribuições deverão ser enviado por Pix com a chave pix abaixo e acima (Tentei fazer um Qrcode, mas infelizmente meu banco está com um problema que não se consegue compartilhar a imagem).Use o código copia e cola para o banco receber. Como ainda estou com dificuldades de saúde e não me estruturei em relação a envios, é importante avisar que a entrega só será feita no Estado do Ceará, com algum representante daqui, que possa buscar as prendas e em Viçosa do Ceará, com pessoas da cidade. De qualquer forma aceito sugestões para resolver essa questão do envio. Além disso, quem quiser contribuir mesmo assim, sendo de outros Estados, agradecemos muito. É uma questão urgente!Gratidão! Verônica Maria Mapurunga de Miranda. 11.02.2025

CHAVE PIX (Código- Copia e cola): aaae21c4-af3b-4a48-93db-5edeecf47259

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Prendas do Sorteio

Garrafa  de Cachaça de 1955 decorada com a escultura do Mestre do Pífano  e Esculturinha reciclada INOCÊNCIA
 

Frente

Costas
Sobre a cachaça os dizeres: Cachaça 1955. Produzida no Sítio Buíra, em tonel de Aroeira. Reserva Especial de Alfredo Miranda no ano de comemoração de seus 95 anos. Escultura por Verônica Miranda 2011. "Cachaça Bela e Bonita/ Feita do Pau do capucho/ Bates comigo no chão/ Bato contigo no Bucho" Do autor de Cana Caneiro.

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INOCÊNCIA

Arte em reciclagem: Inocência. Feita sobre embalagem de vinagre plástica, decorada com pedras de rio pintadas e acabamento em epóxi e pintura. Dezembro de 2024.

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Segundo Cláudio Naranjo o sistema patriarcal nos faz perder a espontaneidade, a empatia, a sensibilidade da criança que existe em nós  que nos leva ao mundo mágico da fantasia, da inocênciae, portanto, há um difícil acesso a outras dimensões da alma, do ser, da natureza, do sublime. Há muita coerção da sensibilidade que diz"não precisa chorar". Se a pessoa não é capaz de chorar também não é capaz de sorrir. E isso é uma premissa do sistema patriarcal que remonta ao tempo da caça em que o homem tinha que ser muito forte (bem atrasado). E é um parâmetro masculino para toda a sociedade que é patriarcal. Recuperaremos nossa sensibilidade e nossa possibilidade de conexão com a natureza à medida em que o feminino e a criança interior sejam parâmetros também válidos para a cultura e sociedade. Novos valores que vêm com o respeito à alteridade. Verônica Maria Mapurunga de Miranda. (comentário feito no IJEP sobre texto de Jung  em que ele aborda a dificuldade de conexão do ser humano com o cosmo e a natureza). 28.01.2025.
 
 

IRIS CAMINHANTE NASCIDA HOJE (19.10.2024) EM PAR E EM UM VERDADEIRO NINHO FEITO POR OUTRAS PLANTAS.DE MEU JARDIM.

ONDE HOUVER ERRO QUE EU LEVE A VERDADE

Esta croniblog linkada abaixo (TUDO O QUE VAI, VOLTA...LEI DE CAUSA E EFEITO, BUMERANGUE OU DEUS É GRANDE!), eu a escrevi em 2007 como parte de minhas Artesanias da Alma e é parte da preparação e anúncio que muitos de nós sentimos sobre a fase que todos nós viveríamos e que estamos vivendo, que é o período (ciclo) cármico, de liberar as energias que nos retém, de purificação e que está muito forte até os inícios da década de 30. E por isso a Lei de Causa e Efeito é cada vez mais presente. Muitos dizem que a Lei de Causa e Efeito deve ser superada e todos os eventos de nossas vidas tornar-se-ão acausais. Sim. Muitas pessoas já iniciaram esse processo de sincronicidade, de outro tempo, de outro sentido. Mas, vivemos em coletividade e a vida do planeta depende disso. Vivemos sociedades desiguais, com assimetrias de poder e com o amor pouco desenvolvido, pouco encontrado. E isso significa necessidade de transparência, derrubada de máscaras, de véus, daquilo que esconde nosso "eu verdadeiro".

Vivemos uma fase da busca da verdade. Sem ela não há amor, não há redenção. E por isso há um movimento muito forte, que leva a conflitos. Porque as verdades, sejam pessoais ou coletivas estão em movimento, em busca de liberdade para poder fluir. É aquela história do "tempo esgotado" e por isso mesmo os conflitos pessoais e coletivos são mais fortes enquanto a consciência desse movimento não estiver clara e as pessoas estejam vivendo com as mesmas máscaras, mentiras e manipulações.

 A transparência é cada vez mais necessária em todos os âmbitos e por isso é necessário enfrentar a Lei de Causa e Efeito. Qual a melhor forma de enfrentar esse nível de consciência, em que a causalidade vigora? Compreendendo e seguindo essa Lei. A boa notícia é que se a seguimos temos possibilidade de sair dela. Se percebermos que permanentemente estamos criando a nossa realidade, que vai e volta, começamos a sair do movimento automático e reativo, para o movimento mais consciente e mais livre, mais fluido. Esse é um movimento individual, mas também coletivo e a insistência na mentira, nas máscaras, nas desigualdades, na dominação e poder, em vez do amor em todo o seu espectro, nos leva a guerras terríveis que estão ocorrendo coletivamente e em níveis pessoais.

 As guerras internas são muito grandes e há uma expectativa de que muitas pessoas adoeçam mentalmente pelo aprofundamento da ambivalência e conseqüente conflito interno. Mais que nunca são necessários pontos de equilíbrio. E integração e harmonia são palavras que estão sendo requisitadas em vários âmbitos. Mas isso não ocorre sem transparência e verdade, sem purificação, para trazer consciência a todos, cada qual no seu nível, que depende do seu cálice e do seu propósito de vida. Sair dos parâmetros antigos e "Onde houver erro que eu leve a verdade", é o convite que está sendo realizado por pessoas que já entraram no processo de mudanças e sabem que elas são necessárias.

Seguir a Lei de Causa e Efeito, no momento, significa descobrir a si mesmos, assim como significa as diversas culturas descobrirem suas próprias falhas e suas próprias riquezas. E isso evitará muito extermínio em nossas vidas, em nossos locais, em nossas culturas e em nosso planeta. Verônica Maria Mapurunga de Miranda . 19.10.2024. Veja o artigo:
TUDO O QUE VAI, VOLTA...LEI DE CAUSA E EFEITO, BUMERANGUE OU DEUS É GRANDE!
http://www.veronicammiranda.com.br/cronibloggj.htm

 Obs: A referência às Organizações Tabajaras, não se refere realmente aos Tabajaras, dos quais sou descendente, mas é uma crítica en passant de uma expressão usada em um programa de tv, conhecido nacionalmente, e que falava de uma organização que prometia soluções absurdas e baratas, que não resolviam, como muitas que existem na sociedade e sistema capitalista. De fato, os tabajaras entendiam melhor de vários assuntos e os remanescentes ainda o fazem. E foram e são mais capazes de entender as mudanças que estamos vivendo. As organizações que não funcionam para estes tempos deveriam se chamar "Organizações Capitalistas".

 
 

ANJO LILÁS/ Julho de 2024

QUE SEJA MENSAGEIRO DA VERDADE, JUSTIÇA E LIBERDADE!

ANJO LILÁS : (34cm X19cm X15cm) -De garrafas Pet com toalha reciclada e cimento. Pintura de tinta de PVC e verniz. Oferenda.

 Por Veronica Maria Mapurunga de Miranda. 06.07.2024
 

A POESIA QUE MENTE

(Para poetas que mentem. relembrando minhas poesias caatingueiras, de meu persongem Zé das Trovas)
 

 A poesia quando mente

Não vem do coração

@ poeta que adula

Só comete distorção

Busca migalhas indignas

E fica na distração

Daquilo que é falsidade

Pura manipulação

 

A poesia que engana

São apenas palavras

Palavras de ocasião.

 

A poesia que mente

Para enganar as pessoas

É uma casca que se vai

No olho do furacão

 

Nas asas da eternidade

Verdadeira e do coração.

Cada mentira contada

Volta como um tição

Que queima para a verdade

Brotar do coração.

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Que @s poetas que ainda não encontraram sua verdade, descubram a poesia verdadeira e fiquem em paz!

Veronica Maria Mapurunga de Miranda-05.07.2024.

Esta poesia que fiz recentemente relembra e resgata meu personagem caatingueiro Zé das Trovas (Vide  A VOZ DE VALDENIRA) e foi publicado também em minha página do facebook Veronica Mapurunga Miranda.

  

 

DAS RELIGIÕES, CULTOS E ANCESTRALIDADES NO ESTADO MODERNO

   Nos últimos meses  fui testemunha de alguns eventos ocorridos em minha pequena cidade natal de cultura ainda colonial em um Estado que se diz e se quer moderno. Um deles, uma provável censura ou autocensura a um vídeo que colocava a nu histórias da colonização portuguesa no local e que levantava um tema sempre recorrente de que, como dizia Aníbal Quijano, em uma crítica à ideia de  Estado moderno, a situação das Américas colonizadas tiveram modernização, nunca tiveram realmente "modernidade" em todo o seu significado de cidadania, direitos da pessoa humana, "igalité, fraternité et liberté" como apregoava a Revolução Francesa. Na constituição brasileira de república reza que somos todos iguais perante a lei e temos liberdade de expressão e religiosa, podendo cada pessoa ter a religião que quiser, desde que não seja usada para maltratar ou causar violência a outrem nos limites da Lei. A república nascida com a idéia de liberdade e a queda do antigo regime chegou aqui com dificuldades, guerras e guerrilhas, até ser assumida pelo exército brasileiro. um processo complexo e diferente da América espanhola porque os reis de Portugal estabeleceram a corte no Brasil, fugindo de Napoleão Bonaparte.

É interessante observar que as culturas autóctones foram violentamente reprimidas em suas religiões e cultos à natureza, assim como as culturas afros que aqui chegaram e tiveram que se cristianizar, batizar e mudar de nomes, enquanto D. Pedro i era maçom. E a maçonaria se definia por ser contrária à religião católica.  Estranhamente aceitava a maçonaria, culto europeu que era também de proprietários e burguesia comercial nascente, mas os indígenas e povos afros tinham que se cristianizar. Daí que hoje nós temos a mescla de religiões chamada sincretismo religioso, que é muito forte no Brasil e que gerou toda uma literatura, estudos antropológicos, filmes, teatro, debates nacionais, mas que parecem sempre muito insuficientes, quando percebemos ainda determinadas atuações da Igreja católica e outros cristãos. A religião portuguesa no Brasil era uma arma de dominação da empresa colonial, portanto. Hoje, a empresa colonial portuguesa já não existe, mas os resquícios coloniais da Igreja católica  permanecem. Vivemos uma época no Brasil que o próprio Estado Brasileiro incentiva o resgate das culturas ancestrais. Culturas ancestrais incluem seus ritos e religiões ligadas à natureza e é perfeitamente natural que comunidades que antes ocultavam suas culturas por um temor colonial predicado pela religião dominante estejam saindo de seus casulos, em uma época que o próprio Papa Francisco reconheceu as culturas ancestrais e pretendia amazonizar o mundo.

E, de repente, eu vejo na internet um vídeo de um padre questionando as práticas religiosas de uma comunidade, dizendo que eram superstição. É digno de nota, que há algumas semanas atrás, esteve na cidade grupos de povos originários patrocinados por uma entidade cultural do Estado chamada Cultura Nativa. O grupo que fez apresentações, desfiles na cidade, mostrando sua cultura ancestral foi bem recebido por todos os setores turísticos (Diziam: Bem-vinda Arte Nativa) e provavelmente porque movimentavam o comércio local e o turismo, mas muitos os consideravam um grupo de arte e cultura folclórica. Mas, não eram somente isso. A cultura dos povos originários incluem seus ritos sagrados. E isso é completamente legítimo. E, quem sabe por isso deixou sementes e despertou a ancestralidade de várias comunidades. E isso significa que essa troca cultural é muito importante aonde existem antigos núcleos coloniais, cheios de preconceitos e rançosos contra as culturas originárias. Os indígenas são nossos predecessores e sua herança cultural e filogenética estão em nós. Libertá-las é curativo, para uma população reprimida colonialmente, através das gerações. Aceitarmos culturalmente nossa ancestralidade, tudo o que somos, trará saúde coletiva e florescimento para a cidade e seus habitantes. 

As comunidades que estão despertando para sua ancestralidade, por livre e espontânea vontade, precisam saber que qualquer pessoa, ou autoridade religiosa ou civil que realize perseguição religiosa, ou tente impedir  cultos religiosos, que não estejam causando violência a ninguém, podem ser enquadrados na lei que está na Constituição Federal e que garante a liberdade de livre culto. Se eu, por exemplo, quiser fazer um culto para meu caneco de café na minha casa é problema meu. A liberdade religiosa é lei,  não somente para os maçons (falo de maçons porque era o culto de D. Pedro I), ou religiões de pessoas ricas, aquelas que não são barradas na Igreja, nem questionadas em vídeo por seus cultos. É bem verdade que as comunidades dão muito dinheiro para as Igrejas, mas não são obrigadas por lei a fazer isso. O Papa Francisco questiona o clericalismo, que é o abuso de poder de padres nas comunidades em que estão. E isso é válido para todas as religiões. O poder religioso deveria ser das próprias comunidades. Mas, fiquemos na  lei brasileira, que não permite perseguição religiosa e ninguém pode instigar pessoas ou comunidades contra quem exerça seus próprios cultos ou quem não tenha religião nenhuma. A violência sexual e abusos de poder a vulneráveis pelo clero da Igreja Católica tem sido repetitivamente noticiada  no Brasil e no resto do planeta, com estatísticas gritantes e mesmo assim as Igrejas continuam funcionando. E isso é pior do que práticas de culto à natureza que alguns padres chamam de superstição. Quem tem telhado de vidro não deve jogar pedra no telhado do vizinho. Respeito e boa convivência são recomendáveis no mundo atual.

Quando criança testemunhei em minha cidade padres expulsando protestantes e seus cultos, que eram cultos novos no local e se instigava a população contra essas pessoas. Completamente ilegal, segundo nossa Constituição Federal. Hoje pululam cultos protestantes, os mais diversos, e os alvos das religiões cristãs são as comunidades com ritos ancestrais indígenas e afros, ligadas à natureza. Hoje, em todo o planeta tem despertado o xamanismo moderno e o ancestral, uma filosofia da natureza, que é também medicina energética, muito importante para o futuro do planeta e seus habitantes, que nossos ancestrais indígenas já conheciam e cultuavam. Francisco de Assis, para falar de um cristão renovador, trabalharia com os xamãs e as comunidades ligadas à natureza para recuperar a Terra. Francisco Mundo, a tradição cristã que não desaparecerá porque é inclusiva, horizontal, respeita e convive com a natureza.

Verônica Maria Mapurunga de Miranda- 30.06.2024
 

SOBRE O ESPAÇO PÚBLICO E O ESTADO MODERNO

Este é um comentário que fiz em uma postagem de um site no facebook (CONEPEN- Conhecer e Pensar), creio que de Filosofia em que colocavam a propaganda de um curso sobre o Estado moderno  e o espaço público. Tinha um vídeo de uma professora de filosofia conhecida da USP (Marilena Chaui) em que ela explicava de que se tratava o curso. Depois voltei para complementar meu comentário e tinham trocado o vídeo e o nome do curso por outro, da mesma professora com uma data mais antiga deixando todos os comentários feitos. Achei estranho e me perguntei se a professora de filosofia estava realmente sabendo desse curso? Fiquei na dúvida, mas como era um tema que estava em minha cabeça fiz o comentário porque acho que esse comentário é importante e por isso o recoloco aqui. Espero que o comentário não tenha ajudado a vender um curso falso.  Depois vieram em cascata pelo facebook vários cursos diferentes da mesma professora, patrocinado, com temas diferentes, inclusive um sobre filosofia e senso comum que tinha visto a propaganda em Conhecimento Liberta. Eis meu comentário:

"Não vou fazer o curso, mas para quem vai fazer tenha bom proveito na compreensão dessa questão, que é bastante delicada atualmente. O que é moderno hoje é bastante complexo, mas com certeza é algo que já se esgotou se quisermos falar de justiça social e de humanidade renovada ou florescente.Eu sempre torço para que as mulheres muito inteligentes sejam também sábias (outros conhecimentos importantes para o que estamos vivendo). A força das mulheres em todas as áreas é fundamental. Mas o dilema é a superação do mundo moderno que está em débâcle. Falar de espaço público atualmente necessita da recolocação do poder como algo que é horizontal e que supõe o poder próprio que todos portamos e que está além do capitalismo e da tecnologia  a ele ligado. É uma forma de poder que existe, mas que paradoxalmente tem que ser concebido. As mulheres podem arrancá-lo de suas entranhas.Tem que fazer valer a expressão : Assim como é dentro é (será) fora. Uma revolução a partir de dentro como dizia  Bauman. Isso não é crítica é uma convocação."

"Complementando, já que comentei sobre o espaço público e Estado moderno e o post foi  modificado para outro tema. Para superarmos o Estado moderno e acompanhar a história que está em marcha precisamos derrubar fronteiras do conhecimento e sair do elitismo e arrogância acadêmico-científica, filosófica e religiosa e vencer as dicotomias que separam saberes tradicionais e outros importantes que muitas vezes estão sob o rótulo de senso comum, porque não estão em livros de ciência e filosofia, mas são conhecimentos importantes para sair da "gaiola mental" construída por um conhecimento formal. O antropólogo Geertz faz esse questionamento com muita propriedade, mostrando que conhecimento científico, acadêmico, filosófico, não é unívoco e é limitado. E aquilo que se chama  de "senso comum", ação de classe média, são somente rótulos que não dão conta do que ocorre, de fato, nas sociedades e culturas. Aliás a História mostra que ele (o conhecimento) mudou muito no tempo histórico e estamos em mudanças históricas grandes e profundas. É necessário derrubar o elitismo intelectual e sair um pouco, pelo menos, da gaiola mental para entender a horizontalidade que se anuncia em todos os campos de atuação das sociedades e culturas."

"É necessário mudar o olhar e as significações (para não falar de conceitos) para acompanhar o andar da carruagem e ter valor, como o conhecimento que serve à humanidade e o planeta. O tempo que estamos  adentrando é de outra qualidade e aquilo que não foi feito no Estado Moderno, como a própria modernidade tão mal exercida, deverá ser redefinido."

Algo que não falei porque é muito mais antigo que o Estado moderno e é um pano de fundo das maiores transformações históricas que podemos ter é a quebra do patriarcado.  Sem ela os tempos horizontais não se realizarão em totalidade. Como diz a historiadora Agnes Heller é a maior revolução da humanidade, porque o patriarcado é o que há de mais antigo. E foi se redefinindo ao longo da história da humanidade. Imbricado com o capitalismo industrial-financeiro-tecnológico  se exterminarão juntos. Que a ciência, a tecnologia e a espiritualidade tornem-se femininas para a humanidade, a comunidade da vida e o planeta.

Concluindo: O Estado Moderno que deveria ser resultado da Revolução francesa, dos seus ideais de liberdade, igualdade, fraternidade, em sua historicidade mostra que foi calcado no liberalismo econômico, e agora no neoliberalismo, na modernização em vez da modernidade, na expansão colonial e neocolonial e no capitalismo industrial-financeiro e tecnológico-científico. Corremos o risco de ter uma nova inquisição, agora científico-tecnológica. Que a filosofia desperte!

 

Verônica Maria Mapurunga de Miranda-23.06.2024 e 30.06.2024

 
 

MULHER CAMINHO OU A FORÇA DA MULHER/JANEIRO DE 2004

Arte em Garrafa - Biscuit e pintura por Verônica Maria Mapurunga de Miranda- Janeiro de 2004

Veja também em GALERIA - MULHER CAMINHO OU A FORÇA DA MULHER

Fiz esta escultura em garrafa em Janeiro de 2004, ao mesmo tempo  que fazia uma pequena escultura em argila, com a mesma forma e um broche de parede de argila, também igual. O Broche de parede eu coloquei não faz muito tempo em minha galeria virtual e ia colocar também a escultura em argila, mas ela tinha ficado um pouco trincada com viagens e mudanças de casa e resolvi primeiramente consertá-la. De qualquer forma estive todos estes anos com elas (20 anos de caminhada). E neste ano de 2024 que promete ser um ano de transformação para as mulheres, resolvi colocá-las em exposição virtual. Que sirva de inspiração para todas as mulheres que estão há um tempo em processos de mudança e transformação e que já se tornaram caminhos. No mundo inteiro, ainda que não haja estatística dessa matéria, as mulheres estiveram e estão em processos de busca e transformação. E são elas em grande maioria, por estarem primeiramente em campo buscando e vivenciando muitas experiências e se autoconhecendo que podem se tornar muitos caminhos, diversos e necessários, para um novo conhecimento que a humanidade necessita e que esteja em consonância com os tempos da natureza. Que a força de todas essas mulheres possam ser maiores que os cataclismos e dèbacles dos sistemas. Que sejamos capazes de construir outro mundo passível de renovação e harmonia. Viva a força da mulher! Verônica Maria Mapurunga de Miranda 09.05.2024

GIRA GIRA, GIRASSOL!

 Uma flor de sol para todas as mulheres que sabem que o seu dia são todos os dias e que em todos os dias batalham por um mundo mais feminino, mais livre, em que todas possam exercer seu próprio sol em plenitude.

Para as mulheres "desobedientes", aquelas que despertaram e aprenderam a ouvir seus próprios corações e exercer o espírito crítico e construtivo dos novos tempos e nova humanidade. Que as ações de todas sejam solares e que suas luas escutem e sigam seus próprios CORAÇÕES. Luz para todas nós! Gira, gira, Girassol! 08.MARÇO.2024. Veronica Maria Mapurunga de Miranda

 

SOBRE ESCOLHAS

Vi uma frase que circula na internet e diz: VOCÊ É LIVRE NAS ESCOLHAS, MAS PRISIONEIRO NAS CONSEQÜÊNCIAS.

COMENTANDO: De fato, a maioria das pessoas não são livres em suas escolhas e dai as conseqüências consideradas prisioneiras e ruins. As escolhas em geral são feitas com uma consciência presa em condicionamentos sociais, culturais, em crenças que demandam autoconhecimento e libertação de muitos limites e que a deixa fora dessa relação de correspondência.

O desafio dos seres humanos é evoluir para um estado de consciência que saia do círculo vicioso da repetição dos mesmos erros, de um cérebro que não corresponde mais às necessidades do presente. É saindo dessa roda-viva pessoal da consciência, que a pessoa pode compreender e perceber a roda viva do sistema, da sociedade e cultura, das relações.
Quanto mais tornamo-nos conscientes, mais somos livres para fazer escolhas certas e suportar suas conseqüências . Esse é o segredo.

Veronica Maria Mapurunga de Miranda-14.11.2023 - Publicado também em minha página do Facebook Veronica Mapurunga Miranda
 

Sobre o Luto e a Cobrança das Pessoas

Escrevo sobre esse assunto porque parece que algumas pessoas se incomodam com o luto ou com o fato das pessoas lidarem com suas memórias, trabalharem e tentarem elaborar suas perdas, simbolizar a morte, que é parte da vida, mas que requer resgate dos sentimentos e da alma. Eu pergunto por que alguém viver luto ou elaborar suas perdas e memórias de pessoas amadas incomoda? É interessante observar que se não houver luto, as pessoas também cobram. Ou seja, não vale à pena dar atenção a essas cobranças. Vi um vídeo que diz que o luto faz mal para a imunidade.

Eu creio que o luto pode fazer mal, sobretudo se não é compreendido, ou se é algo imposto por regras sociais. Muitas vezes ao fazer de conta que não há sentimento é pior. Precisamos lidar com a idéia da perda e da morte e muitas vezes a realidade circundante não ajuda. Em geral há cobranças de como a pessoa deve se comportar, há exploração e até perseguição a mulheres (por exemplo) que ficam sós. Mas não há amor. Não há amor, solidariedade e o amor não está à venda. E esse amor de alguém que se foi tem que ser reconstituído internamente e não necessariamente substituído. Mas não é possível fazer isso por decreto. Isso é um processo e a compaixão e sensibilidade dos outros ajudam mais que cobrança. Eu pergunto mais uma vez: Por que as pessoas se incomodam com o luto de alguém, ou com suas memórias e não se incomodam com as perseguições de stalker, narcisistas perversos, misóginos e pessoas que querem tirar proveito e explorar mulheres que estão sós e que tiveram perdas amorosas por morte ou separação? E o que me chama mais atenção é a cumplicidade que existe com esse tipo de coisas: perseguir pode, viver o luto não.

E nesse caso, as lembranças de uma relação que passou, mas que era amorosa faz bem quando o entorno é ruim, agressivo e hostil. As pessoas têm idéias descartáveis, porque não têm sentimentos verdadeiros e acham que tudo se resolve substituindo. Como se isso fosse possível. Não substituímos ninguém, quando possível vivemos novas relações. Já vi um psicanalista dizer que odiar a pessoa que você amou é uma forma de se diferenciar e superar uma separação. Eu considero isso uma tremenda barbaridade. Ódio não serve para nada. E essas pessoas com essas idéias e às vezes muitas mentiras acabam amargando mais a vida das pessoas que já ficaram em uma situação de luto e dor.

A sociedade e famílias disfuncionais quando há perda e morte e a pessoa fica só impedem praticamente a pessoa de viver, se a pessoa tem objetivos e atividades que dão à pessoa sentido à sua vida, mas tem dificuldades para realizá-las não lhe dão chance e apoio, e cobram permanentemente por tudo, porque as pessoas estão sempre procurando em quem projetar suas sombras, para não enfrentá-las e buscam pessoas que estão vulneráveis para fazer isso. E por último e não de menor importância, dependendo da relação que a pessoa teve com quem morreu, muitas coisas podem necessitar de esclarecimentos, que demoram a chegar, porque este é outro problema, não há muita verdade e transparência nas relações. E muitas vezes falta verdade e esta é tão importante quanto o amor.

Falar, escrever, teatralizar, cantar, simbolizar de várias formas uma relação que passou, usando suas memórias é uma forma de cura e de convivência com a morte e perda. Todos temos direito às nossas memórias. Quando vejo alguém dizer vamos resetar tudo é como se alguém quisesse dizer : Eu vou lhe matar, porque no dia seguinte quem deu a idéia continua com sua biografia intacta e na maioria das vezes quem se foi fez parte de sua biografia.

E por isso este não é um assunto que se possa tratar com superficialidade ou lançar decretos de como deva ser, principalmente quando não se sabe o que cada um vive. Até porque a definição de luto é algo vago e variável.

Existe uma idéia patriarcal que uma mulher quando fica viúva tem que buscar um outro marido. E daí vêm as frases machistas que já estão em letras de canções: "Mulher é como alça de caixão, quando um solta vem o outro e põe a mão." De fato, as pessoas continuam vivendo como podem. Separação e perda por morte são duas coisas parecidas e atualmente acontecem muito. Em época de pandemia, em que houve muitas perdas familiares as badalações não são muito adequadas, porque muitas pessoas correm riscos permanentes de adoecerem e ficarem graves. É recomendável também não ficar próximo de pessoas intransigentes e sem sensibilidade. Em muitos casos é muito melhor estar só do que mal acompanhado.

As pessoas têm problemas de imunidade por vários motivos, reconhecendo que os afetivos são importantes e muitas vezes são estruturais, eles não são resultado de uma morte ou perda de alguém somente. No narcisismo familiar e da cultura o amor não espelhado pelos pais às crianças dão esse resultado, e que só é possível resolver com uma transformação profunda da personalidade e com resgates de alma. E em época de pandemia essa é uma questão complicada. Aquilo que não se resolveu durante muito tempo torna-se um problema mais sério. Existem muitos casos de doenças auto-imunes, às vezes em famílias inteiras. Já morreu muita gente por isso nessa pandemia e não necessariamente por luto.

Como disse, há muitos fatores envolvidos em uma perda, seja por morte ou separação e o que se pode fazer para avançar na recuperação e resgate da alma é estar consciente da dor e da perda e trabalhar simbolicamente e de várias formas possíveis suas memórias. Não existe nenhuma mágica para solucionar isso.


Verônica Maria Mapurunga de Miranda -02.05.2023

Esse texto foi postado também em minha página do Facebook veronicamarmiranda

ADENDO:Nesse período de tempo em que estamos vivendo temos tido muitas perdas de familiares, pessoas queridas e amadas, amigos, pessoas de referências da sociedade e cultura, que de alguma forma estamos acompanhando, nesses momentos de grande transformação e extinção de parte da humanidade. E o tema do luto é muito presente. Das opiniões de que devemos tirar o luto de nossas vidas ou de que devemos prolongá-lo, o importante é tomar consciência da perda, resgatar aquilo que foi importante da relação com as pessoas que se vão, para cada um e uma na aprendizagem da vida e através desses momentos que podem ser de dor (aquilo que a alma não sente o corpo se ressente) procurar trabalhar as próprias feridas internas, às vezes esquecidas, para podermos ir adiante. Muitas vezes vivemos outros lutos em feridas que não cicatrizaram e que nós colocamos no lugar de esquecimento e elas são um luto todo tempo na própria vida que não quer viver. A quantidade de perdas (em época de extinção) causa impactos e nos dedicar a projetos novos de vida (buscar novos horizontes) para nós e para o mundo com uma participação mais viva e consciente nos deixará prontos para viver o presente e cumprir nossas tarefas e vidas. Se estamos vivos, temos muito que viver : a vida é vasta em milésimos de segundos.

De fato, temos lutos por mortes e luto por coisas que se dizem vivas. Tecer e tricotar faz bem quando dói, diziam as antigas "abuelas". E fazer tudo o que se pode para simbolizar e transcender todas as mortes, no movimento vida-morte-vida. Importante, entretanto, é não deixar de sentir. Aquilo que a alma não sente o corpo se ressente. Enquanto se sente e se trabalha essa dor, o que está sendo curado são antigas feridas. É importante aproveitar cada impacto desses para curá-las todas. Somos seres humanos criativos e podemos curar-nos por isso. Não precisamos como alguns pensam nos entupir de fármacos. O coração e o plexo solar são centros curadores, capazes de renovar nossas energias. Que aqueles que se foram fiquem em nossos corações de uma forma alegre e benfazeja!
 
Verônica Maria Mapurunga de Miranda (Texto postado em minha página do facebook  veronica mapurunga miranda).
 

  NARCISISTAS PERVERSOS ELES MORAM AO LADO E NAS FAMÍLIAS

A família que maltrata algum familiar unida e juntamente com abusadores será eternamente maldita. Não merece salvação. Quem faz dano aos outros descuida dos seus. A violência familiar é das piores violências feita por pessoas religiosas. Os narcisistas perversos de Igreja aproveitam sempre para acabar com algum familiar quando eles estão com alguma virose e enfraquecidos, mais vulneráveis para aplicar seus golpes. E na frente dos outros mostra preocupação e até faz alguma caridade mínima como se faz para um cachorro, para manter sua máscara social. Gente perversa é o que há de mais nojento sobre a face da terra. Não há dúvida que o inferno tão falado nas igrejas os aguardam logo ali. Os abusadores um dia pagarão tudo, é uma pena que nem sempre eles saibam estabelecer a relação de causa e efeito, porque poderiam aprender alguma coisa. Algum dia eles tem que ser parados. Porque eles acham que é um direito deles maltratar para ter prazer. Não sinta pena, porque de fato não são vulneráveis. Em geral são pessoas ciosas de poder e que querem usar seu poder sobre a vitima, até acabar com ela.

E isso não pode ser aceito por uma sociedade minimamente sadia, porque eles sabem que maltratos adoecem pessoas. E depois de adoecerem os outros (isto é, aqueles que eles conseguem adoecer) eles dizem : você está doente precisa ir no psiquiatra. Aliás eles estão sempre usando esse golpe nos outros. É o álibi da malvadeza. E agora virou moda fazer isso com mulheres solteiras e idosas. Tem sempre um narcisista perverso disfarçado nas famílias querendo tomar seus bens e para isso os maltrata e os manda para o psiquiatra para ter um laudo de incapaz por loucura. Algumas vezes eles mesmos estão no psiquiatra, mas não serve muito. Já soube que esses casos de perversos não têm solução. Alerta geral, o melhor é procurar se defender como pode desses tipos perversos e sair de perto, se você está na mira melhor sair da relação. Essas pessoas são perigosas e inconfiáveis, pois estão sempre tentando fazer algum golpe ou trapaça com a pessoa que é sua mira. O objetivo é o prazer negativo do perverso. Seu principal intento é manter o poder sobre sua vítima e manipulá-la e no fim  destruir a pessoa. É alguém tomado por suas próprias sombras. E apesar de frio para elaborar seus golpes e ataques são compulsivos Os abusivos em geral atuam de forma idêntica, eles chegam com seduções, presentes, boa disposição, para logo depois cair no outro lado da ambivalência e maltratar e causar violências fazendo o outro sofrer.

Uma pessoa que vai na casa de um irmão ou irmã doente, fazer cena de violência para defender pessoas que o/a estão maltratando é uma pessoa doente de maldade. Quem faz isso com seu próprio sangue, acaba pagando com ele, independente de quão louco seja. Veronica Maria Mapurunga de Miranda -16.10.2023. Um dia para não esquecer.

P.S - Os Narcisistas perversos só mostram a verdadeira e monstruosa face para suas vítimas, em geral eles são mentirosos, manipuladores, simpáticos e convincentes, porque eles usam o poder permanentemente, mostram que têm poder, dinheiro, status social e isso faz com que as pessoas acreditem em suas mentiras.

Adendo: A família será eternamente maldita quando porta essa "maldição familiar". Quando a sombra de uma família está constelada por um membro (e porque existe eco em todos aqueles que são constelados, em suas sombras) é porque existe um complexo transgeracional, uma maldição que se repete e se reestrutura a cada geração. Jung estudou essas questões, quando trabalhou os complexos parciais autônomos e as heranças filogenéticas. Bert Hellinger estudou as constelações familiares como a necessidade de resgatar o amor natural do sistema familiar. Essas maldições familiares existem em grande medida pelo narcisismo familiar, que alguns membros vão reestruturando como narcisismo perverso. A nāo resolução do embróglio familiar vai destruindo a própria família, como uma maldição, que se reestrutura sempre da pior forma, se nāo tiver um ponto de parada. Sempre haverá um bode expiatório (aquele membro que estiver em condição mais vulnerável e que a família faz tudo para mantê-lo vulnerável e fugir de trabalhar suas próprias sombras, projetando-as nele. A "família maldita" se rebaixa moral e eticamente e se a justiça for feita se verá uma quantidade de infrações feitas a seus direitos legítimos. Pensamos que uma família assim existe de forma pontual. Uma família que vive a dar golpes em um membro. Mas existem muitos casos. E o pior é que se reestruturam sempre de uma forma mais maldita e doentia. Essa família caminha para sua própria extinção e para ter descendentes cada vez mais doentes e com patologias sérias. Ela não precisa da maldição de ninguém, ela já é maldita. E quanto mais sua sombra estiver constelada é pior, ou seja, quanto mais houver cumplicidade dos membros familiares ao membro que atua de forma ambivalente, perversa e patológica. Em geral ele quer substituir os pais (roubo de atribuições familiares) de forma tirânica, principalmente sobre aquele membro que ele escolheu como bode expiatório. Para isso ele se alia também a qualquer inimigo ou persona non grata de sua mira, inventa mentiras, falsidades e factóides para denegrir a pessoa e rebaixá-ia socialmente ou diante da comunidade em que vivem. O objetivo último do psicopata ou perverso é destruir a pessoa, na tentativa inconsciente de destruir a doença que porta.Verônica Maria Mapurunga de Miranda

AINDA O NARCISISMO PERVERSO
E tinha aquela frase: Ela vivia cercada de santos, mas seu mentor era mesmo o Satanás. Isso ocorre com os psicopatas e narcisistas perversos, porque nas suas dissociações e ambivalências são tomados pela sombra e suas compulsões. Aquele pessoal adorador de Hitler e Cia. também têm as mesmas configurações.
E por isso os narcisistas perversos rebaixam moralmente a família e acabam se unindo a bandidos e outros do mesmo quilate para realizar suas ações pouco santas e acabam formando redes de corrupção. E por isso também tentam denegrir e desqualificar os membros da família que são éticos e não sendo suficiente começam a dizer que são loucos. De fato, é uma loucura viver em uma família constelada por um narcisista perverso ou psicopata e ser sua mira ou bode expiatório. É equivalente a estar em um campo de concentração, para não dizer inferno. (Eles e o Hitler se entendem. Como diz Hanna Arendt é o mal justificado).
O consolo para todos que vivem essa situação é pensar que as provas que chegam aos que estão em sua mira são as que se podem suportar, pelo menos em alguns casos. Porque existem casos de feminicídio, que se incluem nesse quadro. É necessário rogar aos céus por discernimento e sabedoria para enfrentar a matreirice e esperteza da sombra e do satanás, mentor do religioso. rss....Seria cômico se não fosse trágico. Veronica Maria Mapurunga de Miranda. 17.10. 2023
 
 

A LEI DO RETORNO ESTÁ EM TUDO E NOS CHAMA ATENÇÃO EM RELAÇÃO ÀS ATIVIDADES DO CUIDADO

 (EDUCAÇÃO, SAÚDE, RELAÇÕES FAMILIARES).

Quando fazemos alguma atividade de cuidado do outro, com má vontade ou abusando do poder que tem por causa de uma especialização, conhecimento ou mesmo condição momentânea (COMO SER PAI, MÃE, TUTOR, CUIDADOR) e prejudica o outro por isso, é bom pensar que tudo tem retorno. E nos casos em que a relação sempre supõe a vulnerabilidade de alguém, além das reações que podem ocorrer, a própria consciência dessas pessoas atrai uma resposta. As espadas flamejantes estão pelo ar. E muito mais nestes tempos em que estamos sendo chamados à auto-responsabilidade e autoconsciência.

De fato, ninguém fica impune por abusos de poder de qualquer ordem. E mesmo que demore a resposta acontece. Quem trabalha diretamente no cuidado das pessoas tem que prestar atenção a isso. A responsabilidade é muito maior. Quanto mais vulneráveis estão as pessoas que são mal atendidas, ou abusadas, pior será a resposta. Se estivéssemos sempre atentos a isso nossa consciência mudaria bastante. Vivemos em um mundo insano, que como diz Jiddu Krishnamurti, nele não devemos nos adaptar. A sanidade nos diz que quando vemos alguém que necessita de ajuda, vamos ajudá-lo de alguma forma que podemos ou pelo menos temos compaixão e o ímpeto de fazê-lo e a insanidade é aquela forma de se aproveitar, explorar, tirar prazer negativo de alguém que está em situação ruim e vulnerável.

E é nessas situações que nós conhecemos as pessoas muito abusivas. E o muito é porque em geral já há abusos nas relações de poder na sociedade desigual, mas há o abuso da pessoa perversa, que muitas vezes esconde sua condição e acabamos sabendo quando somos sua mira, ou somos vitimados por algum deles. Há uma estatística que coloca os mais perigosos (narcisistas perversos, psicopatas) em 4% da população, mas cresce o número de psicopatias que aumenta a ambivalência já existente nas pessoas. E a gente consegue observar o aumento da crueldade, da hostilidade, violência e coisas do tipo nas relações sociais.

Cresce o número de psicopatias nos ambientes de trabalhos, nas vizinhanças, dentro das próprias famílias e até nas escolas (foi descoberto por uma câmara oculta, um dia desses, que um professor de creche tinha abusado sexualmente de milhares de crianças). E são pessoas aparentemente saudáveis e contratadas por isso. Portam uma máscara muito forte, mas é possível aqui e ali observar e prestar atenção nas reações e atitudes malvadas dessas pessoas, inclusive em pequenos atos. O que se sabe é que depois de fazer tanto mal às pessoas ele foi preso e isso em geral ocorre.

Um dado estilo de vida e corrida para ter dinheiro, status social e pouca reflexão sobre a vida que leva, suas inseguranças e frustrações, em um tipo de vida sem muito sentido e fragmentária, acabam projetando muitos sentimentos ruins e tornando-se reativos em relação às pessoas. E essas pessoas que são reativas e jogam seus problemas sobre os outros escolhem sempre aqueles que acham que não tem poder na sociedade, no ambiente em que vivem, para fazê-los de bodes expiatórios de seus problemas.

Mas vivemos uma época de retorno rápido, ainda que muitos não estejam percebendo. Há uma ativação grande daquilo que é inconsciente e as pessoas não param e não têm tempo para trabalhar sua própria sombra. E o resultado é a projeção sobre os outros, a tentativa de usar e explorar os outros.
E por isso é bom se fixar nessa frase: Tudo que você faz um dia volta para você. Cuidar da própria sombra evitará muitos problemas.

Verônica Maria Mapurunga de Miranda - 19.09.2023

Adendo: Do diálogo com uma amiga do face, saiu esse meu complemento, que coloco aqui:
"De fato, é uma doença da alma (o abuso a vulneráveis). O narcisismo existente na cultura e nas famílias, que acaba em vazio do amor natural, acaba sendo substituído pelo prazer negativo. E onde não há amor, há poder, já dizia Jung. Neste século a maior batalha que podemos ter é a recuperação do amor individual e coletivo. Sem ele nós não avançamos como humanidade. E é por isso que o centro do coração é tão importante, porque reúne os chacras que podem nos fazer experienciar o amor verdadeiro, como arquétipo. Para chegar a ele precisamos da verdade. Alguém pode até pensar que a história da verdade é idéia fixa, mas não é, é a necessidade premente. Humberto Maturana um neurobiólogo chileno, que trabalhou bastante com o tema do amor na educação das crianças, como uma necessidade fundamental para o desenvolvimento integral, antes de morrer escreveu um livro sobre a honestidade. E eu entendo que a honestidade que ele fala é um sinônimo de verdade e de transparência que precisamos para poder desenvolver em nós o amor incondicional tão faltoso. Já admitir que somos aprendizes do amor é importante. O chacra do plexo solar que ajuda a transformar energias e traz sabedoria é também o chacra da verdade e antesala do chacra cardíaco, que é o chacra do amor incondicional. Pode parecer para alguns que esse é um assunto esotérico, mas não é. Nós, logo, logo, vamos ter que nos tornar doutores em energia e os chacras fazem parte do corpo energético, o nosso arco-íris. Como diz o Antonio Ferrara nós não podemos saber muito do chocolate (do caramelo) se não o experimentamos. Essas doenças da alma, tão em voga, só serão superadas com esse corpo energético ativado." Verônica Maria Mapurunga de Miranda-19.09.2023

Esse meu texto está também em post, em minha página do Facebook veronica mapurunga miranda.
 

TECENDO

Não sou uma tricoteira profissional, sou até muito amadora, mas sigo os conselhos das "abuelas" (avós) ancestrais  do continente americano e Abya Yala: Quando sentir dor é melhor tecer. A sabedoria desse dito reside no fato de que as mãos têm uma conexão grande com o coração. E isso é uma forma de nos conectar com esse centro de gravidade e processador de energias. Falo de coração como esse centro que envolve um raio de três ou mais chacras (manipura (plexo solar), chacra cardíaco e o chacra da garganta) e  que pode ser ativado com essas atividades, bem como com meditação.  E o próprio ritmo da atividade tecedora também ajuda a nos retirar da mente ordinária e barulhenta. As emoções e os sentimentos podem ser melhor assimilados e até clarificados quando fazemos trabalhos manuais como tecer e outros. E aí não estou falando necessariamente de arte, que traz o símbolo, apesar de esta ser de grande importância, mas de expressões e auto-expressões tão necessárias ao ser humano moderno. Nos acostumamos a ser o vaso que recebe educação, informação e otras cositas más, esquecendo que temos muito para expressar, atuar, conectar e existe uma gama grande de auto-expressões possíveis, além do falar e escrever. Relembremos Sócrates e sua maiêutica, que era seu método de fazer o ser humano retirar de dentro de si mesmo toda a sabedoria que necessitava para viver. Nossa cultura e "educação bancária", que tudo recebe, retiraram a possibilidade da auto-expressão, da doação ou dádiva. Quando conseguimos nos auto-expressar verdadeiramente nos tornamos dadivosos, como a natureza.

Em um dia desses fazia minha pequena tricotagem e um rapaz se aproximou e disse: Você sabe tricotar bem? Eu disse: Não, tricoto como amadora e nem sempre. E ele falou: Ando procurando uma pessoa que me ensine a tricotar, porque sou hiperativo e de dia eu faço artesanatos, mas à noite enquanto assisto tv minhas mãos ficam se movendo e eu sinto que preciso aprender a tecer, a tricotar para essas horas. Bem, essa era uma atividade considerada feminina até algum tempo atrás, mas atualmente homens já se aventuraram também nela. Li um artigo sobre a educação na Suécia, em que as atividades manuais são ensinadas de forma igual, no ensino regular, para meninos e meninas e dentre elas costurar, tecer, bordar, tricotar, cozinhar, como algo que é parte da vida e  sobrevivência. Essa forma de colocar essas atividades que se conectam com o coração entre as atividades importantes do dia-a-dia questiona a divisão social do trabalho (trabalho intelectual x trabalho manual; trabalho doméstico x trabalho da esfera pública) e divisão entre cabeça e coração.

Esse centro de gravidade que é o coração questiona profundamente a hierarquia vertical da sociedade e cultura patriarcal, tornando possível  a hierarquia entrelaçada e o encontro do masculino e feminino. Além disso, essas atividades manuais que não exigem um talento especial, mas incluem uma aprendizagem têm sido utilizadas em lugares onde se realiza arte-terapia como recursos de autoconhecimento e auto-expressão. O bordado que conta a própria trajetória de vida ou expressa aqueles sentimentos e até sofrimentos que não se pode expressar em outro lugar. Essas atividades que são também criativas e que também têm sido utilizadas como fonte de renda para muitos é também essa fonte que pode servir de mediação para conflitos pessoais e para que as pessoas possam ir entrando em uma conexão com o coração, diminuindo assim as pressões criadas pelas polarizações, ambivalências geradas pelos processos de mudanças em que todos estamos submetidos, querendo ou não. Há um tempo atrás escrevi um artigo, colocando algumas práticas que existiam na pequena cidade de Viçosa do Ceará e outras cidades pequenas, em que as pessoas que possuíam algumas atividades rurais, como a debulha do feijão que recebiam de seus sítios e que era uma atividade em que as pessoas se juntavam na vizinhança para fazê-las. As debulhas eram realizadas de forma cooperativa e nesse ato as pessoas contavam histórias da cidade, das famílias, das tradições e tanta coisa mais, que era um momento importante de se fazer exercer uma relação de cooperação, que envolvia sentimentos, emoções, alegria e acabava sendo uma terapia para todos enquanto era ao mesmo tempo parte do cotidiano. E isso ajudava as pessoas a relaxarem, a se conectarem com suas raízes, tradições, brincadeiras e a reforçarem os laços de amizade, vizinhança e solidariedade. E assim escapavam também de muitas neuroses. (Vide:DAS TRADIÇÕES E HISTÓRIAS: O FEIJÃO NOSSO DE CADA DIA-http://www.veronicammiranda.com.br/faceblog36.htm).

Para quem não sabe, se você lida, por exemplo com culinária e com plantios, cuidado de plantas, você pode estar lidando com sua função sensação, percepção ou gerando equilíbrio entre corpo e mente, porque essas atividades, além de criativas e de relação com a natureza, são também atividades que aterram, ou seja, compensam as atividades do pensamento e intuição. Nós somos essa complexidade e estamos sempre correndo o risco de unilateralidade da consciência, na civilização moderna, por termos atividades que sempre valorizam mais aquilo que dá lucro e que se localizam na cabeça, na mente e constituem carreiras na esfera pública, considerando a divisão social do trabalho.

A especialização do trabalho na vida moderna e a fragmentação das atividades, colocando-as como trabalhos manuais e intelectuais decorrente do estilo de vida moderna e a realização somente de partes de um produto (na fábrica cada trabalhador ou operário faz uma peça de um automóvel, por exemplo, mas não têm  controle ou acesso ao produto completo. A crítica dessa fragmentação é muito clara no filme Tempos Modernos de Charles Chaplin em que o operário praticamente enlouquece e sai apertando parafuso pelas ruas, em tudo e em todos) causaram muitos distúrbios psicossomáticos e a desvalorização daquilo que chamamos trabalho manual, um trabalho em geral menos remunerado e realizado por trabalhadores menos qualificados. É digno de nota que atualmente existem algumas atividades profissionais altamente especializadas e bem remuneradas, mas que são bastante fragmentadas e que levam as pessoas a ficarem naquela alienação e fragmentação.   Na cultura brasileira e da América do Sul o trabalho manual ainda teve o agravante de ser relacionado com a escravidão e, portanto, ser considerado um trabalho socialmente menor e até indigno. Outro dia, ouvi de uma psicóloga que estava fazendo alguns trabalhos manuais de um curso de arteterapia dizer que para ela era difícil realizar esse trabalho manual porque se sentia perdendo tempo. A história de perder tempo na sociedade capitalista, onde tempo é dinheiro e as atividades manuais não dão a mesma remuneração e nem o mesmo status social que outras mais tecnológicas ou com formação universitária, mostra que para realizar as atividades que nos conectam com o coração e com o corpo é necessário sair de uma dada posição egóica e unilateral da cultura, do sistema patriarcal e capitalista. É necessário se "desarrumar", ter coragem de ir a contrapelo do sistema e da cultura dominante e criar novas disposições para sentir e se conectar com o coração. Essa é a única forma de questionamento sério e radical ao capitalismo e tem que ser realizado a partir de dentro, porque o sistema capitalista, assim como o sistema patriarcal estão internalizados.

Assim, o mero ato de tricotar significa um ato revolucionário, considerando a conjuntura de mudanças que se anuncia, porque  nossas atividades dominantes foram sempre mentais e intelectuais. Temos que entender de uma vez por todas, que qualquer revolução possível atualmente tem que ser feita a partir "de dentro", como já anunciava Bauman. E ela não pode deixar de lado esse centro de convergência e confluência que é o coração e as formas de conseguirmos nos conectar com ele.

Verônica Maria Mapurunga de Miranda- 08.09.2023

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Nota1: Nos tornar dadivosos como a natureza nāo se refere necessariamente a doações materiais. Algumas pessoas só conseguem pensar no TER e não no SER. Mas ser dadivoso é dar aquilo que é do seu Ser e que às vezes é algo intangível, mas que muitos podem usufruir. Uma flor dá o seu perfume, mas se alguém não sabe usufruí-lo, não o terá. Se a flor for destruída, pisoteada, você não poderá ter aquilo que a natureza lhe doou. Como diz Cora Coralina para ser dadivoso alguém...

 "MUITAS VEZES BASTA SER:
"COLO QUE ACOLHE
BRAÇO QUE ENVOLVE
PALAVRA QUE CONFORTA
SILENCIO QUE RESPEITA
ALEGRIA QUE CONTAGIA
LÁGRIMA QUE CORRE,
OLHAR QUE ACARICIA,
DESEJO QUE SACIA,
AMOR. QUE PROMOVE.
E ISSO NÃO É COISA DE OUTRO MUNDO,
É O QUE DÁ SENTIDO À VIDA." (CORA CORALINA, da Poesia NĀO SEI..)

Nota 2:

 Vi um vídeo sobre as diferenças em um relacionamento amoroso e eu ri bastante com esse vídeo. Mas no fundo desse e outros vídeos sobre esse assunto e sobre as diferenças, que estão em campos de opostos, tem sempre uma mensagem: Não conseguimos resolver as diferenças, em qualquer relação, sem sabedoria, sem amor, sem o poder espiritual e dadivoso. E por isso o centro do coração é tão importante. Não precisamos ser abelhas ou moscas (que têm o seu sentido de existência) mas seres humanos com possibilidades de expansão da consciência. O complexo oppositorum só integramos com coincidentia oppositorum para encontrar harmonia e plenitude. Em última instância estamos aqui para isso, para expandir a consciência nessa direção. E quando temos consciência real disso não aceitamos ser menos do que somos e procuramos cuidar de nossas integridades pessoais e tarefas próprias.

Verônica Maria Mapurunga de Miranda. 13.09.2023.

 

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QUANDO POETAS, SÁBIOS, CIENTISTAS DO FUTURO, POVOS ANCESTRAIS E ESPIRITUALISTAS DIZEM O MESMO

Comentário que fiz há pouco em post de uma amiga do face sobre essa poesia sábia de Gibran que é um trecho do livro O Profeta  de Gibran Khalil Gibran (abaixo).

"Esse é o Gibran Khalil Gibran. Fala do amor maduro. Na cultura narcisista em que vivemos, sem o amor natural nos sistemas familiares, os adultos não amadurecem, permanecem carentes e os filhos tornam-se compensação afetivo-emocional, extensões dos próprios pais, sem independência. De fato, todos estamos aqui (nesta vida) para cumprir algo próprio, que de alguma forma servirá aos outros. O que cada um é, é uma necessidade da vida. Na cultura narcisista, sem amor maduro e verdadeiro, os pais sufocam os filhos e  as pessoas em geral sufocam suas relações."

 E isso, de fato, gera um individualismo muito grande e muitas psicopatias, que estão se exacerbando, mesmo que muitos já reconheçam a necessidade de cooperar e não competir, de resgatar o amor natural de sistemas familiares e de colocar em prática a honestidade (Maturana) e a transparência. Só podemos ter amor com transparência e verdade. Mas até que essas idéias tornem-se práticas, a fragmentação das pessoas, a carência e o vazio gerado por isso nos coloca diante de dois desafios: a superação do sistema capitalista que está internalizado e que provoca um grande individualismo competitivo e o narcisismo, que pela fragmentação da cultura, da família e desse amor natural gera esse vazio e o conseqüente ato de devorar. Como cantam há algum tempo os Tribalistas: Você tem fome de que? E isso é parte dos tempos apocalípticos.

 Apocalípticos porque estamos deixando um éon (fim de um espaço-tempo) e tudo aquilo que não faz parte desse novo tempo tende a se destruir. E a pergunta que já fiz em alguns textos e que continua sem querer calar: De que lado você prefere ficar? Daquele que está sendo destruído e não faz mais sentido? Ou daquele que é necessário construir mas necessita de verdade (transparência) e amor. E alguém pode dizer: Mas eu não consigo isso. Mas pode ter consciência disto e saber que o que ocorre consigo e com outros que pensam o mesmo é por causa de escolhas. Se eu escolho a destruição, ou  aquilo que está sendo destruído porque não cabe mais nas novas realidades, obviamente que sofrerei todas as consequências disso. Quando nos dispomos a uma mudança, que é parte do fluxo natural, nós também somos ajudados. Talvez seja imediatamente mais fácil mentir, corromper e corromper-se, explorar as pessoas, ter prazer negativo à custa de abusos de todo tipo para sair da pressão e do stress. As pessoas muito ambivalentes, ancoradas nas sombras, têm uma inteligência grande e manipuladora para fazer isso. Mas em qualquer princípio espiritual se sabe que o mal nunca vence o bem. Ele é somente um dos pólos que existe na dualidade, que sempre tende a ser superado, mesmo que esteja a serviço da destruição. Isso é parte de um movimento transcendente. Até já se disse, se o ser humano insistir em continuar depredando a terra, ele some da terra  e o planeta continua.

 Então, é melhor se alinhar àquilo que é permanente e que flui, porque todo o mundo material e seus poderes são efêmeros. O SER é a única parte que temos que permanece e carrega uma memória capaz de nos fazer evoluir. Não estou nem um pouco preocupada de que me chamem de essencialista e nem que três ou quatro intelectuais vão dizer que isso não é válido ou que está fora de suas matérias científicas. Todo conhecimento que transforma nunca foi realmente validado em nenhuma universidade, até que as próprias mudanças foram verificadas.  Muitas pessoas de visão em toda a história foram execradas pela ignorância de muitas autoridades do conhecimento, por falar de algo novo, não conhecido. Mas atualmente, essas idéias circulam e têm base em muitas experiências diferentes, porque há grupos de pessoas que apesar das contradições já escolheram outros tipos de vida, mais de acordo com as novas realidades. E o que é importante saber é que são pessoas de várias áreas diferentes do conhecimento. Um conhecimento que não se aprende somente em colégios ou em universidades. É bom não perder muito tempo dizendo que estudou ou trabalhou na  Universidade de Princeton ou outra universidade badalada, para justificar saber, pois os conhecimentos que estão sendo requeridos são de outra ordem e o que sair de nossas bocas ou escrito em papel será cobrado em coerência. Portanto, tratemos bem de nossas crianças (também daquelas que são criações. Para que lançar flechas em vão? É necessário ser também o arco que é firme). Amor e verdade são necessários.

"Tuas crianças não são tuas crianças. Elas são os filhos da vida..."

Verônica Maria Mapurunga de Miranda - 06.09.2023

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Veja o texto de Gibran Khalil Gibran:


- Fale-nos de crianças...

E ele disse:

- Tuas crianças não são tuas crianças. Elas são os filhos da Vida que anseia por si.

Elas vieram através de ti mas não de ti, e a despeito de estarem contigo elas não te pertencem.
Tu podes dar-lhes teu amor mas não teus pensamentos, pois elas têm seus próprios pensamentos. Tu podes hospedar seus corpos mas não suas almas, pois suas almas habitam a casa do amanhã, que tu não podes visitar, mesmo em teus sonhos.

Tu podes empenhar-te para seres como elas, mas não tentes fazê-las serem como tu, pois a vida não caminha para trás nem coabita com o ontem.

Tu és o arco do qual tuas crianças, como flechas vivas, são impulsionadas. Arqueiro vede a marca sobre a trajetória do infinito, a ele te dobra com seu poder para que tuas flechas sigam velozes e para longe.

Deixes que a flexão na mão do arqueiro seja para o contentamento e a felicidade; Pois assim como ele ama a flecha que voa, Ele ama também o arco que seja firme".



"O Profeta" (trecho)
 
 

METAMORFOSE

Renascer-2000/Escultura em Argila/de Verônica Miranda

Renascer - Escultura em Argila por Verônica M. Mapurunga de Miranda - Junho/2000

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Metamorfose. Um processo de muitos que estão em transformação acelerada, mas que não iniciou hoje. No processo de incubação para borboleta, a lagarta se nutre com suas próprias tarefas, missões e suas provas. E outra parte que não serve mais se vai, assim como no processo da cobra que muda a sua própria pele e renasce. Aquilo que se vai somente a própria figura renascida pode saber, assim como seus objetivos supremos. Mas aquilo que nutriu a nova criança que é a pessoa que renasce de um longo processo, inclusive de muitos pequenos renascimentos é parte dos louros de sua vitória e missão aqui na terra. E isso não pesa, mas é o impulso para o vôo e lançamento de suas próprias sementes. Suas asas de liberdade são o fruto de sua transformação e leva com elas os prêmios e milagres da própria vida. Essa é uma realidade que muitos poderão viver nesta fase no Planeta Terra. Verônica Maria Mapurunga de Miranda -10.08.2023.

Texto publicado também em meu facebook veronicamarmiranda(veronica miranda)

Adendo:Gostaria de dizer que a LAGARTA E BORBOLETA e o que elas simbolizam, a metamorfose e que está em uma vasta literatura mundial como símbolo, assim como também a cobra que perde sua pele e renasce se prestam para muitas especulações, porque em várias cosmovisões diferentes e na época em que vivemos de muitas mudanças e transformações esses símbolos emergem com muita facilidade.
Mas, o que se tem que perceber é que os símbolos, de fato, são únicos e mesmo que exista um significado simbólico universal nenhum processo de transformação cabe em manual, ou em alguém que se considera especialista no assunto e diz:. Vi alguém dizer que se alguém se torna borboleta não sabe mais nada de quando era lagarta. Acho isso uma generalização um tanto tola, porque estamos aqui no planetinha azul pra viver nossas experiências de transformação que são diversas. E se a borboleta é um símbolo uni versal da metamorfose, é importante lembrar que elas são diversas, de acordo com o ecossistema a que pertencem. Existem as borboletas, dos bosques, das florestas e das caatingas, para citar apenas três, além de tantos outros. E por isso eu creio, que mais que se situar em manuais dito espirituais seria melhor se situar nas experiências diversas e nas necessidades próprias de cada ecossistema.
Cada borboleta existe para realizar suas atividades como borboleta naquele ecossistema que habita e sabe como ninguém se precisará de memória ou não. O importante é saber que a memória do casulo que houver será pensada a partir de uma outra condição e outra disposição.
Mais importante ainda é saber que a borboleta tem uma autoridade interna para realizar suas tarefas e não necessita de validação externa para realizá-la. Porque está dentro de uma ética e liberdade diferentes e um poder espiritual que não é predatório. Uma borboleta existe para polinizar, alegrar, multiplicar, espalhar beleza e tudo aquilo que recolher, que parece passado, inútil e restos será para uma utilização perfeita de suas tarefas, serviços e vida em um processo que busca e que porta harmonia.
A borboleta e a cobra que também é um símbolo de cura aparecem como femininos e interessante perceber que são necessidades bem atuais para todos: homens e mulheres. Todos, sem exceção, tem algo de feminino arranhado, alguns mais e outro menos. E esses símbolos mais que manuais de como deva ser, sob autoridades externas, devem ser buscados naquilo que são e conclamam para cada um e uma.

Que estejamos todos bem munidos desses símbolos. Eles são para todos!

Verônica Maria Mapurunga de Miranda -30.08.2023

Esse texto foi publicado também em minha página do facebook Veronica Mapurunga Miranda
 

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Sol e Lua - Escultura por Verônica Mapurunga de Miranda - Outubro/novembro de 2003

SOL E LUA

Sol e Lua - outubro - novembro de 2003 - por Verônica Maria Mapurunga de Miranda
                 Escultura em argila, resina acrílica e pintura.   Coleção: Via Amor -Vide GALERIA.
 

Francisco de Assis dizia "Comece fazendo o que é necessário, depois o que é possível, e de repente você estará fazendo o impossível". Muitas vezes alguns objetivos de vida são assim, devagar, até porque não têm apoio, e às vezes existem pessoas mesmo que querem impedir o que alguém faz. E às vezes esses objetivos não são necessários somente a uma única pessoa, são objetivos mais coletivos que alguém porta. Vide o próprio Francisco de Assis que teve muitas dificuldades para onde houver erro levar a verdade, onde houver ódio levar o amor e onde houver trevas levar à luz. Alguns objetivos não são fáceis, nem todos entendem e alguns nem querem saber, mas são verdadeiros e é uma lei espiritual que diz que cada um tem seu caminho e sua missão e ninguém deve impedir o caminho de ninguém.Sempre que o fizeram burlaram uma lei maior e sobreveio desgraças, dificuldades para a vida de quem o faz.

A encruzilhada de mudanças em que todos estamos diz: Em vez de competir e destruir o caminho e objetivos de cada um procurem cooperar (cooperar não significa obrigar alguém a fazer aquilo que é seu objetivo, intrometendo-se no caminho dos outros, mas estabelecer parcerias, ajudas mútuas em diálogos (não escândalos), sem querer submeter os outros ao seu autoritarismo e mandonismo). Esse sentido de cooperação é algo que clama e pode começar a ser exercido por aqueles que realmente entendem esse sentido.

Enquanto vivermos no individualismo, na competição, no salve-se quem puder, na exploração dos outros e na violência, com as pessoas narcisistas e que só querem tudo para si, que dão golpes nas pessoas para se dar bem, isso não é possível. Pessoas que não têm transparência nas relações, que fazem as coisas escondidas, na base da maledicência, de denegrir as pessoas e de forma unilateral, sem a outra pessoa saber, de fato faz golpe, faz violência, faz crime (esses tipos de ação estão prescritas em lei). Mas independente disso, estão em uma lei maior espiritual, que diz que não podemos interromper a vida e caminho de alguém. Essa Lei nos chama à responsabilidade. Ninguém precisa ser rico ou ter muito lucro no que faz, precisa somente realizar sua vida da melhor maneira que possa.Muitos se chocaram com Francisco de Assis porque tinha objetivos de vida diferentes de seu pai e da sociedade vigente. Mas ele seguiu em frente e hoje é uma luz para muitos que seguem seus valores de renovação, de regeneração da cultura, de justiça social, de respeito e comunhão com a natureza.

Começamos nossos objetivos de onde estamos. Muitas vezes já fizemos bastante, mas algumas pessoas com objetivos diferentes fazem questão de não ver. E isso não importa. O que importa é nossa harmonia interior, com aquilo que somos e que temos que fazer. Se todos procurarem dentro de si esse sentimento e verdade deixarão de tentar impedir o que os outros fazem e se dedicarão com alegria àquilo que têm que fazer.

Verônica Maria Mapurunga de Miranda - 06.08.2023

Texto publicado também em meu facebook Veronica Mapurunga Miranda
 

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A QUITUTEIRA NOS 90 ANOS DE TEREZINHA

A QUITUTEIRA - ARTE DE RECICLAGEM- TOALHA E CIMENTO SOBRE GARRAFA PET- ACABAMENTO EM EPÓXI E TINTA ACRÍLICA por Verônica Maria Mapurunga de Miranda - 01.08.2023
 

Como todas as imagens que faço, como esculturas, são imagens que vêm de dentro. Desde o começo é assim. E quando penso em uma imagem, muitas vezes minhas mãos fazem outra. Não há controle sobre isso. Dessa forma quando criei o mestre do pife, que se remetia ao meu pai, como imagem primeira, depois cada um que fazia era diferente e comecei a entender que tinham um significado arquetípico, de representação de algo maior ou coletivo, que inicialmente denominei de tipos, mas que de certa forma, significa arquétipo no sentido junguiano, que porta um significado não somente subjetivo, mas também cultural e coletivo. A imagem que "parla", que aparece trazendo um significado e um sentido. E muitas vezes assustada com o resultado eu digo: Parla, a que veio? Em 13 de fevereiro de 2002 fiz o artigo "Da. Terezinha e Seus Quitutes", como homenagem e reconhecimento de sua criatividade e missão de vida e também como uma representante reconhecida da culinária local.

 Na época já havia feito a imagem do mestre do pife e depois Bico de Ouro, que elevava a figura de meu pai Alfredo Miranda à representação arquetípica e minha mãe uma vez me perguntou: E a quituteira não tem uma imagem? Eu fiquei pensando, em tudo o que significava em termos de atividades e como isso era difícil ter uma síntese. Até que um dia apareceu uma imagem, que trazia sempre a tigela sendo mexida e remexida. Um trabalho sem dúvida alquímico e até certo ponto parecido com a curandeira, que surgiu depois. Mas a culinária é uma arte e trabalho alquímico, e como disse hoje, no dia dos seus 90 anos, esse veio criativo da culinária em sua vida foi muito importante para conseguir levá-la, transformando-a em um eixo de vida e superação de muitos problemas, tecendo suas relações familiares e sociais. Bem dito uma missão de vida, que perpassou tudo e em torno dos 40 anos, ela que era uma dona de casa iniciou também um meio de sobrevivência construído sobre essa criatividade culinária e que teve uma expressão cultural, que é a Casa dos Licores. Depois que fiz a primeira quituteira, com esse símbolo da tigela sendo mexida e remexida, foram saindo imagens de vários tipos e várias formas, enquanto imaginava que elas eram de vários tempos, idades e até de várias culturas. E aquele significado alquímico, talvez trazendo um segredo feminino de todas as mulheres, de todas as culinárias e de todos os tempos, deixou-a um tanto universal.

 Quando terminei esta que ia levar para minha mãe, novamente me surpreendi e disse assim que terminei: Parla! Era bem diferente de todas e me perguntei se ela não me acompanha ou acompanha minha mãe. De todas as formas queria se apresentar. Que seus significados sejam entendidos. Terminei de falar algumas palavras no aniversário de minha mãe sobre a missão que cada pessoa tem e que ela seguiu o seu curso nessa realização, livre, sem ser impedida em seus objetivos e suas vivências e por isso pode realizar suas tarefas de vida. Com muito trabalho e dificuldades a vencer, mas também com muita realização. E é isso que esperamos, principalmente as mulheres, que o vaso alquímico que portamos, com nossa criatividade possa transbordar em realizações e trazer novos valores, feitos, realizações, para esse novo mundo que está se gestando. Que os objetivos e significados de vida não sejam impedidos, não sejam interrompidos, para que cada mulher possa realizar aqui, nesse momentum de transformação de muitas vidas, suas missões e novas culturas possam florescer. Que as quituteiras falando de forma ampla e alquímica tragam novos sentidos e vida!

Vivas a Da.Terezinha em seus 90 anos, por uma vida realizada!

Verônica Maria Mapurunga de Miranda-02.08.2023

Texto publicado também em meu facebook Veronica Mapurunga Miranda e na página Viçosa do Ceará-Uma página não oficial (www.veronicammiranda.com.br/90anosterezinha.htm).

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NEM TODO DIA É DIA DA MENTIRA

 

Existem os dias de reconhecer a verdade. Quem conhece aquela piada de humor cinza (nem negro, nem branco) do dia da mentira?  Em uma família havia uma criança cega. Um dia a família reunida chamou a criança e disse : Descobriram um colírio que cura a cegueira.

  Mandamos comprar e você vai enxergar. A criança ficou muito contente. Os dias passavam e a criança perguntava: E o colírio? A familia respondia alegre: Já está chegando. Fique tranqüila seu sonho de voltar a enxergar já está chegando. Espere mais um pouco. Até que um dia a família se reuniu e disse para a criança: Chegou o colírio. Vamos todos reunidos para fazer o milagre. A criança muito feliz esperou enquanto colocavam as gotinhas em seus olhos. Mas nada aconteceu. Ela disse: Eu não estou enxergando. E a família, todos juntos, gritaram batendo palmas: Dia da mentira! Dia da mentira!

No filme de Claude Lelouch Retratos da Vida, baseado em histórias reais dos sobreviventes de campos de concentração nazistas, uma das pessoas que lá estiveram conta um episódio em que Hitler mandou selecionar um grande grupo de judeus presos para fazer um grande plantio.

 Diante de tudo o que passavam fazer um grande plantio era como estar no paraíso. Estar em contato com a natureza e ver as plantinhas nascendo e crescendo era um alento de vida, um sonho de que algo poderia mudar, uma esperança de vida. E quando as plantinhas já estavam em bom tamanho começaram a sorrir.

Mas não demorou e Hitler mandou reunir todos que trabalharam no plantio perto da plantação para assistirem um trator passar por cima das plantas e acabar com aquela bela plantaçāo, que deu vida e esperança.

Ele queria dizer com aquele ato que não adiantava sonhar e ter esperanças. Nos dois casos vemos a ação de perversos. A primeira de uma piada-ficção de humor cinza (que não é negro e nem branco). A segunda baseada em fatos reais do nazismo.

Os sobreviventes dos campos de concentração demonstraram que apesar de todas as tentativas dos perversos de acabar com suas vidas, com seus sonhos,  da projeção de tamanha crueldade em pessoas inocentes,  o dia da verdade tinha chegado.  Com todas as seqüelas de ações genocidas de um governo e cultura insanas, eles estavam vivos e realizando suas vidas. A verdade havia chegado.

Historicamente se sabe que o nazismo foi uma "doença social", de sociopatias, perversidades, comandadas por uma cultura em degradação, sombria e lideranças políticas insanas, como analisou Norbert Elias. O "mal justificado" como bem analisou Hanna Arendt. Mas a perversidade continuou no seio das famílias doentes, insanas afetivamente, tomadas pelo narcisismo  e por culturas que precisam se renovar, não o fizeram e estão atoladas nas sombras.

A cultura e psicologias perversas, que causam perversidades todos os dias, que criam seu "dia da mentira" contra alguém inocente, também chegarão ao seu fim. Que nossos sonhos de vida continuem. Existe o dia da mentira, mas existe também o dia da verdade. Em que a verdade chega e a história pessoal e da cultura farão justiça.

Vivas para o dia da verdade!

Veronica Maria Mapurunga de Miranda. 26 de julho de 2023.

Texto publicado também em meu facebook veronica mapurunga miranda

 
 

CONSTRANGIMENTO
 

Vi uma psicoterapeuta dizer na rede que é necessário ficar com "um pé atrás" com pessoas que causam constrangimentos a outros. Acho essa questão confusa e variável atualmente porque vivemos em uma sociedade muito desigual, na qual se comete muito abuso de poder. E como a expressão já diz quem o comete não quer ser visto como alguém abusivo. E apesar da transparência ser uma necessidade admitida por muitos as pessoas que abusam e causam violências de vários tipos em geral são muito mascaradas e criam e recriam imagens de marketing pessoal e profissional para viver suas delinquências e abusos. E qualquer coisa que alguém diga que fira essa imagem falsa, às vezes como conseqüência de seus abusos de poder, deixa a pessoa muito ofendida, talvez por achar que tem o direito de abusar, de delinqüir publicamente sobre os outros sem respostas. A sociedade desigual faz isso.

Mas as sociedades e culturas estão mudando e aí vemos reações diferentes. Os autoritários e narcisistas inconscientes acham que ninguém pode pensar diferente e o diálogo só se for para concordar com tudo e isso não é diálogo. E os abusos e violências atualmente começaram a ser tratados como aquilo que são.

E isso gera reações que trazem constrangimentos e algumas são até escandalosas. Parece que a transparência necessária está trazendo isso. E é lógico que esses constrangimentos aparentes surgem das pessoas que são atingidas por atos abusivos. Talvez seja pedir demais que pessoas que recebem abusos e violências sejam gentis com quem o maltratou e pensem em não causar constrangimentos. Isso pode ate passar na cabeça de um(a) terapeuta desavisado(a) e às vezes há reações ambivalentes: Quando a pessoa aceita o maltrato ou não reage exatamente por essas reações, descrenças e falta de apoio e solidariedade com quem está sofrendo abusos e maltratos dizem: mas como essas pessoas (em geral mulheres) não reagiram? Aceitaram ser maltratadas.

Existem muitos tipos diferentes de abusos de poder em nossas sociedades, mas quando as pessoas começam a denunciar os abusos e violências começa a aparecer a opinião de determinados terapeutas de que isso é constrangimento. E, de fato é, para quem vive constantemente exportando a imagem de pessoas boazinhas, as vezes de profissionais que cuidam das pessoas e são abusadores e violentos no privado ou com pessoas que estão em situação vulnerável, sem condições de defesa.

Eu conto um caso de um filósofo casado com uma filósofa, muito bem considerado em seu meio intelectual que em discussão com a esposa acabou lhe dando uma surra. Sabemos que um homem que tem mais força física que uma mulher pode fazer isso. Ela ficou toda marcada da surra que levou. Não, nāo era uma mulher da periferia, sem estudo, sem consciência dos seus direitos, como se poderia supor, era uma filósofa, colega do violento. Digo, procure se colocar no lugar dela.

Mas, apesar de tudo o que ainda poderia sofrer, além da violência e humilhação que passou, como o descrédito, muito comum em relação às mulheres, desconfiança e desrespeito, porque quando uma mulher sofre atos violentos muitos outros acham que podem fazer o mesmo ou outros tipos de violência com ela, mesmo assim ela fez exame de corpo delito e foi à delegacia denunciar. Para o filósofo violento e abusador aquilo foi um constrangimento, (mas também foi constrangimento para ela ter que fazê-lo), porque muitos de seus colegas e outros que não eram ficaram sabendo as coisas desagradáveis e condenáveis da personalidade e vida pessoal do filósofo que não sabiam e contrastava com sua imagem impoluta que criou nos meios universitários. Então, parece que constrangimentos fazem parte da sociedade desigual e violenta, mesmo quando "algoz e vítima" (ai, como tem gente que não gosta dessa dobradinha) além de marido e mulher sāo intelectuais.

E ainda tinha a história do médico que dava aulas para as normalistas e aconselhava-as a não casarem com homens sem cultura. Porque eram grosseiros com as mulheres e até violentos. Mas o dito médico depois de um certo tempo de casado e algumas puladas de cerca quando a mulher reclamou ele esqueceu sua cultura ou verniz e deu-lhe uma surra. E com certeza foi um constrangimento grande porque a mulher tomou providências para que todos soubessem o que alguns homens de cultura fazem.

A lei de causa e efeito ainda vigente no planeta adverte: Toda ação gera uma reação . Quem não gosta de constrangimentos trate de não causá-los.

E quando estamos alinhados à nossa integridade pessoal reconhecemos os abusos e violências e enfim temos que denunciá-los. Não é possível fazer omeletes sem quebrar os ovos.

Veronica Maria Mapurunga de Miranda. 24 de 06 24 de 07. 2023

Texto publicado também em meu facebook veronica mapurunga miranda

 
 

VOU BEM ALI PEGAR MINHA COLHER DE PEDREIRO...

VOU BEM ALI PEGAR MINHA COLHER DE PEDREIRO...

É...Muitos da “classe média” deixaram de ser, pelo menos em renda. Essa questão das camadas médias no Brasil sempre foi variável e até acho estranho quando se fala classe média, como um bloco fechado. E isso tem sido usado como forma de acusação e como “bode expiatório”. As pessoas individualmente não são responsáveis pelos processos de desigualdades que se estabeleceram no país e por isso deve-se evitar esse tipo de campanha “fascista” contra a "classe média branca”. (A burguesia já foi canonizada, já o Papa vem aqui pra mandar ela para o céu). De fato, essa classe média branca necessita de comprovação científica. Quem não tiver pelo menos um caso de miscigenação na família que atire a primeira pedra. Se fizer exame de DNA, principalmente por nossas paragens nordestinas, não escapa ninguém. Contra fatos não podemos fazer nada. Classe média branca de fato não existe. O que existe é gente preconceituosa de todo tipo e em todas as classes sociais.

A tese de uma grande “classe média” no Brasil em substituição à situação de pobreza só é viável se considerar que a redistribuição de renda não seja feita pela classe média atual, já completamente desconfigurada e pobre, através de impostos diretos e indiretos, mas pela distribuição de renda da burguesia e de quem ganha mais. A reforma tributária tem que ser enfrentada. E em segundo lugar que seja reconfigurado os parâmetros do que seja classe média, porque não vale à pena ter uma grande classe média vivendo em condições básicas mínimas, sem dignidade e de acordo com aquilo que o sistema capitalista está pautando para os povos da periferia e que levará grande parte da população à extinção.

Então, não vale nivelar por baixo. Temos que pensar, e isso é urgente, em formas de garantir uma renda mínima digna para as pessoas. Hoje existe, por exemplo, uma aposentadoria para quem não contribuiu o suficiente, mas com ela tem que viver miseravelmente e se tiver uma casa de papelão não pode ter a aposentadoria e nem complementar renda com outro trabalho. E isso não é digno, pois todos necessitamos de um teto para morar. Aí vem a velha frase que cabe em países como o Brasil, com uma economia que não sai do canto e como criticava a Conceição Tavares, que não redistribui nunca: Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. Estudar pra que ? Melhor é começar a utilizar minha colher de pedreiro.

Não podemos ficar nessa dancinha
que não sai do lugar.
Viva Santo Antônio, São João e São Pedro,
muito fogo de fogueira,
pro Brasil deslanchar!

Verônica Maria Mapurunga de Miranda-24.06.2023
P.s. Humorismos à parte, até que eu empunho uma colher de pedreiro em meus trabalhos de arte quando lido com massas, mas não tenho nenhuma intenção de entrar no mercado de trabalho da construção. Mas se vamos querer criar uma grande classe média é necessário reconfigurar o mundo do trabalho que está em débâcle e repensar a economia dentro de novos eixos e princípios. Não temos muito tempo, a roda viva da economia mundial pode nos pegar se não tivermos mínimas definições. Como eu, muita gente não pode estar nesse mercado de trabalho da construção e precisa sobreviver e contribuir.

Texto publicado também em meu facebook veronica mapurunga miranda

 
 
 

ESSA FLOR...

Ai! Essa flor me diz’ tanta coisa...Algo que escrevi aqui no Mural do meu portal Artesanias de Verônica Miranda: http://www.veronicammiranda.com.br/mural.htm

"Quando você descobre o sentido e propósito de sua vida, caminha de acordo com a vida, sem se preocupar se agrada ou não a ninguém. Somente exala o seu perfume. A flor quando desabrocha não pergunta a ninguém qual seu perfume preferido. Mas você que escolheu mantê-la em seu jardim certamente gosta de seu perfume. E deixará que ela ali permaneça, cuidando-a e amando-a para sentir seu perfume e beleza e dar glórias à vida. Assim também podem ser as pessoas que começam a florescer."

Eu torço para que muitas pessoas entendam o significado dessas minhas palavras e de alguma forma já estejam nessa para podermos festejar as mudanças que precisam acontecer no mundo. Mas, infelizmente temos que reconhecer que algumas mudanças são lentas e algumas pessoas demoram a achar seu próprio valor. Enquanto não acontece ficam no narcisismo cultural, familiar e pessoal não curado, confundindo realização e serviço com aplauso e destilando veneno da fofoquinha maledicente. Apesar disso, a verdade e transparência são necessárias e vão aparecer cada vez mais.

De fato, vivemos uma época de choques e as provas incluem verdade e amor, que são muito relacionados à ética. Os corruptos não gostam, os preguiçosos de assumirem suas próprias verdades e aquilo que são, também ficam incomodados quando alguém passa a se assumir verdadeiramente. As pessoas se acostumaram às màscaras, à esperteza, a um tipo de poder doentio que sempre necessita da aprovação dos outros, das claques e aplausos. Os sábios embusteiros. rss...rss... E estão sempre procurando algo que acham que é sabedoria para copiar. E esquecem que a sabedoria está dentro de cada pessoa. Em vez de estar copiando aquilo que não entende e não sabe lidar, porque não é a sua experiência, descoberta e vida, deveriam estar ocupando o tempo precioso que temos aqui no planetinha azul para se descobrir e imprimir sua verdadeira marca e passagem. E isso só se faz com aquilo que é verdadeiro e essencial. A própria consciência de cada um e uma vai cobrar isso de cada um. Em vez de se meter na vida dos outros como uma cobra espera caminho, torne-se uma serpente, cheia de graça, sabedoria e daquilo que é próprio.

Digo-lhe que descobrir seu próprio perfume, sua própria canção, estar sintonizado consigo mesmo é a melhor aventura da vida. E não necessita estar se passando por algo que não é. Estamos às portas de sociedades do "conhecimento verdadeiro" e o que tem em cada pessoa é maravilhoso e fundamental. Todo o resto é "pequeno", como dizia Vó Apolinário. E as pessoas precisam aprender que aquele conhecimento que é feito de forma verdadeira, para contribuir e parte da vida de cada um não pode ser roubado, nem copiado. O ser humano não é máquina xerox. E por isso mesmo será chamado sempre para mostrar o que é verdadeiramente. E esse vai ser um permanente conflito para quem não entrar no fluxo nestas épocas que vivemos. Só chegamos a paz de nós mesmos sintonizados com o que somos verdadeiramente. E o que cada um é verdadeiramente é o seu maior tesouro.

Veronica Maria Mapurunga de Miranda - 30.06.2023

Texto escrito também em meu facebook veronica mapurunga miranda.
 

OS CICLOS DA VIDA E DA NATUREZA

Hoje acordei como em um dia qualquer, que merece ser celebrado porque estamos vivos e isso significa dizer que estamos com "possibilidades" de crescer mais, de ter mais compreensão de sua vida e da vida dos outros, que podemos ir cada vez mais para a liberdade pessoal e paz a que todos temos direito, apesar das circunstâncias, que são sempre temporárias.

Mas, alguém te lembra, por telefone cumprimentando, por um presente que recebe, uma gentileza, abraço à distancia, empatia, que você está completando 365 dias em torno do seu sol, uma afirmação cósmica de sua vida que diz que você tem direito ao seu próprio sol e você lembra novamente de agradecer à vida. E isso é o que se convencionou chamar de dia de aniversário, o dia que você nasceu há muitos anos atrás.

Quando você percebe todos os percalços pelos quais passou e passa e não se entregou à drogas, à remédios anestesiantes, evitando projeções de sua sombra que possa causar malefícios aos outros, com a consciência tranqüila e aprendendo com seus erros, você sabe que está na rota certa e que adquiriu um ponto central de equilíbrio.

E quando você percebe isso e sai no seu jardim, mais uma vez e você percebe que outra flor nasceu e que a natureza está te dando graças sempre, porque você independente das circunstâncias é também esta flor que está sempre renascendo e tem um sol próprio, em permanente movimento e recriação, você sabe que foi abençoada.

Somos sempre abençoados quando podemos perceber e sentir o movimento da vida.

SENHOR, FAZEI-ME INSTRUMENTO DE VOSSA PAZ!

                 Verônica Maria Mapurunga de Miranda- 29.06.2023

 

SOBRE CRIATIVIDADE - TODO MUNDO TEM  ESSE MANANCIAL- ( Assunto de ponta das mudanças que estão ocorrendo)
Este é um comentário de uma frase que corre na internet com autoria de Maya Angelou o pseudônimo de uma escritora e poeta norte-americana Marguerite Ann Johnson: "Sua criatividade nunca se esgota quanto mais você usa, mais você tem."

E isso é uma mensagem importante para todos, que significa que todos devem buscar sua própria criatividade, amá-la, desenvolvê-la, cumpri-la, pois ao fazer isso está dando algo que é próprio de si e único, que ninguém mais pode dar. Todos temos tarefas próprias. Não nascemos para ser máquina xerox e nem para ser desonestos. Tudo isso é distorção e quando entramos em distorção sempre temos respostas desagradáveis. Ao descobrir sua própria criatividade e buscá-la, as pessoas descobrirão seu próprio manancial e não precisarão se intrometer no caminho dos outros, roubar o trabalho dos outros, impedir o propósito de vida dos outros, ser injustos e maldosos com os outros. Descobrir sua própria criatividade, por outro lado, é soltar suas amarras e se tornar mais livre. Veronica Maria Mapurunga de Miranda -29.04.2023

COMENTÁRIO QUE FIZ EM MINHA PÁGINA DO FACEBOOK VERONICA MAPURUNGA MIRANDA
 

ODE À MEMÓRIA (Poesia)

SOBRE MEMÓRIA

En español: Cuando trabajamos nuestras memórias soltamos aquello que no sirve, que no compone com el presente y que nos deja prendidos en el tiempo. De hecho, cuando trabajamos las memorias las cambiamos para siempre, incluso curamos traumas, resgatamos nuestros niños felizes y a partir de un pasado que no queria se ir, hacemos un futuro fora del tiempo en que somos más interos y más fluidos. Las memorias cuando las trabajamos de varias formas, incluso las simbólicas transforman a nosotros. Tendremos mucho que aprender con las memórias. Dejarse ir es tambien respectar y aceptar las memorias para tener libertad.

Tradução: Quando trabalhamos nossas memórias soltamos aquilo que não serve, que não compõe com o presente e que nos deixa presos no tempo. De fato, quando trabalhamos as memórias, as mudamos para sempre, inclusive curamos traumas, resgatamos nossas crianças felizes, e a partir de um passado que não queria se ir, fazemos um futuro fora do tempo em que somos mais inteiros e mais fluidos. As memórias quando as trabalhamos de várias formas, incluindo as simbólicas, elas nos transformam. Temos muito que aprender com as memórias. Deixar-se ir é também respeitar e aceitar as memórias para ter liberdade.


Comentário que fiz em minha página do facebook veronicamarmiranda (verônica miranda)- 29.05.2023
 
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De Hoje: As memórias não queimam, de fato, quando permitimos que elas emerjam buscando uma compreensão profunda e as acolhemos, as memórias são queimadas, calcinadas em espírito, pelo elemento fogo que as purifica e as traz renovadas para o presente, como um passado recuperável, cheio de futuro e vitalidade para um novo movimento e sentido, seja na vida dos indivíduos, seja na História.- Verônica Maria Mapurumga de Miranda. 09.07.2023
 

DEMOCRACIA E MUDANÇA DE CIVILIZAÇÃO NA AMÉRICA LATINA - PORQUE É POSSÍVEL CONTINUAR A SONHAR E CONSTRUIR  A PARTIR DE CADA UM E UMA E DOS ESPAÇOS E TERRITÓRIOS CRIADOS EM TODOS OS ÂMBITOS QUE REQUEIRAM HORIZONTALIDADE. NOSSO DESAFIO ENQUANTO HUMANIDADE.

http://www.veronicammiranda.com.br/democraciaecultura.htm

Escrevi este artigo em 2019, antes da pandemia do COVID-19 e do impacto e sobressalto que ele trouxe sobre todos e que impulsionou muitas pessoas a parar e pensar sobre nossa civilização e o seu provável fim, já sentido e pressentido por vários de nós. No meio de tudo isso a coragem necessária para enfrentar missões que não adivinhávamos e que nos faz sair do lugar sossegado e tranqüilo, porque a tranqüilidade e o sossego exigem outras atitudes, ações que até parecem  loucuras, porque nos dizem para sair dos antigos parâmetros. Ficar de braços cruzados não serve mais. Quem não sabe ainda procure pensar que estamos aqui para isso, para cumprir missões difíceis e que às vezes parece até impossível. Como diz a poeta Ada Luz Márquez: O Plano Terra é para valentes.” E são esses os que vão ficando à medida em que os desafios vão ficando maiores. Então, enquanto pudermos vamos cumprir nossas loucuras, que também podem ser chamadas de sonhos e contaminar a todos de ações culturais, políticas, educativas, de comunicação, que leve essa outra mensagem e que mostre para que viemos. Se alguém tornou-se liderança e é respeitado por isso e por condensar as esperanças de um povo, que se lance, porque não está aqui por acaso, mas porque  as estrelas e o cosmos em uma dança cósmica lançaram uma semente, que precisa frutificar. Sejamos loucos, sem perder a ternura jamais. Verônica Maria Mapurunga de Miranda 23.04.2021.

“Então urge ficarmos loucos, de uma loucura sadia, para não ficarmos insanos, doentes e à beira da morte em um sistema que não tem solução para a vida das pessoas. E parte dessa loucura é deixar os livros de economia, uma quantidade de soluções tecnológicas que aparecem como salvação e que não são e se forem serão para poucos, e seguir na direção contrária. É necessário quebrar os parâmetros e isso só é possível com criatividade, com centramento, reconhecimento de nós e de nossas capacidades, a partir de dentro como dizia Bauman. Nos associando em vez de nos separar, mas buscando uma nova forma de poder, nos curando do individualismo, do egoísmo, reconhecendo a nossa interdependência e nos trabalhando internamente, senão a sobrevivência vai ficar muito difícil.” (Do artigo: http://www.veronicammiranda.com.br/democraciaecultura.htm)

Veja também:  MUDAR FAZENDO. NOVAS PERSPECTIVAS PARA A POLÍTICA.( http://www.veronicammiranda.com.br/mudarfazendo.htm)

 que é a continuidade do primeiro artigo.

NOTA: Escrevi este comentário, no facebook de meu portal, apresentando os artigos escritos na página Transitando em Novos Paradigmas do Portal Artesanias de Verônica Miranda (www.veronicammiranda.com.br) em Abril de 2021. Apesar do tempo vivido em "democracia retrógrada", como diriam os astrólogos, as pequenas ações de muitos, as expectativas e a coragem dos que se lançaram na luta para fazer a diferença, os valentes que não desistiram de seus propósitos e continuam apesar dos pesares, chegamos a uma nova estaca zero para a construção.  2023 será um ano para grandes mudanças pessoais e coletivas. Estamos aqui neste planeta e continente, nesta década, para isso: Mudar e mudar a Democracia para um patamar em que consigamos usufruir da horizontalidade e da convivência com todas as diferenças. Um exercício de tolerância, em que todos nós, uns mais outro menos, teremos o que aprender. Um ensaio para trabalhar as desigualdades na justa medida. Colheremos no futuro o que estamos plantando agora e a responsabilidade de cada um e daqueles e daquelas que ocupem cargos e postos que decidirão sobre a coletividade será crucial. Estejamos atentos e de mãos dadas para os novos propósitos da terra e de cada um e uma. Viva para todos  aqueles e aquelas que não desistiram e atuaram com positividade. Verônica Maria Mapurunga de Miranda. 28.11.2022.

 
 
 

OS INTIMOS FEMININOS DA VIDA: FLORESCER E CONFABULAR

É parte de minha trajetória, os íntimos femininos da vida, florescer e confabular, encontrados pelo caminho de "aventureira da alma". Aquilo que diz: Abre-te Coração! Jamais aprenderia na escola ou universidade, aquilo que se tornou experiência e expressão simbólica da VIDA.  Quando vejo alguém falar disso eu estranho, pois para mim é uma experiência particular, inspirada e sentida e nunca aprendida, muito menos catequizada. Alguém poderia dizer: É uma experiência universal, pode ocorrer com todos. E eu digo: Mas com cada pessoa é diferente, se for realizada de fato. Para mim florescer e confabular são experiências femininas e vão exigindo um despojamento permanente e disponibilidade para que aconteça. Sem isso não há inspiração, sem isso não há sincronicidades, sem isso não há a novidade esperada, mesmo que seja sobre algo aparentemente velho. Florescer e confabular não permitem cópia. É sempre novo, mesmo que outras pessoas, assim como tudo o que existe, também possam me inspirar. Algumas das expressões minhas desses íntimos femininos:

CONFABULANDO - 2017 

TERRA, SEMENTE E FLOR -2017

DE CARA LAVADA -2017

MADRE AMIGA-2018

PEQUENAS POESIAS DIÁRIAS DO CORAÇÃO -2015-2019
 
 

TEMPO DA INOCÊNCIA. EU E TEREZA, MINHA IRMÃ, PRONTAS PARA O RITUAL DE OFERTAS A MARIA NO MÊS DE MAIO. AS FLORES ERAM "NÃO ME DEIXES" OU "SORRISOS DE MARIA", AS GRINALDAS CONFECCIONADAS POR MADRINHA JÚLIA MIRANDA E SUAS IRMÃS, NOSSAS PRIMAS. O BRANCO SIGNIFICAVA A PUREZA. NEM INTUÍAMOS QUE OS CAMINHOS DA SOCIEDADE E CULTURA PODERIAM TRAZER TODOS OS DESENGANOS QUE OS ADULTOS  ENCERRAM  E QUE DIFICULTAM RECUPERAR NOVAMENTE ESSA INOCÊNCIA. MUITAS VEZES OS PROPÓSITOS DE TODA UMA VIDA E PARA UMA ENCARNAÇÃO SÃO ESQUECIDOS. ESPAÇO-TEMPO PERDIDO NA EVOLUÇÃO.  DE FATO, A MAIOR RESPONSABILIDADE É COM NOSSO PROPÓSITO. DEPOIS DE CAMINHARMOS COM MUITAS OUTRAS CRIANÇAS EM TORNO DAS PRINCIPAIS PRAÇAS DA CIDADE, ADENTRÁVAMOS A IGREJA DE NOSSA SENHORA DA ASSUNÇÃO CANTANDO: "TIRAMOS A FLOR DO GALHO, PARA OFERTAR A MARIA. VAMOS DEPÔ-LAS NO ALTAR AINDA BANHADAS DE ORVALHO." QUE AS FLORES OFERTADAS NÃO TENHAM SIDO EM VÃO, PARA QUE A INOCÊNCIA E A PUREZA DE CORAÇÃO POSSAM ESTAR SEMPRE DISPONÍVEIS. VERONICA-

"NÃO ME DEIXES" FOI UMA FLOR QUERIDA DA INFÂNCIA (A DIFERENÇA ENTRE ELA E SORRISOS DE MARIA ERA QUE A "SORRISOS DE MARIA" ERA TOTALMENTE BRANCA E A "NÃO ME DEIXES" TINHA UM TOM DE LILÁS MUITO CLARO E TRANSPARENTE) QUE SEMPRE ME ACOMPANHOU. NO FINAL DOS ANOS 70, DO SÉCULO PASSADO, ENTRE OUTROS ESCRITOS ESCREVI TAMBÉM ESTA POESIA:

        NÃO ME DEIXES

 

 Não  me deixes flor

Não me deixem pássaros

Não me deixes amor

 

Não me deixes orvalho

Que a madrugada transpirou

Não me deixes carvalho

 

Não me deixes canção

Me ensina a liberdade

Não me deixes coração.

 

Não me deixes margarida

Me ensina a viver

Não me deixes vida.

Verônica Maria Mapurunga de Miranda -12.03.1979 

 

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DECEPCIONAR JAMAIS...APRENDEMOS MUITO NESSES ANOS...

Tem um poeta francês, que não lembro o nome, que diz: "Ainda vou ter muitos amigos para me decepcionar". Acontece muito e eu diria nesse período quente de política: Ainda vou ter muitos políticos conhecidos (não digo amigo porque político, de fato, não tem amigo) para me decepcionar. kkkk....Até parece que faz parte da experiência. Algumas são traumáticas. Mas, infelizmente, temos que conviver com isso. Dizem também que a questão da decepção é por que não conhecemos verdadeiramente as pessoas e estamos sempre criando expectativas em relação a elas.

Mas, para conhecer verdadeiramente políticos é realmente difícil. São muitas máscaras, além daquelas que as pessoas têm normalmente e muitas vezes tentamos buscar o sentido daquilo que eles propõem, mas percebemos também que muitas vezes propostas são uma tabla de falsas promessas, além do narcisismo e personalismo, que em geral consomem as pessoas que lidam permanentemente com o poder político ou a busca deles. Sem enfeite, podemos verificar que são atividades eminentemente egóicas, sem alma e muito calculistas. Temos que lembrar aos políticos permanentemente que esse poder é efêmero e que o poder da representação de fato não é deles, mas de quem vota neles e os elege. Quando será que realmente essa idéia de poder vai vigorar?

Das grandes dificuldades existentes uma delas é o poder político mais horizontal, capaz de estabelecer o diálogo correto com as pessoas e de sair dos velhos hábitos. Alguns ambientes políticos adoecem as mulheres que têm muitas quotas nos partidos, mas não as ocupam. Muitas adoecem nesse ambiente, que não tolera sensibilidade e é assaz competitivo. Nesses ambientes, as pessoas valem quanto pesam em poder político ou em dinheiro, ou no tamanho do curral eleitoral, que infelizmente ainda existe de outras formas. E sabemos que existem muitos políticos e políticas que são a favor dessa horizontalidade, mas de fato a prática disso é difícil. E assim muitos são como o padre Gatica, que predica, mas não pratica.

Não devemos esperar muito de políticos, assim não nos decepcionaremos tão amiúde. Como eu sei que ainda vou ter muito político para me decepcionar, começo por imaginar que tudo isso é um palco de ilusão e dá até para cantar como nas Luzes da Ribalta: Para que lembrar o que passou, lamentar perdidas ilusões...

E para terminar e coroar digo: O verdadeiro poder nós o temos e quando for possível estabelecer uma conexão sadia com os outros, através desses poderes e não através das máscaras que permeiam todo esse jogo político estaremos livres e bem. Por enquanto vamos nos decepcionar! Um brinde à decepção. Rss...

Veronica Maria Mapurunga de Miranda - -06.10.2022

LEMBRETE: Não esqueçamos, contudo, que é a possibilidade de exercer a cidadania de forma consciente e permanente que não nos faz sair do movimento de mudança. Às vezes, é necessário apostar e escolher aquilo ou aqueles capazes de permitir essa cidadania. Somente com ela iremos adiante. Digamos NÃO para regimes autoritários, ditadores e que não permitem a expressão dessa cidadania. Todos temos o poder de mudar essa situação enquanto acompanhamos as mudanças que já chegaram. Só podemos ir adiante com mudanças e elas só se fazem com DEMOCRACIA. Temos que nos democratizar por dentro e por fora. Vamos começar com LULA LÁ 13.
 

SOMOS TODOS CAMINHANTES

IRIS CAMINHANTE diretamente de minha varanda.(Atente para o coração no centro da flor)

A Iris Caminhante floresce em um dia e morre no mesmo dia. É linda em seu florescimento e ao morrer ela pende o galho para renascer no solo em outra planta. Nossa vida é mais longa, mas temos a possibilidade de florescer e renascer todos os dias. A Iris Caminhante nos recorda que todos temos um caminho e que sempre existe a possibilidade de renascer para continuar a caminhada. O que, às vezes, o criador ou a vida quer é que despertemos para essas possibilidades, fé e confiança na vida.

Quando algo que parece morte ou grande dificuldade ocorre em nossa vida temos sempre que pensar em que mensagem que isso está trazendo para nossa vida. Não só pensar na dificuldade que significa aquilo, mas na mensagem que aquilo traz para nós, o que nós ainda precisamos aprender com aquela situação. E como nós podemos ver as possibilidades que existem no mundo, em tudo e na vida para superar essas coisas que vão ocorrendo no dia-a-dia, que vão acontecendo no nosso caminho. Somos tão caminhantes quanto a Iris Caminhante só que ela tem uma vida bem mais curta e nós temos uma vida mais longa. Mas quando passa o dia ela tem um esplendor maravilhoso, ela é linda. E nós temos que passar a vida construindo essa beleza, procurando a verdade, procurando o amor para nós nos constituirmos numa Iris Caminhante, em todo esse esplendor, em toda essa beleza, em toda essa energia que ela tem. E aqui e ali plantando algo da nossa vida.

Os orientais, indianos dizem que toda pessoa tem um Dharma. O Caminho é o Dharma. Logo que ela nasce ela tem um caminho a fazer mesmo que não perceba, que é o caminho de sua própria evolução, de sua própria transformação. E cada obstáculo desse que aparece no meio do caminho é uma forma de superar e de crescer, mesmo que a gente vise sempre somente o corpo físico, o que ocorre com o corpo físico é um reflexo do que está acontecendo em nossa alma, no nosso espírito, na nossa mente. E isso significa que algo não vai bem. E isso acontece com todos nós humanos, nós estamos sempre adoecendo, nós estamos sempre tendo uma quantidade de problemas e tudo isso significa desarmonia com todos os nossos corpos que nós temos. Mas nós estamos caminhando para superar essas coisas. E toda vida que nós tomamos consciência de que essa desarmonia  existe, em uma pequena coisa, quando eu sinto uma dor no pé, quando eu sinto uma dor de cabeça, ali já tem uma desarmonia. Elas podem ser maiores e menores. E é nessas situações que a gente aprende o que é a desarmonia e que a gente precisa se trabalhar, aproveitar essa ocasião não só para pensar que ela é uma coisa ruim, mas que ela está indicando algo que nós precisamos mudar em nós mesmos. E a fé e a confiança no universo, em Deus, em tudo o que for possível, para que se abra as possibilidades de cura.

Olhando bem a Iris Caminhante tem um coraçãozinho no centro dela. É lindo! Indicando que é esse coração que é o gerador de vida, que é o gerador de esplendor, que vem dessa conexão com a natureza e o espírito, com a vida. A gente pode olhar para o nosso coração e ver nosso coração como um doador de vida. Não só porque ele para e bate, mas porque ele está em conexão com a vida.

Fiz essa mensagem para uma prima que está em recuperação de uma enfermidade e sempre lembrando que a palavra chave é harmonia, se queremos nos curar. Recordei que todos estamos no mesmo barco e é necessário reflexão e assim coloquei o texto aqui para todos. Além disso, e como muitos já o disseram vivemos um período cármico, de purificação de Karmas passados e da oportunidade de adquirir responsabilidade sobre a vida e o que fazemos a nós e aos outros. A lei de Causa e Efeito está bastante vigente e frases como "tudo o que plantamos, colhemos" e "quem com ferro fere, com ferro será ferido" nos diz que podemos atuar sobre aquilo que somos e fazemos, mas não temos controle  sobre os efeitos.

Verônica Maria Mapurunga de Miranda- 07.09.2022

 
 

FRANCISCO FÉ

FRANCISCO FÉ- Escultura de Reciclagem- Toalhas recicladas, cimento, epóxi e pintura sobre garrafa pet por Veronica Maria Mapurunga de Miranda -outubro de 2021.Oferenda a uma prima.(Francy)

COM FÉ E COMPAIXÃO NÃO COSTUMA FALHAR

Entramos em uma fase muito difícil desta década, mas que nos impele à Harmonia. De fato, vivemos com muitos deficits em relação a esse tema, refletidos na falta de integração interna e desconhecimento do que nós somos, das nossas relações com a natureza e com os demais. A falta de transparência muitas vezes não deixa ver aquilo que necessitamos para viver harmonicamente. Muitas vezes nossa cabeça vai para um lado e o corpo vai para outro. Há quem diga que o corpo fala e mostra através de sintomas e às vezes de símbolos, essa desarmonia. Ao nosso redor e no próprio planeta uma quantidade de atos irracionais e desordenados, afetando a vida de todos, mostrando o quanto essas relações conosco, com a natureza e com os demais é ruim. Há quem diga que o que ocorre no mundo atual é nosso próprio espelho e o que ocorre no corpo também. Muito disso é resultado de nossa própria ignorância. Do fato de vivermos uma vida fragmentada, uma cultura especializada e de não conseguirmos mesmo saber o que nosso corpo reclama de nós, porque nossa relação com ele e todas as nossas partes é fragmentada. Outro dia vi uma reportagem de uma mãe que trabalhava muito no escritório, em um ritmo frenético e o filho começou a adoecer. Depois de muitas idas á médicos e psicólogos descobriram que o ritmo de trabalho dela estava adoecendo o filho. Neste caso ganhar mais para dar uma vida melhor ao filho resultava em seu contrário. Nossa visão desse todo é curta, perdemos um eixo fundamental que nos centraliza e ao mesmo tempo nos põe em movimento, nos faz fluir como energias que somos para ter uma vida mais integral e uma saúde melhor. Tudo que fazemos ao planeta, à atmosfera, ao ambiente, ao nosso redor nos adoece e adoece uma quantidade de gente. E não estou falando somente de bactérias e vírus, mas de energias negativas, que não fluem, de psicopatologias criadas por um tipo de vida egoísta, sem amor, narcisista, em um sistema que valoriza o consumo, as compulsões e o poder de forma descompensada. E o que fazemos nesse sentido não afeta somente a nós, mas a muitas outras pessoas. Muitas vezes pelas contradições, fragmentações, falta de autoconhecimento levamos uma carga grande de nós, amarrações e interrupções da vida que só quer fluir. O resultado disso tudo, que pede que paremos, estamos vendo na quantidade de óbitos, pelos mais variados motivos. São muitas perdas, muitas doenças e muito desespero. Vejo diariamente em minha rua passarem cortejos funerários em direção ao cemitério, com pessoas conhecidas, amigas, parentes, partes da história da cidade, partes da comunidade e é como se estivesse ocorrendo um esvaziamento. E isso muitas vezes nos retira o chão.

Todos precisamos de um novo eixo consonante com um novo ritmo, com uma nova força, com um novo movimento. Aqui e ali vemos as pontas de lança dessa nova realidade. Alguém passou por minha varanda e da grade disse: Que maravilha você tem muitas plantinhas e cuida delas. É outra energia. Nós também temos projetos em nossa cidade de transformar quintais e jardins e voltar as cidades a produzirem alimentos, florescer e verdejar. E temos projeto de educação para criança neste sentido. Mais adiante você vê um anúncio de alguém que fez um livro para crianças falando do corpo como um arco-íris, que são os próprios chacras que todos possuímos e que é o nosso corpo energético. As crianças desde cedo aprendendo a lidar e a se harmonizar com suas energias. E vemos que há muitas pessoas espalhadas nesse mundão de Deus acreditando e fazendo coisas importantes para mudar. E nisso temos que nos centrar: O que precisamos mudar? Como posso contribuir a partir de mim mesmo? Com meus pequenos projetos em que o mundo cabe dentro.

Reencontrar esse eixo nos pede parada, nos pede autoconhecimento, nos pede paciência, compaixão com os outros e conosco. Também nos pede Fé. Para acreditar que existem possibilidades de irmos além de tudo isso, que podemos nos curar e perceber que há muita desarmonia em nós e no mundo, que é o reflexo da vida que conseguimos criar. Vamos ter compaixão, que é a possibilidade de nos colocar no lugar do outro, de nos reconhecer construtores de uma nova vida e não predadores consoantes com a destruição. E Fé  para saber que nunca estivemos sós, para saber que nunca houve nenhuma certeza de nada (todo momento e movimento próximo é incerto), mas apesar disso todos vivemos, que a vida tem muitas facetas e dimensões que não conhecemos e que nada significa o fim verdadeiro.

De qualquer forma temos um compromisso com a vida. Como diria Mafalda (Que o Quino me escute), todos fomos diplomados juntos nessa matéria quando nascemos e o maior compromisso agora é apostar na busca dessa harmonia conosco mesmos e com a realidade imaginada e circundante.

Falava para uma pessoa doente, que luta por uma cura: Que a civilização que nós criamos é uma civilização muito zoadenta, muito barulhenta, o barulho da própria mente que não descansa, vive-se com o pé no acelerador e os olhos atentos para não deixar ninguém ficar parado. Se alguém parar para refletir, porque necessita de recolhimento, já, já, é alcunhado de vagabundo ou vagabunda, porque o lema da sociedade em que vivemos é : tempo é dinheiro. E chegou o momento de questionarmos o próprio tempo e o espaço-tempo que aprisiona as pessoas nessa correria, no stress e falta de harmonia para "ter" cada vez mais, em vez de pensar naquilo que é suficiente para ter uma vida mais harmônica e integrada. Adoecemos por causa desse ritmo, que não é o ritmo da terra, da nossa própria natureza, mas um ritmo inventado para dominá-la, para deixar de ser humano. Crescer de forma integrada consigo, com os outros e a natureza seria nosso "diploma de nascimento" e ai cometemos os maiores pecados ou impedimentos. A vida chegou a um ponto zero coletivo e disse: Vamos recomeçar? Nossos corpos estão dizendo: Estão loucos. Prestem atenção, não nascemos para isso. Nós também temos a cura, mas é necessário que nos escutem, nós temos o que dizer e se vocês se harmonizarem vão escutar. Francisco de Assis quando descobriu a divindade em si percebeu que sempre tinha tratado seu corpo como um burro de carga, a quem não lhe foi dado o direito de reclamar, nem de seguir a direção apropriada, sob um mando e um jugo de chicotes. Assim fazemos com as partes que não integramos e é necessário um eixo mais harmônico para conseguirmos sair disso. É necessário FÉ para dar saltos, para superar abismos, para entrar de cara no mundo das incertezas (De fato, nunca tivemos nada certo), para estarmos em um eixo que é somente  movimento. Estamos sendo convidados. Quem se atreve?

FÉ e COMPAIXÃO para todos.

Verônica Maria Mapurunga de Miranda- 02.08.2022
 

FRANCISCO COMPAIXÃO

FRANCISCO COMPAIXÃO- Escultura de Reciclagem - Toalhas recicladas, cimento, epóxi e pintura sobre garrafa pet por Veronica Maria Mapurunga de Miranda -Ano de 2021.Oferenda a uma familia de primos.(Clovinho e Mariza).

 

 

REFLEXÕES SOBRE O MITOLOGEMA DE JOSÉ DA BÍBLIA(JOSÉ DO EGITO)
 

Cada pessoa é única, quando descobrimos a nossa verdade. E aí quando tentamos excluir alguém de um sistema, aquilo que a pessoa é e representa no sistema vai fazer falta. Mesmo não sendo reconhecida enquanto viva, porque existem famílias com disfunções no sistema e às vezes a pressão do sistema disfuncional é grande e a pessoa se mata, somente quando morre é que as pessoas da família doente vão conseguir apreciar suas qualidades e a importância dela no sistema familiar. Mas depois de tudo, lamentando não ter aproveitado bem tudo o que a pessoa tinha para oferecer e enriquecer a família. A pessoa que é excluída de um sistema por uma constelação da sombra, é alguém que porta algo que a família necessita para sair de sua disfuncionalidade. A resistência em aceitar o membro que a família luta para excluir, mostra exatamente que a sombra da família, com os complexos do sistema, está ativada. E as pessoas tornam-se cruéis, perversas e persecutórias com aquele membro familiar. Não lhe dão a palavra, não dialogam, caluniam, impõem os veredictos familiares sombrios e passam como um trator sobre seus direitos.

Revendo a história de José na Bíblia, sua túnica, que era o motivo aparente da disputa familiar, não serviu em nenhum dos irmãos depois que o excluíram, simulando sua morte. Porque cada um com seu propósito. E aquilo que José veio fazer não podia ser feito por outros. A túnica significava isso. De fato, foi José quem depois salvou a família. Estamos todos aqui com um propósito e se em vez de ficar disputando poderes e lugares cada um olhasse para si mesmo, profundamente, e encontrasse seu verdadeiro propósito aqui na terra, não necessitaria excluir, querer tomar aquilo que é do outro e seus direitos, encher o coração de ódio contra ninguém, nem fazer crueldades e perversidades, falsidades e traições. Todas essas ocorrências mostram como a família que o faz está atolada nas sombras.

Por outro lado, vemos também na história de José que depois do ocorrido, de simularem sua morte para o pai e o venderem como escravo, as famílias do grupo começaram a se destruir. E isso sabemos é a lei do retorno e essa lei dentro de um sistema ainda é mais forte. Não é possível destruir a vida e propósito de alguém e continuar ileso. Procure ver aquilo que é mais precioso para si, porque poderá perdê-lo."Tudo o que você faz um dia volta pra você." Lei espiritual de Causa e Efeito vigente no Planeta Terra. As pessoas lêem a Bíblia, se dizem religiosas, mas não conseguem aprender as mensagens e lições.

Depois, quando conseguem realmente matar a pessoa que querem excluir da família, dos seus direitos, etc, (a sombra constelada inconscientemente faz isso: leva a destruição do membro do sistema que querem excluir) fica a culpa no sistema, reverberando na vida de todos. E é difícil curar essa culpa, esse remorso. Somente o amor verdadeiro é capaz de realizar essa cura do sistema familiar. Somente o reconhecimento legítimo do lugar do outro no sistema, que é considerado o outro por portar um conhecimento e/ou algo que é novo e a família resiste é possível sair da sombra constelada (Veronica Maria Mapurunga de Miranda). 11.08.2021

P.S. Apesar disso e independente disso estamos aqui para florescer e nos ajudar todos a realizar nossos propósitos.

 Esta reflexão estava no meu facebook pessoal (Veronica Mapurunga de Miranda), mas foi retirada por alguém, que costuma roubar artigos dos outros (que a polícia seja informada), motivo pelo qual recoloco-o aqui. É uma reflexão importante para mim e parte das minhas atividades. Aproveito para colocar os comentários que fiz a um amigo do face que questionou se isso era sobre minha biografia e que o texto era estranho. (Parece que o ladrão ou ladrona do texto não o achou estranho). Veja comentários abaixo.

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COMENTÁRIOS DO TEXTO OU A DIFERENÇA ENTRE URUBU E CONDOR

 Respondendo às perguntas, o texto não é diretamente sobre minha pessoa (É muito raro eu escrever sobre a minha pessoa). Porque esses mitologemas de José e outros, que aparecem na Bíblia, em contos de fadas e mitos eles giram sobre um tipo de família que todos temos (neste caso eu e você podemos estar incluídos), com mais ou menos acentuações da questão. Famílias que vieram de uma colonização e tantas misturas, e que em muitos lugares são clãs, como as famílias brasileiras e latino-americanas, de origens desencontradas, como em Cem Anos de Solidão, em uma época de mudanças drásticas e profundas, começam a mostrar a disfuncionalidade.

Milton Santos dizia que para as famílias descendentes da colonização no Brasil, aquelas que se consideravam brancas (que na verdade são mestiças) seria muito mais difícil trabalhar as questões da integração. Quando falo da integração, falo da integração interna, que aparece na atualidade como uma necessidade. Muita gente entrando em crise sem nem saber por quê. Muita gente com ódio do outro, ódio projetado, sem nem saber por quê. Esses sentimentos e atuações estranhas ( E só por isso é um tema estranho, porque ele está na ordem do dia), que de repente começa a desestruturar famílias é o mesmo movimento que está desestruturando o Estado em um nível macro. (Poderíamos incluir também os impérios, como os das comunicações).

As relações precisam mudar e as pessoas fixadas nos nós enrustidos são tomadas pelos complexos culturais, familiares. As sombras são consteladas e as pessoas atuam de forma completamente irracional. Porque os mestiços, que somos praticamente todos os brasileiros (outro dia tinha uma atriz negra com muita raiva porque tinha feito o exame de DNA para saber suas origens e tinha um branco no meio da história) portam em si uma diversidade que necessita integrar e isso significa aceitar suas raízes, conviver com todas elas, especialmente com aquelas que não gosta, porque aquelas que não se gosta tornam-se demônios internos e são projetados no outro que está mais perto e em princípio está vulnerável, ou não tem como se defender. Estou falando de algo que é coletivo.

Então os que não são mestiços é uma minoria. Mas de qualquer forma assumir tudo o que se é gera ódio, principalmente para aquelas pessoas que não se autoconhecem, que não saíram de sua unilateralidade e não sabem compreender o que ocorre consigo. As famílias religiosas cristãs repetem muito esses mitologemas. No caso de José era uma túnica que simbolizava muita coisa, era o pomo da discórdia. Em cada família existe o próprio símbolo, mas interessante observar que a pessoa de José trazia aquilo que era novo e que o sistema familiar (ou parte dele) resistia. Aí se constelou a sombra do sistema e de forma irracional fizeram coisas absurdas com o José. É um mitologema muito interessante. Eu lembrei porque estive vendo umas lives de constelação de arquétipos e complexos em Jung, e tinha um post de uma amiga do face sobre a questão. Juntou as duas coisas e gerou esse comentário. Acho um tema muito oportuno, na conjuntura que vivemos e esse mitologema ajuda bastante a refletir. Para mim esses temas não são estranhos. Eu lido bastante com essa questão simbólica e temos que aprender a simbolizar para desatar os nós. É época de desatar os nós, senão gerarão muitos conflitos e ódios. E precisamos de amor e de fluir para irmos adiante. Espero que sua curiosidade esteja satisfeita. Convido você e a quem mais quiser a adentrar nesses temas que parecem estranhos, mas vão se tornar conhecidos. Quem viver verá. kkk...

Completando, por último mas não de menor importância,  eu nunca falo sobre a vida pessoal de ninguém nos meus textos. São sempre situações genéricas, mas partes da cultura. É um trabalho que visa trabalhar e transcender as sombras. E essa é a diferença entre um condor e um urubu. Algumas pessoas se comportam como urubus, que querem á todo custo buscar carniça, revolver e estripar a vida dos outros e estragar o tecido social e da cultura. Pessoas que gostam de esgotos. O condor trabalha para limpar os ambientes, mas voa alto transcendendo as minúcias. Seu trabalho não é espalhar a sujeira e a carniça (como fazem pessoas que roubam o trabalho dos outros, denigrem as pessoas e espalham fake news), muito pelo contrário. O condor voa alto e enxerga as sombras de forma diferente e diz: Somos todos iguais, somos todos irmãos. Como disse no comentário:....E quando procuramos reconhecer essas questões e problemas da cultura, que são sérios e nos afetam a todos é uma abordagem diferente daquela abordagem que busca a carniça e os problemas da biografia de cada um. Ás vezes alguém tenta tirar proveito disso. E assim caminha a humanidade. Temos somente que escolher a abordagem adequada para ajudar a construir um mundo melhor, em vez de se tornar predador das pessoas. O reconhecimento das sombras e sua atuação no tecido social e da cultura é importante, para que possamos ir adiante. Alguns vêem a sombra e preferem se portar como urubu e outros como um condor.

                Veronica Maria Mapurunga de Miranda  -11.08.2021

(Esperando que os esgotos sejam tratados)
 

PARA LEMBRAR QUE TUDO PASSA, SOMENTE OS DIAMANTES FICAM. ELES SÃO ETERNOS.

Li em um post no mural de um amigo do facebook, que ontem foi o aniversário de Karl Marx. Se hoje ele estivesse por aqui estaria entre perplexo e satisfeito, porque o que ele previu está começando a acontecer: A queda do sistema. Mas por outro lado, o resultado disso não é nada para comemorar. Como diz uma amiga do peito da Caatinga: Quem viver verá.

E diferentemente do que ele colocou, a revolução russa, assim como a chinesa foram revoluções mais camponesas do que operárias. Mas o importante é que aconteceram, né? rsss..... A grande obra dele foi O CAPITAL e continua sendo, quando você começa realmente a ler. Muita gente só leu o manifesto comunista e a grande obra dele é o CAPITAL.

Depois que você começa a ler parece que você está lendo um romance, com uma linguagem simples, cheia de exemplos e de realidade. Muita gente não teve nem coragem de começar. rss....Como diria James Hillman ele viveu para esse Daimon. Perdeu tudo o que tinha. Até os talheres de prata da família da mulher dele, ele vendeu para poder fazer a obra. Ninguém queria saber de nada da sua filosofia, somente chacoalhar, perseguir, denegrir.

 Se não fosse seu amigo Engels, que lhe arranjava umas pratas não teria feito seu trabalho. E assim ocorre com todas as pessoas que trazem o novo para a sociedade. São perseguidas, denegridas, maltratadas, enquanto estão fazendo o seu trabalho, que servirá a todos. Ficou na história e seu trabalho serve até hoje. Cumpriu sua missão. (E enquanto estava terminando este post (no facebook), o deletaram. Alguém me perseguindo na internet).

Se Marx estivesse agora fazendo o capital, com certeza estaria sendo perseguido e teria algo mais para colocar nos seus tomos de O Capital: A corrupção capitalista das redes de internet. Marx continuou na História até hoje, servindo para todos que querem entender como o sistema capitalista se virtualizou e como sempre significou algo mágico. Discordando do que alguém disse que capitalismo era materialista, Marx disse desde o início que a mercadoria era algo mágico, ilusionista e por isso o sistema enganava a todos. Pelo visto continua enganando.

Hoje enquanto o dinheiro sem lastro é digitalizado, enquanto dormimos, e enganando a todos, inclusive os mais ricos, que têm um dinheiro que não existe, continuamos enganados. Mas o sistema ilusório está se encontrando com as outras ilusões que cairão por terra. Existe por aí alguém dizendo que o céu vai cair? Marx não passou, continua passando, atravessando a História. E assim é. Como diz o Mario Quintana... Eles passarão, eu passarinho.
 

Veronica Maria Mapurunga de Miranda - 06.05.2022
 

P.S -Sobre a ilusão da mercadoria em Marx, em fevereiro de 2009 escrevi um artigo aqui neste site, que coloca essa  discussão em Marx:

"(...) O sistema capitalista, além desse movimento peculiar de concentração de riquezas, nas mãos de uma ou poucas classes sociais, também aliena o ser humano, da sua totalidade, da natureza, da sua condição humana. Tendo como objetivo e categoria central o lucro, corrompe os valores e transforma tudo em mercadoria. É pois, um sistema corrupto e corruptor em sua essência e a mercadoria uma fantasmagoria, que pelo nível de abstração na sua realização, Marx quando a estudava foi chamado pelos filósofos da época de metafísico. Ao que ele respondeu, que metafísico não era ele, mas a própria mercadoria.

De fato, no livro primeiro de O Capital, no capítulo I que analisa a mercadoria, ele coloca essas sutilezas no item chamado "O caráter fetichista da mercadoria e seu segredo": "À primeira vista, a mercadoria parece uma coisa trivial, evidente. Analisando-a, vê-se que ela é uma coisa muito complicada, cheia de sutileza metafísica e manhas teológicas. Como valor de uso, não há nada misterioso nela, quer eu a observe sob o ponto de vista de que satisfaz necessidades humanas pelas suas propriedades, ou que ela somente recebe essas propriedades como produto do trabalho humano. É evidente que o homem por meio de sua atividade modifica as formas das matérias naturais de um modo que lhe é útil. A forma da madeira, por exemplo, é modificada quando dela se faz uma mesa. Não obstante a mesa continua sendo madeira, uma coisa ordinária física. Mas logo que ela aparece como mercadoria, ela se transforma numa coisa fisicamente metafísica. Além de se pôr com os pés no chão, ela se põe sobre a cabeça perante todas as mercadorias e desenvolve de sua cabeça de madeira cismas muito mais estranhas do que se ela começasse a dançar por sua própria iniciativa."* Marx nos parágrafos subseqüentes continua falando sobre o "caráter místico da mercadoria", seu "caráter enigmático", o "misterioso" de sua forma e seu "cárater fetichista". (Do artigo: Da crise mundial, de Barack Obama, do Fórum Social Mundial e de nossos destinos: seremos filhos do pântano ou do pantanal?

 
 

DA VERDADE, JUSTIÇA E ESPERANÇA

Elas são necessárias para continuarmos...Com Francisco Justiça e Francisco Esperança.2021

Fotos by me - Janeiro de 2022

 

Francisco Esperança- Arte de reciclagem- biscuit sobre detergente de pia. por Verônica Maria Mapurunga de Miranda - 2021

Francisco Justiça. Arte de reciclagem-Toalha com cimento sobre garrafa pet.por Verônica Maria Mapurunga de Miranda - 2021
 

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ORA PRO NOBIS (Dádiva da Natureza)

Esta plantinha que tenho em minha varanda e que tem um nome peculiar, é uma PANC. É parte da paisagem no Estado de Minas Gerais, faz cerca viva, decora jardins, porque também dá lindas flores e uns frutinhos. A maravilha é que ela também é comestível e além de estar em muitos pratos diferentes, há um festival gastronômico anual em Minas Gerais que coloca essa planta em seu devido lugar - de homenagem por sua capacidade natural de nutrição. Tem mais proteína do que a carne, vitamina C, Cálcio, vitaminas do complexo B, ferro verde e outras propriedades minerais que a tornam uma planta capaz de restabelecer a homeostase do organismo. Os veganos a tem utilizado na alimentação (existem muitas receitas, tem um sabor neutro e pode ser usada assim como a couve ou o espinafre  na confecção de vários pratos ou comê-la na salada  ou somente as folhas.Tem sido utilizada para regularizar as taxas de açúcar no sangue, colesterol. triglicerídeos, inflamações do organismo, recuperação intestinal, além de ser analgésica para dores nos ossos, por exemplo. Já curou anemia perniciosa, que outros remédios alopáticos não conseguiram. Uma das pessoas curadas de anemia perniciosa envia mudas gratuitamente pela  internet, de agradecida que ficou pela planta.  Até para Portugal as mudinhas já foram. Ela é tão dadivosa que ao tê-la sentimos necessidade de dar mudas para as pessoas. Aqui e ali vou entregando mudinhas dela para quem dela necessita. Cada galho do qual você usa as folhas transformam-se em uma estaca para fazer muda e logo, logo, ela vai florescendo. É uma trepadeira e com espaço e luz adequada dá lindas flores. No jardim cumpre dupla função pois além de decorativa fornece alimento.

Seu nome "ora pro nobis" em latim vem da Igreja, porque segundo contam era uma planta que nascia como mato no quintal de uma Igreja e enquanto o padre rezava a missa e dizia "Ora Pro Nobis" as pessoas do lugar entravam para retirar, às escondidas, galhos de ora pro nobis para comer. E como muitos dizem: Muitas famílias que passavam necessidades por não conseguirem ter carne e outros alimentos para comer se sustentavam nutritivamente com a ora pro nobis, sem adoecerem. Daí esse lugar tão importante que ela tem na gastronomia de Minas Gerais. As mudas que consegui para plantar em minha casa foram doações de amigos e assim vamos continuando a corrente de doações de mudas. Há uma semana atrás levaram uma muda daqui e conversando com a pessoa que a transportou sobre  a importância da planta ele disse: Ter uma planta dessas no quintal de nossa casa é como ter uma RIQUEZA. E essa é a maravilha que causa essas plantas dadivosas: Nos faz mudar o foco. Quem disse que ser rico é ter somente dinheiro ou bens materiais?  Ela tem um lugar muito especial em nossas vidas e vai levando nutrição, saúde e energia boa. Se não acreditam vejam abaixo meu ensaio fotográfico com elas. Rss...Se você ainda não tem Ora pro Nobis em sua casa (também cresce em apartamento. Uma sobrinha me enviou uma foto de sua ora pro nobis bem crescida perto da janela de vidro, em um apartamento fechado) pode ter sem problema e continuar a corrente de doar mudas. Ah! Ela continua sendo estudada e até receitada por médicos como complemento alimentar . Na internet além de receitas gastronômicas é possível ver todas as suas qualidades para a saúde. Descobriram recentemente que a plantinha serve para depressão. É uma dádiva! A natureza ora pro nobis (ora por nós). Veronica Maria Mapurunga de Miranda .

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Eu e Ela (Fotos by me)

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VEJAM SÓ A ENERGIA QUE ELA ME DEU  NO ENSAIO FOTOGRÁFICO

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A BOLSA OU A VIDA...A REGRA OU O AMOR?

Fiz esse comentário em um post de um amigo em meu face pessoal sobre as regras sociais e culturais e como achei um tema interessante de debater, recoloco-o aqui também.

As regras são, de fato, o subproduto de um sistema, de uma cultura, civilização e apesar de ser dito que são feitas para viver melhor, elas são, de fato, o resultado de uma construção histórica e de um espaço-tempo. É o Krishnamurti quem diz, com muita propriedade, que não é sinal de sanidade se adaptar a uma sociedade doente. E por isso também, o Jung quando trata a questão da individuação ele fala de ajustar-se ou adaptar-se internamente, ou seja, ao seu próprio eixo e não à sociedade, como colocam algumas linhas de terapia.

Às vezes algumas linhas de terapia trabalham no sentido de ajustar a pessoa à sociedade e à cultura e isso por vezes serve para adoecer alguém que por exemplo é criativo e flui fora dessas regras, ou para querer que alguém que seja homossexual, por exemplo, deixe de sê-lo para se ajustar a regras morais e absurdas da sociedade. As religiões cometem muitos erros nesse sentido, porque costumam transformar aquilo que não é regra social em pecado (vide cristianismo).

Não vivemos melhor porque seguimos regras, mas porque somos capazes de saber aquilo que nos faz bem ou mal, a nós e aos outros. Somente nos autoconhecendo passamos também a entender o quanto as regras podem ser ou não perniciosas. Nós temos uma expressão nos meios holísticos que se chama "normose" que é a neurose da normalidade. Bem de acordo com o que diz krishnamurti. Quando um sistema, uma civilização, uma cultura estão sendo questionados e estão em crise significa que seguir suas regras pode ser perigoso. O ponto de equilíbrio se encontra internamente. E é somente quando temos condições de questionar a cultura, o sistema, que podemos servi-la de uma forma equilibrada, seja para sua transformação, seja para a manutenção de valores necessários.

Em geral, as culturas têm uma tendência a homogeneizar princípios, valores, regras sociais naquilo que chamamos de coletivo ou coletividade e quando passamos a nos autoconhecer essa homogeneização passa a ser questionada. São as camadas de cebola do ego e construções da cultura que começam a cair para dar lugar a uma personalidade mais autêntica e mais saudável. Na individuação junguiana isso se chama processo de diferenciação. Não existe individuação sem a diferenciação, aliás não existe transformação sem isso.

Ah! Concluindo me lembrei de outro detalhe, os psicopatas que aparentemente seguem as regras e as reclamam, eles têm um discurso com as pessoas que estão na sua mira, de que elas não seguem as regras sociais, dizem que são pessoas revoltadas (porque são pessoas com capacidade crítica) e há toda uma crítica às pessoas que já estão "fora das caixinhas". Os psicopatas são fixados em regras e muito reacionários. (reacionário não significa ser de direita ou esquerda, mas pessoas que não gostam que se mexa com o status quo, não gostam de mudanças.)

Além disso, os psicopatas tentam desequilibrar emocionalmente suas vítimas, de várias formas, para ter esse álibi, de que a pessoa tem algo patológico, de desequilíbrio emocional e não são tão frias e calculistas quanto eles. Na família disfuncional se faz muito isso. Sempre tem alguém que serve de bode expiatório e esse alguém é acusado de não seguir as regras. Em geral regras de uma família disfuncional e doente. Quem não se autoconhece acaba caindo nessa esparrela, assumindo uma culpa que não é sua e por conta das pressões da família doente torna-se drogado, com vícios, doente e alguns se suicidam. A família e sistemas sociais e culturais doentes são muito ciosos de suas regras, que o diga Foucault nos seus estudos sobre os hospitais, os manicômios, os asilos, os colégios e todas as suas regras e repressões, que configuram a microfísica do poder. E onde há poder e suas regras não há amor, assim dizia Jung e tantos outros. E por isso em muitos casos quebrar essas regras é uma questão de sanidade, principalmente se essas estruturas criadoras de regras na sociedade e cultura estão em reboliço e em crise. Fazer a crítica necessária e se diferenciar dessas estruturas e regras é uma questão de salvação dos indivíduos.

No lugar da ênfase às regras é mais saudável trabalhar o eixo pessoal, sua constituição, resgatar os cacos quebrados da alma por uma cultura e civilização que nos tornaram unilaterais, necessitados de regras e poder. E abrir o coração (o chacra cardíaco) para a conexão, a intuição, o sentimento, o vínculo, enfim, o amor natural que pode ser resgatado em todos os sistemas em que transitamos. Dele (do amor) ainda somos todos aprendizes, e há muito o que aprender, mas é o arquétipo capaz de nos resgatar das regras dessa sociedade e cultura narcísicas, para podermos ser mais inteiros e fluir na vida. Verônica Maria Mapurunga de Miranda 24/11/2021.
 
 

COLAPSANDO E COSMONASCENDO

Escrevi este comentário abaixo em um post de Edgar Morin, em que ele discursa pela passagem dos seus 100 anos, sobre a Era da Incerteza que estamos adentrando e a aventura destes tempos. Já havia escrito antes em um artigo sobre o que considerava essa Era, como a Era dos Sobressaltos, que de qualquer forma complementa  a idéia de incerteza. Saber que o sistema e a civilização ocidental moderna construída em 500 anos e o patriarcado há muito mais tempo estão fazendo água, estão colapsando traz sobressaltos e incertezas, mas importante é o quanto estamos ou não prontos para responder a essa situação. Vide post de Morin em link abaixo.
 

"De certa forma, sonhar, imaginar, significa criar um caminho para dentro. O caminho incerto e maior pode estar na capacidade que adquirimos de "fazer alma" e conceber outras possibilidades. E quando sonhamos profundo encontramos o sonho coletivo, que não é a mesma coisa que a ideologia, mas o desejo profundo de mudar, de encontrar-se, de conectar-se e de construir coisas novas. Um sonho do coração, de eixo, que nos religa é o sonho que considera a incerteza como a possibilidade de fazer coisas novas. Estamos nesse trânsito. Veronica Maria Mapurunga de Miranda. 11.07. 2021"

 

http://www.ihu.unisinos.br/78-noticias/610841-vivemos-a-grande-aventura-humana-diz-edgar-morin-em-homenagem-pelo-seu-centenario?fbclid=IwAR0MA4QFEKdoJj5oqKqwVufGrcVT6roRZ93bDijN1g4D2dGldJo7Wr0mgZo
 

COP26 E O GRITO QUE NÃO PODE CALAR.

(Comentário meu, feito em meu face pessoal sobre reportagem da UNISINOS)

Artigo: “O problema é o capitalismo”, mas os líderes evitam dizer isso. Entrevista com Leonardo Boff- Clique e veja:


 http://www.ihu.unisinos.br/78-noticias/614252-leonardo-boff-o-problema-e-o-capitalismo-mas-os-lideres-evitam-dizer-isso?fbclid=IwAR1yi5C7mbXzTdpBwIQbc3YUPS9FGgPax4znOPqSi4UXLoyN4GmFMOsbhkQ

"O grito da indígena brasileira Txai Suruí, filha de um dos dirigentes mais respeitados de seu país, Almir Suruí, ressoou logo na abertura da COP26: “Meu pai me ensinou que devemos ouvir as estrelas, a lua, os animais, as árvores. Hoje, o clima está mudando, os animais estão desaparecendo, os rios estão morrendo, nossas plantas não estão mais florescendo como antes. A Terra está nos dizendo que não temos mais tempo”. (Do artigo). 
 

 O grito de Txai Suruí (no artigo) é de alguém que tem uma visão cósmica, que sente a natureza da terra e sua integração com o cosmos. Por isso sabe e sente o que passa com o planeta, por isso o seu grito. Mas tem gente na COP26 que está dizendo que o "capitalismo é bom, que acredita no capitalismo. Que ele só deve deixar "essa financeirização." E aí salvamos o sistema.  E eu fico assim com vontade de beliscar todo mundo. ACORDA, meu povo!

  Ponto 1- Não se pode voltar o sistema atrás, convido as pessoas que acham isso, que estude um pouco sobre o sistema capitalista. Não existe volta. Ponto 2- O sistema está fazendo água e vai entrar em colapso. Sobre isso não podemos fazer nada, não podemos recuperar o sistema. (Sobre isso podemos estudar através da História a queda dos sistemas e das civilizações -vide queda do império romano, em que houve uma ruralização grande e um período chamado da Idade das Trevas ou Idade Média. Aí houve um grande colapso, para podermos entender um pouco o que isso significa). 

 O que podemos fazer é envidar esforços para criar novas formas de vida, de economia, de relações, de política, de cultura, de outra civilização, saindo da verticalidade para a horizontalidade. Essa queda inclui também a queda do patriarcado naquilo que se relaciona com o sistema econômico, mas também com relações de produção, de socialização, de pensamento mais horizontal e abrindo espaço para o que é feminino, para esse novo sol. Podemos ficar esperneando, procurando formas de salvar o sistema, ou podemos começar a construir outras relações e outras formas de vida, para nos salvar e estar em harmonia com o planeta, e suas novas energias, em harmonia com a natureza, que é a tônica da nova civilização que vamos adentrar.  As mudanças virão de forma menos drásticas e mais construtivas à medida em que consigamos mudar a perspectiva e encarar as muitas outras possibilidades. Temos que ser capazes de conceber e criar outros mundos, que suporte e dê suporte ao novo Ser Humano e suas novas relações com o planeta. Veronica Maria Mapurunga de Miranda 06.11.2021                                    

 

ONDE HOUVER ERRO QUE EU LEVE A VERDADE. ONDE HOUVER DESESPERO QUE EU LEVE A ESPERANÇA.

FRANCISCO ESPERANÇA - Arte de Reciclagem - Biscuit sobre embalagem de detergente de pia por Verônica Maria Mapurunga de Miranda - Outubro/2021

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“Daqui pra frente temos que enfrentar o caos gerado em nossas vidas, pela COVID e a situação difícil na vida de todos. De fato, não fomos avisados sobre isso, apesar de que sabíamos que vivíamos em uma conjuntura econômica e política difícil. A situação não está fácil para muitas pessoas. E todos os dias o que chega é aumento dos preços, contas pra pagar, desemprego e falta de piedade e compaixão com as pessoas que ficaram em situação vulnerável.

Infelizmente há quem diga de forma perversa: Eu avisei. Mas é bom saber que a frase vale para todo mundo, já que com o sistema desmontando e todas as incertezas não sabemos o que vai ser do amanhã. Eu posso ser você amanhã e vice-versa. A possibilidade de mudar de lugares é cada vez maior . Por isso que falamos de compaixão com os outros e não somente julgamento, exigências, cobranças ao dobro, aproveitando-se da vulnerabilidade das pessoas. A compaixão e a bondade estão sendo requeridas porque há muita necessidade delas. Podemos ter certeza: A compaixão será necessária para todos. Não faça hoje o que não quer receber de troco amanhã, porque todos vão necessitar.” Escrevi esse texto em meu face pessoal em 21 de julho de 2021 e recoloco aqui porque continua vigente e a situação das pessoas continua piorando.

Outro dia uma pessoa amiga me dizia que tinha a sensação de que o ano 2020 não tinha terminado. E de fato, não terminou. Neste ano de 2021 continuamos com as incertezas sobre o fim da pandemia, e o que é pior com a situação econômica do país e de todos agravada. Nós todos, os informais, artistas, pesquisadores autônomos sem convênios e sem esperança de retomar as atividades. Alguns sem poder sair de casa por questões de saúde e da pandemia. Mas, de qualquer forma, as contas chegam, e as financeiras, os bancos não perdoam nada e esquecem que quem está no Auxílio Emergencial não tem condições de pagar dívidas atrasadas. A situação dos artistas e trabalhadores informais é grave. Não dá para fazer eventos, aglomeração não é permitida e é um risco, as portas para pesquisa e outros equivalentes se fecharam. As pessoas não querem comprar peças de arte porque são consideradas suntuárias, considerando que os recursos que existem mal dão para a alimentação, com os preços altíssimos. Outro dia nem quiseram receber um presente (uma escultura que fiz) porque as pessoas só estavam recebendo qualquer coisa em casa, que pudessem passar água sanitária ou álcool. Mas as empresas que lidam com dinheiro e dívidas não querem saber: rolam as cabeças.

É necessário que sejam tomadas algumas decisões a respeito disso no sistema judiciário, porque os bancos e financeiras só querem executar as pessoas, porque sabem que todos estão em uma situação difícil e não há o que negociar. E isso é muito injusto com todos na situação de calamidade pública que estamos vivendo. Por isso também a reflexão acima. Alguns consensos no país são necessários para continuarmos sobrevivendo, senão a situação do país e das pessoas virará uma zorra total. Os serviços essenciais, como água e luz, começaram a brincar com os cidadãos e cidadãs.

Desde que iniciou a COVID-19 minha conta de água virou uma loucura e não tem explicação e os trâmites para saber realmente o que ocorre com a conta, não são seguidos de forma adequadas. E há um juro diário muito pior do que havia antes da COVID-19. Pensei que o meu caso era um caso isolado, mas não, soube de outras pessoas também, que a conta da água e esgoto explodiu de tão alta. Essas questões têm que ser melhor observadas pelos governos e justiça, senão a população não suportará tanta pressão junta. As pessoas já estão psicologicamente abatidas com as mortes, doenças, dificuldades de comunicação e contato com as pessoas, além das incertezas sobre tudo e todos que pairam no ar. Então, vamos devagar com o andor, que o santo é de barro.

Esperamos que as empresas do sistema não queiram somente ter lucro de qualquer forma, à custa da vida de muitas pessoas e diminuam a pressão diária das cobranças, que não fazem sentido durante essa fase. Melhor seria procurar formas de criar empregos e arranjar soluções adequadas para a situação dos artistas e trabalhadores informais, por exemplo. O que existe como auxílio emergencial é muito pouco. Não dá para viver, quanto mais para pagar dívidas atrasadas, e as pessoas estão entrando em desespero. Atualmente não podemos confiar nem mesmo em propostas que vêm através da rede, na internet, pois a perseguição a pessoas está muito grande na rede e não podemos ficar clicando em links, porque muitos de nós tiveram documentos roubados, além de muitos pessoas venais se passarem por empresas, bancos e outros. Estamos cansados de receber avisos de Bancos para não clicar em links, telefonemas vindos de prisões (porque descobrem seus números quando lhe roubam) de todo o país e pessoas que atendem e desligam, além das operadoras de telefone que transformam a vida dos clientes em um inferno. E por isso a situação se torna mais confusa e ficamos sem atender qualquer coisa. Precisamos de um pouco de paz para nos recuperar de tudo o que temos passado nessa crise pandêmica, que é também crise existencial para muitas pessoas.

Continuamos realizando atividades não pagas, porque necessitamos nos manter psicologicamente e íntegros e a vida nos solicita. Estamos ainda por aqui porque temos algo mais a aprender, realizar e ajudar nesse processo forte de transformação por que passa a humanidade. Mas é necessário que se entenda que se queremos continuar vivendo e sobrevivendo, medidas são necessárias para frear essa necessidade de empresas públicas e privadas lucrarem sobre a desgraça alheia e sobre a população já muito afetada pelas conseqüências da pandemia. E vejam que nessa situação existem também até familiares querendo tomar até aquilo que é a sobrevivência dos parentes e isso mostra o absurdo e desumanidade a que muitos chegaram dentro desse sistema que maltrata, que machuca. Muitas pessoas com consciência da situação continuam fazendo o seu trabalho, apesar de perseguições, apesar da falta de condições materiais e outras, como apoio, sabedores que são do que significa esta época. Algumas empresas financiavam até há pouco tempo projetos culturais para artistas e pessoas voltadas para a cultura, mas por outro lado se dispõem a rolar a cabeça dos artistas se forem seus credores em época "em que tudo que é sólido se desmancha no ar".  Por que não fazem projetos culturais que albergue os artistas e informais com dívidas, para que tenham condições de resolver suas pendências, sobreviver e contribuir mais com as mudanças necessárias à sociedade e cultura? Eu estou fazendo a minha parte, muitos também estão. Reconheçamos  isto e procuremos mudar o sentido das ações. Vamos dar esperança às pessoas para sairmos do desespero. Precisamos ultrapassar essa fase difícil.

Verônica Maria Mapurunga de Miranda 29.10. 2021
 
 
 
 

FRANCISCO COM SORRISO DE MARIA

Francisco com Sorriso de Maria - Arte de Reciclagem - Epóxi e cimento branco sobre garrafa de cerveja - Agosto/2021

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Já fiz várias esculturas floreiras para presentear. Mas nunca tinha visto nenhuma delas com flores. Dei este Francisco para uma sobrinha e ela me mandou tal foto que mostra um Francisco  portando as belas flores, que relembrou os jardins de minha infância, chamadas "Sorriso de Maria". Imediatamente me veio o significado maior disso: Francisco de Assis é talvez um dos poucos masculinos, mais propriamente um logos, que pode portar e suportar um Sorriso de Maria. Por sua abertura, horizontalidade, por ter uma consciência cósmica. Sua empatia, seu amor, irmandade e fraternidade universal, que pode ser admirado por qualquer religião, porque, de fato, está acima das religiões. E essa composição com as flores lembrou também que essa horizontalidade, esse amor pela natureza, amor pela comunidade da vida (Ele também é patrono dos animais), tem um significado importante em relação ao feminino. É talvez o único patrono cristão que pode aceitar toda espiritualidade feminina calcada na natureza. Desde as bruxas da Idade Média, perseguidas pela Igreja católica na Inquisição, o que deu uma feição muito ruim ao poder feminino, até as mulheres medicina dos povos originários e as mulheres curandeiras e mães de santo dos cultos afros. Um logos cristão (representação espiritual do masculino) capaz de aceitar todo o feminino que as mulheres podem ter. Com certeza ele aceitaria, abraçaria e amaria todas as bruxas, pela horizontalidade, pelo amor e pela comunhão com a natureza. É o par perfeito, na relação intercultural que nos habita, para a mulher curandeira, mulher medicina, para as mulheres da natureza e aquelas que em transformação colhem e são acolhidas pela natureza, todas elas. Até o Papa foi tocado por esse arquétipo, na aproximação com os povos originários, com as culturas ligadas à natureza e de maior horizontalidade. Francisco é esse arquétipo, o único que se for realmente seguido pode quebrar a verticalidade da Igreja, para as mudanças necessárias na cultura e no sistema. Verônica Maria Mapurunga de Miranda . 26.10. 2021
 

REFLEXÕES DIÁRIAS DO CORAÇÃO

  Na década de 70 do século que se foi, ainda adolescente, costumava ler a coluna do Millor Fernandes na revista Veja, que passaram dois momentos, um que era "Reflexões sem dor" e outro que era "Livre Pensar é só Pensar". Sempre acompanhados de algum cartum eram mensagens críticas sobre a política e a vida, um tanto filosóficas. Apesar da revista Veja ter ido se "endireitando" cada vez mais nos perguntávamos como o Millor conseguia permanecer aí, ou seja, como a revista permitia e como ele conseguia continuar nesse ambiente. Foi questionado por leitores de esquerda, mas ele disse que era um meio de comunicação como outro qualquer e onde ele ainda podia ter expressão. E como era muito lido a Veja permanecia com ele. Assim o tivemos por bastante tempo. Gostava de suas reflexões que tiravam os zumbis de seus parâmetros. Para mim era uma função pensamento organizada, fazendo coisas incríveis com ela. E eu nem entendia desse assunto na época, mas admirava a maestria com que usava o pensamento. Mais tarde conheci a literatura, história e pensamento de Eduardo Galeano e também me apaixonei pelo seu estilo e forma de trabalhar o pensamento. E mais tarde ainda ele me salvou, no meu próprio processo de trânsito pela alma com a expressão "Sentirpensar". Com ela nenhum "ocidental" precisava ficar mais na gangorra: ou sentindo ou pensando. Com ela tínhamos de forma direta o pensamento do coração. O pensamento que não precisava abdicar do que aprendeu, mas que vem dentro de um jorro interno permitido pela intuição encontrada e desenvolvida na própria sabedoria interna, que nos convoca quando nos permitimos nos abrir para ela.

 Percebia isso em Galeano e comecei a perceber em mim e outros que iam nos mesmos processos de aprendizagem e criação. E nesse processo em que o coração vai se abrindo como uma flor vamos nos permitindo a poesia diária do coração e as reflexões diárias também dele. À medida em que a consciência vai ganhando amplitude e transitamos no mundo da alma começamos a refletir de forma mais genuína, no sentirpensar. E essa filosofia muitas vezes é entendida como uma filosofia mística, sem ser religiosa. Mais uma vez vem alguém nos explicar, salvando das confusões dos rótulos. Edgar Morin diz que a consciência mística é irmã da consciência poética e podemos entender assim, que do coração podem sair poesias e reflexões diárias. Elas são parte desse movimento da alma e surgem desse ponto axial para o qual todos estamos indo. É mister entender que esta é uma das ocorrências deste século, conquistar esse ponto axial. A necessidade de expressar esse sentimento e pensamento que ocorre de forma diária não deve ser visto como algo extraordinário, mas como algo que precisa acontecer para a maioria das pessoas, pelo menos, que estão ficando por aqui. Como não há estatística disso fica difícil dizer quantos já estão nesse processo, mas se sabe que há bastante pessoas trilhando o caminho do Sentirpensar e do coração. Cada um que o faz, o faz como algo único e nos mostra que todos e cada um temos algo próprio para contribuir com o todo e é nisso que precisamos nos centrar. E somente isso nos levará à harmonia, à paz e á evolução dos seres humanos. Para lá estamos todos indo. Para a realização da inteireza e integridade dos seres humanos, para a busca desse eixo. Com isso conquistaremos a boa relação com todos e com a natureza e seremos todos felizes. Verônica Maria Mapurunga de Miranda -12.10.2021

 

Algumas Reflexões Diárias do Coração sobre o dia 12 de outubro.
-DIA DA PADROEIRA-  N. Sra. Aparecida apareceu emergindo do fundo do rio, de cor negra, para lembrar que o feminino faz falta (e se fez Patrona do país) e para dizer que a maioria da população do Brasil, que é negra, também tem mãe cristã, além dos outros arquétipos de suas religiões. Salve todos os arquétipos femininos que nos habitam e nos levam à totalidade.
 

- DIA DA RAÇA- Ninguém descobriu a América. Ela já existia com outro nome ou outros nomes. Habitada por outros povos, diferentes dos europeus e ibéricos. De todos somos descendentes. Viva todas as raças e todos os povos! As origens desencontradas, em que houve e trouxe dominações, assimetrias de poder e sofrimento precisam de justiça e reparações, para que a liberdade possa construir novas pontes e uma nova vida para todos.
 
- Dia da Criança - A criança eterna (divina) está em nós. E quando a descobrimos e a cultivamos, descobrimos também a fonte da espontaneidade, da alegria, do lúdico, da criatividade e do amor. Salve a criança eterna! Que as crianças de hoje possam ser adultos felizes, convivendo com sua criança interior!

Verônica Maria Mapurunga de Miranda - 12.10.2021
 
 

Francisco Amor- Arte de Reciclagem. Escultura usando toalhas recicladas com cimento sobre embalagem de detergente de pia.

Acabamentos em epóxi e pintura. Oferenda.

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 DIA DE FRANCISCO, PATRONO DO AMOR UNIVERSAL

Hoje em data comemorativa de Francisco relembramos que sua religião de fato era o Amor. E como faz falta o amor nas famílias e sistemas familiares desestruturados, gerando conflitos, doenças e tornando as famílias um lugar de beligerância, de poder assimétrico, de interesses escusos. A falta de amor, o narcisismo familiar gera doenças, psicopatias, transformando a vida de muitos em um inferno em vida. Ser alvo de um (a) narcisista perverso é passar por intenso sofrimento. E vemos  uma certa espiritualidade que acaba reforçando a idéia de que não há algoz e vítima, esquecendo de que não é possível evoluir sem cura e de que não se pode ser conivente com a perversidade.

Em vez de repetir isso deveria dizer: Vamos cuidar dos doentes que maltratam e vamos denunciar para que fique claro que é necessário mudança nesse estado de vida, já que eles não aceitam que precisam ser tratados. Vamos amparar as vítimas de famílias doentes porque elas existem e nenhum heroísmo é suficiente quando uma doença da falta de amor se instala em um sistema familiar. Temos visto que uma mãe ou pai abusivo pode tornar um filho ou filha perversos. E obviamente que depende da resposta de cada indivíduo e das possibilidades que cada um teve de tratar suas neuroses para que não se tornassem psicoses ou psicopatias. O tratamento psicológico e sob várias abordagens que hoje temos, de cura individual e da cultura precisam ser apoiados na sociedade, desde grandes a pequenas cidades. O reencontro consigo, com a natureza, com relações saudáveis pode ser eficaz na recuperação de pessoas e no restabelecimento de uma cultura e sociedade mais sã.Uma família com psicopatas e narcisistas perversos é como uma bomba pronta para explodir. Que adoece as pessoas, estraga os ambientes, o tecido social e a cultura. E isso reforça o poder vertical, a prepotência, o poder assimétrico, a necessidade de fazer dano aos outros. Psicopatias são compulsivas e não se resolvem facilmente.

 Enquanto as dificuldades de amar e as doenças dos sistemas familiares não forem tratadas fica difícil se estabelecer uma relação de horizontalidade, de vivermos o comunitário, a cooperação, de se estabelecer maior conexão e de evitar que pessoas morram de doenças causadas pelo sistema familiar e até se suicidem. Longe de ser somente uma questão individual é também uma questão da cultura e como dizia Freud um "mal estar da civilização". E o individualismo do sistema reflete essa dificuldade. É o salve-se quem puder e o jogo de interesses. Não é possível harmonia e relações saudáveis sem tratar essa questão na família e na cultura, questão tão anunciada pelos psicólogos do século que passou, mas que estão sendo esquecidas pelas espiritualidades que os querem substituir.

Mas é possível evitar que mais pessoas entrem nos círculos de doenças familiares tratando suas neuroses e restabelecendo pontos de referências e valores na sociedade e cultura que possam favorecer a resolução desses problemas. Em geral ocorre o contrário, e os psicopatas e perversos que fazem danos indiscriminados às pessoas ocupam muitas vezes cargos públicos e fundamentais. Cargos em que se poderia promover uma cultura mais saudável por ações e disseminações de sementes que realmente precisam ser plantadas na cultura e sociedade para seu restabelecimento, mesmo que sejamos sabedores que todo restabelecimento de uma cultura passa necessariamente pelo restabelecimento individual. O trabalho fundamental é de construção e colocar quadrilheiros em cargos públicos deteriora a cultura.

 Não se resolve o problema jogando mais culpa nos bodes expiatórios de famílias desajustadas, e nos bodes expiatórios da sociedade, porque Cristo dizia: Dê a outra face e ame os inimigos, mas parece que nada disso foi suficiente, pois foi crucificado.Vale dizer: Cuidado com esses inimigos que não amam, que eles te crucificam sem compaixão. Não ouse dá a outra face porque pode ficar sem a cabeça. Em vez disso, os perversos têm que ser denunciados e tratados e entendermos de uma vez os sistemas que criam bodes expiatórios, porque são sistemas assassinos. Conheço pessoas que se tornaram capachos de perversos para neutralizar suas ações e o que conseguiram foi ficar adoecendo permanentemente e cronicamente. Ninguém merece isso. A passividade não resolve. Os perversos se ajudam e constituem verdadeiras redes de perversidades. Para cumprir e realizar suas psicopatias acabam se aliando a outros perversos e bandidos, pessoas sem caráter, que podem ajudar a cumprir os seus feitos e isso leva a mais degeneração de suas próprias famílias. E por isso deve-se evitar dar mais poder a eles.

E os que sofrem suas ações são aqueles que se encontram em maior vulnerabilidade na sociedade e na família: crianças, mulheres, idosos. A violência doméstica e intra-familiar é constituída por abusos e violências dos perversos, que sempre atuam de forma oculta e sub-reptícia dificultando o seu combate. A busca da verdade e o encontro de cada um com suas mazelas e seus eixos parece ser a única forma de se chegar ao amor e à cura dessas mazelas, mas antes de tudo é necessário o reconhecimento de suas existências. Não se pode amar com psicopatias. E onde não há amor há conflitos, guerra, doença e muitas outras mazelas. É necessário viver e deixar viver. ONDE HOUVER ERRO QUE EU LEVE A VERDADE.  Veronica Maria Mapurunga de Miranda. 04.10.2021.
 

PORQUE NA VIDA SÓ SE VÊ BEM COM O CORAÇÃO: COM AMOR E VERDADE

É possível ser feliz, a partir do coração, quando encontramos a sintonia que nos ajuda a construir em vez de depredar, quando enfrentamos nossas verdades e nos abrimos para o amor, quando em vez de perseguir e destruir a vida dos outros, buscamos e encontramos nosso propósito e fazemos o contrário, nos ajudando cada um a cumprir os seus propósitos e assim ficamos em paz. Podemos nos fazer uma pergunta básica, todos nós que estamos ainda ficando por aqui no planetinha azul: O que quero fazer daqui em diante? Ajudar a construir um mundo novo, uma vida nova ou depredar as pessoas, seus propósitos, depredar a natureza e a vida? Quando nos dispomos a encarar e enfrentar nossos próprios conflitos estamos nos dando a oportunidade, a chance de entrar no fluxo da vida, reconquistando nosso eixo e outra perspectiva, criando e recriando outras formas de  vida, recuperando a alegria interior que é parte e direito da existência de nós seres humanos. A vida tem outro sentido quando abrimos o coração e passamos  a atuar e a sentirpensar a partir dele. Em meio às dificuldades que todos padecemos, em período de transição acelerada, podemos todos descobrir esses caminhos, da sintonia, conexão  e de estar no fluxo. Sempre é tempo de ser feliz ! Verônica Maria Mapurunga de Miranda 02.08.2021
 

DO CORAÇÃO- Escultura de reciclagem. Toalhas de banho recicladas com cimento, sobre embalagem de detergente de pia. Acabamentos com epóxi e pintura. Por Verônica Maria Mapurunga de Miranda- Dezembro 2020-Agosto de 2021-Oferenda à minha mãe que aniversariou dia 02.08.2021.
 

UM POR TODOS E TODOS POR UM ?

Quem diz que não existe "vítima e algoz" sobre a terra vive em outro planeta, não no Planeta Terra. Sonhamos e trabalhamos para alcançar o dia em que não precisaremos afirmar isso, mas enquanto houver sociedades e culturas constituídas e mantidas sob a assimetria de poder, exploração do outro e outros trocados, que causam violência, abusos, competitividade, etc. essa polaridade é vigente. Não reconhecer os parâmetros e paradigmas vigentes coloca uma certa espiritualidade, que afirma permanentemente a inexistência desses pólos, em uma posição reacionária, pouco amorosa com aqueles que sofrem e coniventes com a violência. Quem fecha os olhos para os males do mundo não pode ter ação transformadora. A transformação pessoal traz responsabilidade e compaixão consigo e com o outro e com o mundo que habita e busca o equilíbrio.

 Algumas vezes quem afirma isso com toda veemência são pessoas que estão de acordo com os poderes assimétricos e que são prostradas diante da cultura, que necessita transformação, defendendo somente interesses pessoais. Quando crescemos nossa responsabilidade aumenta, nós tornamos mais responsáveis por nossas escolhas e atos, mas não precisamos ficar cegos. Às vezes quem defende que essa polaridade não existe tem algum(a) psicopata violento ou pessoa abusiva para defender, ou pior, tem tendências abusivas e não sabe ainda ou quer mantê-las ocultas. Pessoas abusivas usam seus poderes de forma abusiva. As religiões patriarcais e abusivas, orientais e ocidentais, servem-se da cegueira e repetem o jargão: Vítima e algoz não existem. Enquanto isso vitimizam mulheres, crianças e se alinham aos donos do poder econômico e político assimétrico e explorador. Uma boa forma de trabalhar as polaridades é descobrir em si mesmo o seu próprio algoz, ou aquela parte que não deixa a pessoa ser inteira completamente. Não adianta querer que as pessoas sejam Superman e Supergirl, somos pessoas com poderes e vulnerabilidades. Quando descobrimos realmente o coração sabemos disso. Somente os psicopatas não se consideram vulneráveis, são frios e acima da carne seca. rss...Se  existe um serial killer que mata pessoas em série, não podemos colocar essa responsabilidade sobre alguém que vai passando e torna-se sua "vítima". As mulheres que não são capazes de reconhecer as violências, abusos e feminicídios que ocorrem com as outras mulheres e colocam a responsabilidade nas próprias mulheres são piores do que os seus algozes.Verônica Maria Mapurunga de Miranda. 05.07.2021
 
 

PARA CUMPRIR O DESEJO DOS POVOS PROTAGONIZANDO UMA NOVA PERSPECTIVA  DA NATUREZA E CULTURAL

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PROCURANDO NA INTERNET SOBRE O MOMENTO ELEITORAL DE PERU EM 2021 E NA FASE DAS CAMPANHAS ELEITORAIS, TENTANDO ENTENDER O INÉDITO OCORRIDO NESSAS ELEIÇÕES, ENCONTREI NA TELESUR UM ARTIGO DE ITZAMNÁ OLLANTAY SOBRE O FENÔMENO PEDRO CASTILLO.  EM  GERAL, UM AUTOR BASTANTE CRÍTICO DAS SOCIEDADES OCIDENTAIS E MODERNAS, PORQUE TAMBÉM INDÍGENA E COM OUTRA PERSPECTIVA, ME SURPREENDEU E ME FEZ ACREDITAR QUE HAVIA ALGO MUITO NOVO NESSAS ELEIÇÕES. ESTÁ HAVENDO MUITA RESISTÊNCIA DA DIREITA PERUANA, ANUNCIANDO GOLPES POLÍTICOS. TORCEMOS E ACREDITAMOS QUE OS POVOS DE "ARRIBA Y DE ABAJO" E DE "TODAS LAS SANGRES" UNIDOS DE PERU NÃO PERMITIRÃO QUE ISSO OCORRA.

 DE QUALQUER FORMA A SE CONSEGUIR MANTER O ESTADO DE DIREITO DEMOCRÁTICO LOGO DEPOIS NOS VEM A PREOCUPAÇÃO, PORQUE ISSO OCORRE NA AMÉRICA DO SUL: O POVO TEM ÊXTASE POLÍTICO NESSES MOMENTOS, PARA LOGO DEPOIS, UMA EQUIPE ECONÔMICA FORMADA EM NÃO SEI QUANTAS ESCOLAS, DE CHICAGO PARA DIANTE, RESOLVER MODIFICAR TODAS AS EXPECTATIVAS E COMPROMISSOS POLÍTICOS DOS CANDIDATOS ELEITOS SOB O SIGNO DE UNIÃO DOS POVOS E DAS ESQUERDAS, EM PROGRAMAS DAQUILO QUE É POSSÍVEL DENTRO DO CAPITALISMO. E EM GERAL O CANDIDATO FOI ELEITO PARA QUESTIONÁ-LO JUNTO COM OS POVOS E SE APOIAR NESTES. A FORMAÇÃO DE GABINETES DOS GOVERNOS ELEITOS SOB O SIGNO DAS MUDANÇAS NA AMÉRICA DO SUL É UM MOMENTO SEMPRE DIFÍCIL, QUE CAUSA A CISÃO NAS ESFERAS POLÍTICAS DE UM PAIS DA PERIFERIA CAPITALISTA.

REJEITAR O RÓTULO E QUEBRAR ESSA RACIONALIDADE É PARTE E FUNÇÃO DOS PRESIDENTES ELEITOS E DOS POVOS QUE O ELEGERAM JUNTOS, DE  NÃO PERMITIREM QUE OCORRA NOVAMENTE A VELHA FALHA SISTÊMICA, QUE SE TRADUZ EM: VOCÊS VOTARAM EM MIM QUE REPRESENTO O ANSEIO DE MUDANÇAS DE TODOS OS POVOS DESTE PAÍS, MAS QUEM VAI DECIDIR ISSO MESMO É A EQUIPE ECONÔMICA. ESSE RACIOCÍNIO TEM QUE SER QUEBRADO. A EQUIPE ECONÔMICA TEM QUE ESTAR DE ACORDO COM OS COMPROMISSOS POLÍTICOS E NÃO O CONTRÁRIO. EXISTE UMA ENCRUZILHADA QUE COLOCOU OS POVOS DE VÁRIAS CULTURAS EM TODA A CONFIGURAÇÃO GEOPOLÍTICA DE UM PAÍS UNINDO-SE PARA COMPOR UM NOVO PACTO CULTURAL, EM QUE A PERSPECTIVA DA NATUREZA E DOS POVOS É PROTAGONISTA. UM PACTO DA VIDA CONTRA A AMEAÇA DE EXTINÇÃO QUE PAIRA SOBRE AS CABEÇAS DOS POVOS, SUJEITOS POLÍTICOS QUE VOTARAM PORQUE SERÃO CHAMADOS A FAZER UMA NOVA CONSTITUIÇÃO E DECIDIR SOBRE A PLURALIDADE NACIONAL, DO ESTADO, CRIANDO CONDIÇÕES DE UM NOVO RUMO PARA  ELES E O PAÍS. VAMOS TORCER PARA QUE HAJA MUDANÇA NISSO TAMBÉM, OU SEJA, QUE A EQUIPE ECONÔMICA RESPONDA AOS REQUISITOS POLÍTICOS DOS POVOS E NÃO AOS REQUISITOS DO SISTEMA CAPITALISTA. VAMOS PROCURAR SOBREVIVER AO SISTEMA. VEJA O ARTIGO DE ITZAMNÁ OLLANTAY EM LINK ABAIXO.

VERONICA MARIA MAPURUNGA DE MIRANDA - 30.06.2021

 

https://www.telesurtv.net/bloggers/Peru-Quien-es-Pedro-Castillo-Terrones-20210420-0003.html?fbclid=IwAR1_vR6D2tALZ6nCZZjgrQBepiuZKFrYkbabVjriq5KKTyVeEnzy3Up2kPw
 

 

PARA REFLETIR SOBRE A SOMBRA INDIVIDUAL E COLETIVA DOS NOSSOS TEMPOS. DESVELANDO OS VÉUS.

A regra ainda aplicada, infelizmente, é nós somamos contra alguém ou algures. Enquanto a sombra individual e coletiva não forem trabalhadas devidamente e as pessoas não mudarem o nível de consciência é isso que vai acontecer. Sempre será buscado um bode expiatório, que é a forma da projeção da própria sombra. E muitas vezes quando alguém diz somos e somamos (não estou dizendo que é o seu caso particular) de fato, constelaram a sombra para atacar alguém e continuar com um ar de unânime impunidade. Mas, enquanto essa situação continuar vigorará a Lei de Causa e Efeito. É por isso que ela ainda existe. E só deixará de existir quando não for mais necessária. Cada um e uma podem fazer sua parte seguindo a lei. Essa lei com certeza é cumprida e temos que nos alinhar a ela na terra. E nestes anos até 2030 por aí em que há um processo de depuração forte, de derrubada de máscaras e transparências, todas as mentiras que contamos para os outros e para nós mesmos, aos poucos serão reveladas. Para os cristãos basta lembrar o descerramento dos santos, dos panos púrpura, no sábado de aleluia. É esse o significado. Jesus morreu na cruz nesse processo de depuração da humanidade. Quando se diz morreu para nos salvar, significa isso. Estamos vivendo esse fenômeno em escala ampla, agora, mas sem Jesus Cristo. Cada um que cumpra sua parte. Podemos dizer que se cada um fizesse isso em um processo de autoconhecimento a frase seria: Um por todos e todos por um. Podemos relembrar os três mosqueteiros. rss... (Escrito respondendo a um comentário de amigo internáutico. Novembro de 2020).
 
 

MAMÃO ESTRELA

ORA DIREIS VER ESTRELAS EM MAMÃO. CERTO....PERDESTE O SENSO ? DE FATO, FUI COMER UM MAMÃO E QUANDO O PARTI ME DEPAREI COM UMA ESTRELA. EIS O DITO CUJO NA FOTO. DEVEM EXISTIR MILHARES DESSAS ESTRELAS EM MILHARES DE MAMÕES POR AÍ.  OUTRA VEZ ENCONTREI PEDRAS DE RIO QUE ERAM PEQUENOS CORAÇÕES ESCULPIDOS PELA NATUREZA. CERTO...APENAS ELES SE MOSTRARAM PARA MIM COMO A DIZER ESTAMOS EM TODOS OS LUGARES E O MAMÃO FALOU: E SUA ESTRELA? LEMBREI, ENTÃO, DA ESTRELA DE QUINTA GRANDEZA QUE TODOS NÓS CARREGAMOS, NOSSO SOL. PARA IRRADIAR HOJE E SEMPRE! Veronica Maria Mapurunga de Miranda .29.06.2021.
 

 SE MAOMÉ  NÃO VAI À MONTANHA, A MONTANHA VAI À MAOMÉ

Um adágio pode não significar nada desde que esteja fora de um contexto,  ou desde que ele não caiba em um texto ou narrativa inspirada que busca e traz um sentido. Quando escrevemos e nos expressamos de forma simbólica, os arquétipos fraturados reúnem seus fragmentos e buscam uma totalidade. Para mim essa relação de Maomé e Montanha fala de coisas que são maiores do que os dois e que faz acontecer o deslocamento deles, que precisavam se encontrar, porque algo maior tinha que acontecer ali, envolvendo os dois. A consciência (consciência maior) move montanhas e maomés, mesmo que eles tenham vida própria. E isso significa também que não podemos fugir de determinados encontros e missões. Há sempre uma realidade supra-ordenada que nos move, mesmo que tenhamos mil razões e justificativas para não fazê-lo. E assim, se o Maomé desistisse do que tinha que realizar lá, a montanha viria até ele movida por essa consciência maior. Há um sentido nesse movimento. Em alguns momentos claves, como agora, somos movidos para algumas tarefas, mesmo que pensemos que está tudo sob nosso controle. É o ego que tem essa pretensão, mas chega uma Covid-19 e diz: Parem senhores e senhoras, momento de se mover de forma diferente. Verônica Maria Mapurunga de Miranda - 26.06.2021
 

RIZOMAS

É BEM VERDADE QUE UMA ÁRVORE NÃO PODE CRESCER SOMENTE PARA CIMA. SENÃO NÃO SUPORTARIA TEMPESTADES. MAS TAMBÉM É VERDADEIRO QUE RAÍZES MAL CUIDADAS, AINDA QUE PROFUNDAS, APODRECEM. É NECESSÁRIO ESPAÇO E NUTRIÇÃO PARA CRESCER . SOMOS TODOS ÁRVORES NA GRANDE TRANSIÇÃO. PARA CIMA OU PARA BAIXO A ÁRVORE CRESCE BUSCANDO LUZ.

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QUANDO A ÁRVORE SE ENGANA E FICA OPACA, NÃO É CAPAZ DE IRRADIAR, QUANDO ISSO É NECESSÁRIO AO GRANDE MOMENTUM, E A ÁRVORE SE ENVOLVE COM EXPLORAÇÃO DO OUTRO, COM PERVERSIDADES, COM BANDITISMOS, COM MENTIRAS LESIVAS, FALSIDADES E TRAIÇÕES NECESSITARÁ DE LIMPEZA EXTREMA  PARA PODER CONTINUAR EXISTINDO E CUMPRINDO SEUS PROPÓSITOS. AS ENERGIAS QUE ESTÃO CHEGANDO AO PLANETA  NÃO SUPORTAM ESSAS BAIXAS VIBRAÇÕES. É TEMPO DA QUEDA DE IMPÉRIOS E PODERES LESIVOS ÀS VÁRIAS HUMANIDADES . É TEMPO DE TRATAR OS RIZOMAS PARA QUE NÃO FIQUEM SOMENTE PATEANDO NA LAMA. É TEMPO DE CUIDAR !  Veronica Maria Mapurunga de Miranda -23.06.2021
 
 

ZORROS DE ARRIBA Y ZORROS DE ABAJO, O ENCONTRO DOS POVOS PERUANOS EM MOMENTO DE ELEIÇÕES ARGUEDIANAS
 

Ainda sobre as eleições para presidente no Peru. Apesar do candidato Pedro Castillo ter sido eleito, o resultado não foi aceito pela adversária  Keiko Fujimori, que pediu nulidade de votos em algumas regiões. Mas a população do país, povos de arriba y abajo se uniram para protestar e exigir o cumprimento da Democracia. É um protesto permanente que é também uma festa dos povos do Peru, todos juntos, "todas las sangres juntas", como queria Arguedas. Na entrevista no link abaixo, com o antropólogo Rodrigo Montoya, que foi amigo de Arguedas e é especialista em sua literatura e pensamento, ele discorre sobre esse momento inédito no Peru, um momento Arguediano, em que como na novela "Los Zorros de Arriba y los Zorros de Abajo", desse autor, ele falava desse encontro dos povos da serra, com os de abaixo. Um momento inédito, que segundo Rodrigo Montoya,  também foi profetizado. Verônica Maria Mapurunga de Miranda - 20.06.2021

 

Para comprender la actualidad electoral. Los Zorros de Arriba y los Zorros de Abajo. Rodrigo Montoya

https://www.youtube.com/watch?v=dReeH74cPFE
 

Peru, entre a tradição e a modernidade, um desafio para a América  Latina  -

http://www.veronicammiranda.com.br/fale32.HTM

 Motivada pelo inédito das eleições peruanas atuais, convido-os a lerem também este artigo sobre PERU, escrito por mim em 2011, mas que traz reflexões sobre questões que ainda são muito atuais e que parece tornaram-se, em época de pandemia, mais visíveis e claras para a população.

O artigo está na Seção Fale Com Eles - CULTURA deste portal Artesanias de Veronica Miranda .
 
 
 

INTRODUÇÃO AO INÉDITO

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Um tempo antes da COVID-19 vi uma live de um simpático psicólogo¹ que trabalha com crianças especiais sobre o INÉDITO. E eu gostei muito porque deixar ocorrer o inédito em nossas vidas é deixar os hábitos, os condicionamentos, abraçar o desconhecido, se soltar, mudar. E, de fato, vivíamos uma época em que isso era muito necessário. Não há mudanças sem o inédito. Mas, de repente chega algo inédito, anunciando mudanças drásticas: A pandemia da COVID-19, fazendo todos mudarem os hábitos e obrigando-nos a repensar a vida, os conceitos e por aí vai. E a partir daí parece que o INÉDITO veio para fazer morada neste século de muitas mudanças e surpresas.

E ontem vendo os principais jornais e noticias quentes do dia apareceu para mim outro grande INÉDITO: A eleição de um professor do ensino fundamental e médio (De fato escola primária) -Pedro Castillo- de Cajamarca,  a região considerada a mais pobre do Peru e mais assolada pelas transnacionais mineradoras, como Presidente da República Peruana. Eleição realizada sem  acordos com antigas elites, sem horários nobres nas TVs, sem grandes cacifes políticos, sem dinheiro para campanha, de um partido (Peru Livre) que se diz Marxista, socialista e que colocava o candidato, como um sindicalista, de família camponesa, além de professor, rondeiro (das rondas campesinas) tendo como adversária Keiko Fujimori, acompanhada por toda a direita peruana, elites, corporações e transnacionais mineradoras e outros. Fez sua campanha montado à cavalo nas cidades e foi de repente ganhando espaço nas TVs, nos horários nobres de comunicação, até chegar ao segundo turno e ganhar as eleições para presidente do país. Pretende reformar a constituição do Peru, modificando o Estado a exemplo da Bolívia de Evo Morales e Equador de Rafael Correa, no mesmo sentido, com a nacionalização das empresas, saindo das dívidas externas, combatendo a corrupção e procurando resolver as desigualdades sociais e culturais.

Parece que a situação econômico-social e pandêmica no Peru desatou o INÉDITO. Não há muitas análises políticas, sociológicas satisfatórias, que nos façam compreender o ocorrido. Busquei, mas não encontrei. O que existe é um ar de estupefação diante do INÉDITO.  Vamos ter que aprender a lidar com isso, assim como começar a perceber que tudo é possível, até mesmo aqueles sonhos que alguém sonhou em uma escolinha, e no campo, de uma das regiões mais pobres  e assoladas pelo poder do grande capital, no Peru. A exemplo do Peru a América do Sul promete continuar com o INÉDITO. Vamos começar a acreditar. Os sonhos são possíveis. E que todos os espíritos e guardiões os protejam. Entrando no INÉDITO. Vamos curtir e nos situar nessas introduções. Avante Peru! Que Viva Pedro Castillo e todos os sonhos do povo peruano ! Abaixo três links sobre Pedro Castillo e as eleições no Peru, para quem entende espanhol. Veronica Maria Mapurunga de Miranda. 12.06.2021.

 
https://www.youtube.com/watch?v=gz9AFJyVu2o&t=113s -----------------
https://www.youtube.com/watch?v=ms4o8CRWyyE
https://www.youtube.com/watch?v=6qTJj-up2K4

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¹- O Psicólogo do Inédito é Milson Santos.
 

 

PENSAR, PENSARIA, PENSO...(PENSEI?) - PENSAMENTOS

 

Conjugar o verbo no futuro do pretérito pode nos levar ao mundo da imaginação, porque explorando o verbo ser, no futuro do pretérito, seria, é diferente de será, porque fala de outras possibilidades, de algo que não se gerou, não se criou, mas poderia ter se criado. E se... De repente, isso está em outra dimensão, das tantas que temos quando nos abrimos para a imaginação. Aí, então, entramos em outro tempo, o tempo da recuperação, de juntar os cacos e fragmentos, o tempo de conceber, de trazer para a contemporaneidade o que parecia não coetâneo, ou perceber como o futuro e o passado já estavam neste presente. Ir e vir, circular, faz parte do pretérito do futuro, uma conjugação de verbo que a alma gosta pelo movimento, aventura e possibilidades. Conjugar o verbo no pretérito do futuro é um bom caminho para viver o presente. É aqui, naquela brecha feita pelo movimento, onde se encontram todos. (Sem ironias, para um pensador irônico do presente). Verônica Maria Mapurunga de Miranda 10.06.2021
 

Viver a horizontalidade é sair da “angústia do tempo” para suportar a "angústia da alma", que diz ao mesmo tempo: Não sou nada, como os outros não o são e por isso somos os mesmos, mas sou todo outro, assim como os outros o são e mesmo assim convivem em mim, com todas suas diferenças. Quem está apto? (Verticalizar não vale). Verônica Maria Mapurunga de Miranda 10.06.2021

 

Conviver SOL a SOL (masculino e feminino) é diferente de conviver SOL a LUA. Exige a quebra de uma verticalidade milenar, sem necessidade de submeter ou submeter-se. É a troca de duas luzes próprias que podem contender amorosamente e trocar até que ocorra o incêndio total. (Para os novos tempos, em que nada deve ser considerado surpresa e em que o inédito é a palavra de ordem.) Verônica Maria Mapurunga de Miranda. Marcando no calendário para não esquecer. 10.06.2021.
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A ÚLTIMA FLORESTA( O FILME)

https://www.youtube.com/watch?v=kJmGUyC4QEQ - No ar até meia-noite. Corra para assistir
                           Facebook do filme com mais novidades:https://www.facebook.com/aultimaflorestaofilme

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Acabei de assistir ao filme e fiz o seguinte comentário: Grata pela oportunidade de assistir esse belo filme. Tocou-me profundamente na alma, onde estão nossos rizomas e de onde queremos todos nos regatar para uma vida diferente da civilização predadora que temos, de um tempo em que a natureza seja protagonista. Que esse pensamento e cosmovisão continuem sendo divulgados e buscando um espaço de vida, histórico e também político, trazendo uma nova concepção de poder, para podermos conceber uma nova civilização. Essa perspectiva é muito importante para as mudanças que se iniciam neste século. Avante! Veronica Maria Mapurunga de Miranda .05.06.2021

 
 

Ciclo Cármico
 

ESCREVI ESTE COMENTÁRIO ABAIXO NO VÍDEO, WEBINÁRIO DA QUANTUM ACADEMY, EM EXCELENTE PALESTRA DE AMIT GOSWAMI SOBRE KARMA, A PARTIR DE UMA PERSPECTIVA ORIENTAL E DA CIÊNCIA QUÂNTICA. NÃO À TOA ESTE TEMA ESTÁ SENDO BEM VENTILADO, POIS JÁ É CONSENSO ENTRE MUITOS QUE VIVEMOS UM CICLO CÁRMICO E ISSO EXIGE DE NÓS TODOS, QUE ESTAMOS POR AQUI, UM PROCESSO MAIS PROFUNDO DE AUTOCONHECIMENTO, QUE POSSA NOS LEVAR À TRANSCENDÊNCIA DE MUITOS CARMAS, PARA PODERMOS ACEDER AOS NÍVEIS DE CONSCIÊNCIA NECESSÁRIA A TODOS NÓS, NESSA FASE PLANETÁRIA. ESTE É UM PROCESSO COLETIVO, AINDA QUE SE FAÇA INDIVIDUALMENTE. SENDO UMA PALAVRA DE ORIGEM ORIENTAL E PARTE DE UMA COSMOVISÃO ORIENTAL, EXISTEM VÁRIAS ABORDAGENS SOBRE O TEMA, ENTRE ELAS A DOS ESPÍRITAS E DE CHICO XAVIER, A PARTIR DE UMA PERSPECTIVA OCIDENTAL. O IMPORTANTE É VERMOS OS PONTOS DE CONVERGÊNCIA E AQUILO QUE TEMOS QUE APRENDER COM CADA UMA DAS ABORDAGENS E PERSPECTIVAS, SEJA ORIENTAL, SEJA OCIDENTAL E PERCEBER AQUILO QUE NOS CONVOCA E QUE ESTÁ RELACIONADO COM OS ARQUÉTIPOS QUE ORA NOS MOVEM: AMOR E VERDADE.

EM 15 DE JANEIRO DE 2019 ESCREVI EM UMA DE MINHAS FACEBLOGS  -O ARQUÉTIPO DA JUSTIÇA EXISTE? - 15.01.2019 SOBRE AS IDÉIAS SUPRAORDENADAS E DO INCONSCIENTE COLETIVO E DA CRISE PROFUNDA QUE JÁ ESTÁVAMOS VIVENDO, MESMO SEM TER AINDA O BALDE DE ÁGUA FRIA PARA DESPERTAR, DA COVID-19. ESSE ARQUÉTIPO DA JUSTIÇA ESTÁ LIGADO AO ARQUÉTIPO DA VERDADE AOS CARMAS E PODE SURGIR COMO UM ANJO OU ARCANJO COM SUA ESPADA. SÓ PODEMOS ESCAPAR DELE COM TRANSPARÊNCIA E VERDADE . E SEM ISSO, SEM BONDADE E COMPAIXÃO NÃO TEREMOS O AMOR, NÃO CHEGAREMOS A OUTRO PATAMAR DE CONSCIÊNCIA. DE NOSSAS PRÓPRIAS ESCOLHAS E ATITUDES ATUALMENTE ESTAREMOS CRIANDO MAIS CARMAS QUE PODEM SER MAIS OBSTÁCULOS E PENAS PARA NOSSAS PRÓPRIAS VIDAS. "Como disse em outro post : É indispensável também sonhar, criar, conceber porque entramos em outra dimensão, capaz de ter outro olhar sobre a realidade quando fazemos isso, e melhoramos nossa vibração, a nossa frequência vibratória. Não adianta dizer, como alguns que se acham com toda autonomia, que cada um cuide de si somente. Estamos no mesmo barco ou nave e é necessária essa compreensão." (DO ARTIGO). Verônica Maria Mapurunga de Miranda. 03.06.2021
 
COMENTÁRIO DO WEBINÁRIO DE AMIT GOSWAMI:

"Sempre bom e esclarecedor. O tema é importante para a atualidade, pois segundo muitos espiritualistas vivemos um período cármico, no sentido coletivo. E isso em outras palavras quer dizer uma exigência maior de todos nós que ainda estamos por aqui, se queremos aceder ou caminhar rumo a um mundo de regeneração, um novo ciclo e salto de consciência. E isso não é possível sem trabalharmos e transcendermos esses "carmas enrustidos". Um guia espiritual que respeito dizia que não tínhamos que nos preocupar com carmas, porque de alguma forma eles estariam presentes no nosso dia-a-dia e resolvendo os problemas e questões desse dia-a-dia profundamente estaríamos resolvendo os carmas. Para isso o autoconhecimento era necessário. Chico Xavier dizia que os carmas (negativos) seriam transcendidos com a bondade. Segundo ele essa seria a única forma de resolvê-los. Mas, além dos circuitos cerebrais negativos que carregamos, há também os hábitos criados nos condicionamentos de uma sociedade e cultura muito individualistas, em que a exploração do arquétipo da bondade torna-se difícil. De qualquer forma, com a crise mundial estabelecida esse arquétipo e o da compaixão nos convocam. De fato, o amor e a verdade são carros chefes dessa época, porque não podemos ser inteiros sem eles e não podemos ser justos sem eles e não podemos transcender sem eles. E a bondade e a compaixão são níveis mais profundos do amor. Não passaremos dessa época sem eles, para nos autoconhecer profundamente e alterar todas as nossas relações internas e externas. Temos que sair coletivamente do “eu” para “nós”. Mesmo que seja um trabalho individual, ele estará sendo realizado coletivamente e daí as pandemias e desagregação dos sistemas e civilização. De fato, é um grande choque, em que só ficarão os fortes. E os fortes são aqueles capazes de conviver com sua verdade e capazes de grande amor (com bondade e compaixão)." Verônica Maria Mapurunga de Miranda . 30.05.2021
 
 

INSPIRAÇÃO, ESSA MULHER (Clique e veja)

COM TODO RESPEITO PELA LUA, MAS OS TEMPOS SÃO DE SOL FEMININO. É VERDADE, A LUA JÁ ESTAVA EM NÓS ANTES MESMO DO HOMEM PISAR EM SEU SOLO. MAS AGORA NOSSA  LUA SERÁ ILUMINADA  POR NOSSO PRÓPRIO SOL. A MULHER VAI INAUGURAR UM NOVO TIPO DE CONJUNÇÃO PARA PODER DESFRUTAR DO SEU MASCULINO INTERIOR DE FORMA TODA NOVA, PARA TODAS E TODOS. NADA IMPEDE QUE SEJA A "ENTREGA DOCE E SUAVE INSPIRAÇÃO", MAS A MULHER TEM QUE SER SELVAGEM, DE ACORDO COM O TEMPO DA NATUREZA. SEM ISSO NÃO OCORRERÃO AS TRANSFORMAÇÕES NECESSÁRIAS. A MULHER NECESSITA TER LUZ PRÓPRIA NA SOCIEDADE, NA CULTURA E NA ESPIRITUALIDADE. E TODAS QUE ESTIVEREM AQUI NESTA ÉPOCA DE MUDANÇAS ESTARÃO CUMPRINDO AS TRANSFORMAÇÕES QUE O MUNDO NECESSITA. AQUELES E AQUELAS QUE AINDA NÃO ACEITAM ISSO TERÃO QUE OUVIR DO PRÓPRIO FEMININO QUE EMERGE: DECIFRA-ME OU TE DEVORO. MUITA ELETRICIDADE E GARRA! Veronica Maria Mapurunga de Miranda - 16.05.2021
QUE

“Termina o 5º Ato e Hamlet já não existe “ -  Deepak Chopra

 

O vídeo abaixo "Vencer el Miedo a morir" - Entrevista com Deepak Chopra - já tem um bom tempo que foi feito. Mas como diz o poeta Thiago de Mello “Não sofrem de tempo as coisas nascidas do coração.” (Clique no link e veja)

https://www.youtube.com/watch?v=tIAJ7DRRWqA

De fato, estamos aqui de passagem... Vivemos essa passagem, do ego ao Self, de forma coletiva, em todo seu espectro. E se pudermos pensar em algo mais definitivo será a conseqüência do 5º Ato. Nunca vivemos de forma tão forte, nestes dois últimos séculos, a experiência do jogo da vida e morte, porque coletiva, mas sentida individualmente. É a experimentação e observação da alma que canta o seu Cântico IV, como Cecília Meireles, em um apelo infinito.

Cântico IV

Cecília Meireles

Tu tens um medo:
Acabar.
Não vês que acabas todo dia.
Que morres no amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que te renovas todo dia.
No amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que és sempre outro.
Que és sempre o mesmo.
Que morrerás por idades imensas.
Até não teres medo de morrer.
E então serás eterno.

Há quem diga que a alma é o lugar de seduzir o espírito, mas há quem diga também que o espírito é o sedutor. No fundo há uma dança que nos convoca para viver tudo, inclusive aquilo que é material, que é terra, que é carne, que é corpo, mas é energia, que traz vitalidade e é livre. Só podemos entender os paradoxos em um estádio mais amplo de consciência e é para lá que estamos sendo convocados.

Verônica Maria Mapurunga de Miranda. 10.04.2021

 
 

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ERVAS  AMIGAS (HORTELÃ)

Já descobriram que elas são ótimas para a memória. Em tempos em que nossa função de memória está sendo colocada em xeque. Uma das seqüelas deixadas pela COVID-19 é a falta de memória  e possível Alzheimer. A falha da memória nos humanos e as doenças como Alzheimer significam que mudanças estão ocorrendo e que essa memória não é mais suficiente, ou que outras memórias se desdobrarão. A memória é uma função do ego necessária a adaptação ao nosso espaço-tempo. À medida em que nos deslocamos do ego para o Self ou totalidade e que novas energias chegam ao planeta essa memória sofre  modificações. Podemos nos reunir às amigas ervas para que elas possam nos ajudar nesse equilíbrio.(Foto e texto by me-Veronica). Veja abaixo a poesia ODE A MEMÓRIA.

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ODE À MEMÒRIA

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PLANTAS AMIGAS

BROTO DE FEIJÃO

BROTINHOS DE FEIJÃO BROTANDO ENERGIA, ESPERANÇA, VIDA. DE MINHA LAVRA NA COZINHA (RSS...RSS...)

Em época de COVID eles estão em alta . Ótimo para a saúde.
BROTINHOS DE FEIJÃO de minha lavra. Receita para quem se atrever. Como germinar.

1. Ele fica melhor com o feijão moyashi, mas também fica bom com qualquer feijão da terra. Conseguir um feijão da terra, seco, pode ser qualquer um, diretamente do produtor, com semente crioula, aquela que não é modificada geneticamente (porque se for IAC ou outra modificada não germina). O de mercantil também tem substancias conservantes, além de serem na maioria de sementes geneticamente modificadas. O feijão deve ser novo, não ter lagarta, gorgulho e não ter furos. (Se não estiver em boas condições não brota de forma adequada e apodrece).

2. Melhor começar com uma xícara de feijão. Ele rende bastante e às vezes é necessário mudar a vasilha para ele poder se expandir e crescer. Lavar o feijão e deixar de molho por 8 horas. Depois lavar novamente, retirar toda a água com escorredor de arroz ou macarrão. Colocar em uma vasilha plástica opaca ( que não passa luz) e cobrir com um pano de algodão (pano de prato) molhado e torcido. Deve ficar somente úmido. No dia seguinte o feijão já vai estar brotando. Então, deve ser lavado na torneira ou com água filtrada e escorrida toda a água. Lavar o pano de algodão e torcer para ficar somente úmido. Não deve ficar água. Essa operação de lavar o feijão deve ser realizada todos os dias até completar 6 a 8 dias, ou quando o broto já estiver com 3 ou 4 centímetros pronto para consumir. Pode ficar também um pouco maior.

3. À medida que vai sendo lavado todos os dias o feijão vai perdendo a casca e surgindo as folhinhas do broto. Crescem raízes também. Depois de germinados eles duram de 3 a 4 dias na geladeira, em saco plástico ou vasilha. Ao ficarem no ponto de consumir podem ser também retiradas as raízes, higienizados e guardados na geladeira.

4. Podem ser usados para fazer vitaminas, com maçã, com outras frutas e verduras, com leite e mel. E podem ser refogados. Fazer saladas no vinagrete e com outras verduras. Usar em sanduíches. É muito versátil. Há muitas receitas na internet. Seu valor nutritivo em termos de proteínas e vitaminas é grande, além das fibras e de funcionar como um regulador do intestino. Dá muita energia. Além de ser uma verdadeira terapia acompanhar sua germinação, gerar brotos em sua cozinha. É alimento vivo. Recomendo. Veja no Google a tabela nutricional e muitas receitas culinárias para esse alimento maravilhoso. Foto: Broto de feijão de minha lavra na cozinha.  Verônica Maria Mapurunga de Miranda. 22.10.2020 (Do meu face pessoal).

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Segredos que ferem. Relembrando JUDAS e o Arquétipo da Verdade

Malhação do Judas- Viçosa do Ceará- Foto por Veronica Maria Mapurunga de Miranda

É época de Judas (Semana Santa Católica). Judas carregava um segredo, que não suportava, porque pensava de forma diferente de Cristo. De fato, sempre pensou. Ele era de uma seita que acreditava que tinham que dominar a terra e serem os reis. Jesus trabalhava com o poder divino e não de dominação. Judas queria dinheiro e poder. E vendeu os segredos de Cristo, da irmandade dos apóstolos, para os sacerdotes, contrários às idéias de Cristo e que tinham o poder temporal e religioso. Vendeu o segredo por 30 moedas de prata. Segundo o que contam versões espíritas, Judas pensava que Jesus fosse apenas ser preso e que não seria crucificado. Enquanto isso, o Judas lideraria uma revolução para tomar o poder e depois libertaria Cristo. Mas não sabia que aquela traição lhe causaria muito sofrimento. O Certo é que ele errou e as conseqüências do seu ato de traição causaram muito sofrimento e até a morte de Cristo.

Quando Judas viu o que estava causando a Cristo se arrependeu terrivelmente e foi devolver as 30 moedas de prata aos sacerdotes, mas eles não aceitaram mais nada e Cristo foi crucificado. Judas, então, tomado de grande arrependimento e peso na consciência acabou se suicidando. Morreu enforcado, ao mesmo tempo que Jesus morria na Cruz.

Esse fato que se repete todos os anos deveria servir para mostrar que determinados “segredos” que pessoas guardam e ações ocultas que prejudicam alguém são como uma bomba. Eles podem ferir alguém, mas ao serem revelados prejudicam a todos, inclusive a quem os carrega. Judas era um falso. Primeiro, mentiu para Jesus, que o amava e o tinha como um discípulo dileto. Mentiu para a irmandade dos apóstolos. E depois com um “segredo” em mãos, o vendeu, colocando Jesus e todos os outros em risco. Todos aqueles que carregavam o segredo da irmandade de Cristo, estavam com uma bomba nas mãos. E além dos segredos ele contou muitas mentiras, para ganhar dinheiro, que o próprio Jesus não teve como desmentir, porque não foi consultado para saber a verdade.

Isso acontece muito com amigos, parentes, irmãos, maridos, esposas, companheiros, colegas e profissionais antiéticos, que todo tempo traem as pessoas, falando calúnias, atuando contra alguém que é próximo, às escondidas, colocando sua vida em risco, acreditando em mentiras sem lhe dar o benefício da dúvida. Às vezes, até um impostor ou impostora, que tomam o lugar de outros e passam a colher informações e a contar mentiras para prejudicar alguém e ser recompensado em dinheiro.

Judas todos os anos nos convida a perceber que quando traímos a missão de alguém, quando usamos “segredos”, que muitas vezes são mentiras, para prejudicar alguém, podemos pagar pelos sofrimentos que causamos. O ego e suas ações, que só querem saber de poder e dinheiro provocam sofrimentos nas pessoas, mas quem os provoca também sofre e paga. Os traidores, que não têm transparência e que não acham importante o arquétipo da verdade, traem a si mesmos. A malhação do Judas todo ano relembra isso.

Verônica Maria Mapurunga de Miranda – 14.03.2021
 

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                                                   TODO DIA É DIA DAS MULHERES, APROVEITEMOS OS MARCOS (8 DE MARÇO) PARA DEIXAR PATENTE A NECESSIDADE DE UMA SOCIEDADE MAIS JUSTA E UMA CULTURA MAIS FEMININA. QUE AS MULHERES DESPERTEM. "DESPERTA, MEU BEM DESPERTA... VEJA JÁ AMANHECEU..."

 

QUE NÃO ESQUEÇAMOS DA POESIA DIÁRIA DO CORAÇÃO

PEQUENAS POESIAS DIÁRIAS DO CORAÇÃO

 
 

TRAZENDO O SOL FEMININO

VERDADE E AMOR

ARTE DE RECICLAGEM -  EPÓXI SOBRE EMBALAGEM  DE ÁGUA SANITÁRIA E PINTURA.- POR VERONICA MARIA MAPURUNGA DE MIRANDA.

JANEIRO DE 2021. OFERENDA. (Frente e Costas)

 

ONDE HOUVER ERRO QUE EU LEVE A VERDADE

FRANCISCO SOL - Arte de reciclagem por Veronica Maria Mapurunga de Miranda  - Janeiro de 2021 Oferenda.

Biscuit sobre embalagem de detergente de pia e pintura.

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Francisco de Assis chorava nas cavernas porque o "amor não era amado", porque as pessoas lutavam por interesses torpes, para ter poder sobre os outros e retirar todos os seus direitos. Quando seu próprio pai que visivelmente explorava, em condições sub-humanas, uma quantidade de pessoas que não tinham como viver, utilizando para isso, leis e direitos que exploravam e abusavam do ser humano, humanos que ele reconhecia como "irmãos", ele começou a querer mudar a direção daquelas atitudes em sua própria casa.

Seu pai respondeu-lhe que ele não fizesse isso porque estava indo contra aquilo que lhe sustentava. Segundo o pai ele dependia dele economicamente. Francisco de Assis, então, em um ato corajoso, que qualquer um juraria que era loucura, despiu-se das roupas que vestia e ficou nu, assinalando que não aceitava mais nada daquela relação espúria, feita encima do aprisionamento das pessoas, sob condições materiais injustas.

Seu ato corajoso, justo, humilde e firme com seus propósitos, que eram maiores que a vida que seu pai levava e queria para os outros, reverbera até hoje, quando pensamos no que seja família verdadeira e fraternidade. Francisco de Assis questionava radicalmente princípios em que a sociedade de então, materialista e desviada dos verdadeiros princípios cristãos, inclusive sua família, estavam inseridos. Em outras palavras ele disse: Faça o que quiser, mas não me use para suas artimanhas e injustiças. Estou nu, sem nada seu, mas livre de suas influências malvadas e injustas, de sua materialidade que aprisiona as pessoas em um poder maldito.

Seu ato de se livrar de todas aquelas máscaras doentias de família, que não serviam a ninguém, e ficar "nu", que significa ficar em sua verdade, é algo importante para todos que iniciam um caminho de autodescoberta, de regeneração e de volta à sua verdadeira casa e que precisam mirar.

A mensagem de Francisco de Assis é para todos. "Onde houver erro que eu leve a verdade, onde houver trevas que eu leve a luz." Somente com a compreensão verdadeira dos fatos e de nossas confusões mentais e de vida podemos ir adiante.


Veronica Maria Mapurunga de Miranda. 08.05.2019
 

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NOS AMEMOS!

APRESENTANDO: NOS AMO

https://www.youtube.com/watch?v=39HeoaEVIeM

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 Demorei um pouco a publicar aqui o link deste documentário. Esperava poder traduzi-lo, mas não o consegui em tempo. Serve, contudo, para os  que falam e entendem espanhol. Alguém mais pode traduzi-lo ou colocar legendas em português. É importante e vital. Um tema essencial para quem chegou a 2021. Reflexões básicas para o “daqui pra frente”. Aprender a amar e enfrentar as feridas, aprender a amar e vencer os padrões inculcados, aprender a amar e sentir o outro e reconhecê-lo em nós mesmos. Aprender a amar e  transcender os conflitos e encará-los,  em vez de evitá-los. Aprender a ser criativos para criar e recriar nossas vidas. Ser receptivos e assertivos, comunicativos, de uma comunicação para os tempos que se anunciam e que solicitam mais conexão. Precisamos entender a importância dos vínculos afetivos, da relação com o outro. AMAR É A ÚNICA FORMA DE SOBREVIVERMOS NESTE PLANETA. Estamos começando a compreender a razão de nossas existências e nossa interdependência como seres humanos autônomos.  E é em direção a isso que estamos indo. Gratidão a todos que fizeram este belo documentário.

Verônica Maria Mapurunga de Miranda 05.01.2021
 
 

 

O Sol Feminino chegando e solicitando acolhimento...

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TRAZENDO O SOL FEMININO /DEZEMBRO DE 2020

 Arte de reciclagem por Veronica Maria Mapurunga de Miranda- Oferenda -Embalagem de água sanitária, epóxi e pintura. Serve como floreira: para buquês de flores ou ervas.

 Dezembro de 2020

PORTANDO O SOL FEMININO/DEZEMBRO DE 2020

 

 Arte de reciclagem por Veronica Maria Mapurunga de Miranda - Oferenda - Embalagem de suco de uva, epóxi e pintura. A parte superior é uma tampa que se pode abrir e preencher o vidro. Portou também chocolates.

Dezembro de 2020
 

AMOR E CRIATIVIDADE

Ainda com a luz do sol sobre nós (e agora mais forte no hemisfério sul) imprimindo a transparência que veio trazer ao ano de 2020, a busca por nossas verdades verdadeiras, chegou essa imagem (oferenda-um presente) que é um eflúvio da deusa Vênus e do planeta Vênus que se aproximam para o próximo ano astrológico de 2021. Ela traz amor e criatividade. É arte de reciclagem feita sobre garrafa de água sanitária, com epóxi e pintura. Em seu interior o vazio, que a torna uma floreira, porque ela também vem trazendo uma flor, para que possamos florescer. Só depois eu percebi que a embalagem de água sanitária significa que é necessário estar limpo e verdadeiro para poder receber o amor e a criatividade. Na foto by me, está com ramos de manjericão, mas poderão ter outros buquês de plantas aromáticas ou flores. Com desejos de amor e criatividade para fazer o próximo ciclo. Arte e texto por Verônica Maria Mapurunga de Miranda –. Novembro de 2020
 

COMEMORANDO E CANTANDO OS NOVOS VENTOS DA DEMOCRACIA

Veja também: https://pt-br.facebook.com/www.artesaniasdeveronicamiranda.com.br/videos/880331292720775/

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Estamos em tempo de mudanças. As canções anônimas e antigas, como as dos reizados, guardadas profundamente em nossas recordações expressavam uma cultura que dividia até as plantas, reconhecendo aquelas que eram de uma cultura ocidental e por isso aceitas e aquelas que eram muito usadas pelas culturas afros, por exemplo, em seus rituais e que eram consideradas menores ou mal consideradas.

No reizado antigo separavam rosa e cravo do manjericão.

Ô de casa, ô de fora
Manjerona quem está aí
É o cravo é a rosa
é a flor do Bulgari.
Esta casa está bem feita
Por dentro e por fora não.
Por dentro cravos e rosas
Por fora manjericão.

Os tempos são outros e a energia do manjericão nos leva ao amor e à verdade . Quem os canta, canta também o amor e a transparência, almejando a verdade. E esse já é um reconhecimento em quase todas as linguagens espirituais . De sorte, que com licença poética vou fazer uma pequena modificação no reizado. Que sirva para as próximas gerações.

 Ô de Casa, ô de Fora,
Manjerona quem está aí.
É o cravo, é a rosa
É a flor do Bulgari.
Esta casa está bem feita
Por dentro e por fora estão
Nossos cravos, nossas rosas
E os ramos de Manjericão.

Já não há motivos para separações. “Fratelli Tutti”

Verônica Maria Mapurunga de Miranda - 12.11.2020

 
 

SENHOR FAZEI-ME INSTRUMENTO DE VOSSA PAZ!

Escultura em garrafa reciclada com porcelana fria. FRANCISCO PAZ Dezembro/2018.

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Em tempos de festas religiosas de Francisco de Assis, coloco aqui para reflexão o seu significado como arquétipo e símbolo da humanidade. O que ele foi, porque nunca pertenceu de fato aos quadros da Igreja. Foi um cristão puro e renovador, que detestava as instituições que enclausuravam a verdadeira espiritualidade e corrompiam as pessoas. Ele é, assim, mestre ou luz para muitos que não pertencem à nenhuma religião. Vivemos um tempo de questionamento das religiões, da sociedade e cultura e a voz e simbologia de Francisco de Assis ainda emergem do inconsciente coletivo mais profundo, tentando resgatar a pureza dessa tradição espiritual e trazendo questionamentos.Sempre ao lado da Dama Pobreza e dos que necessitam ser incluídos em uma sociedade e sistema de tremendas desigualdades sociais, econômicas e culturais. Sua consciência cósmica o colocou em permanente comunhão com a natureza e comunidade da vida. É um símbolo de integração que nos revisita sempre. Para isso ele veio e vem sempre. Que não percamos a oportunidade de refletir sobre isso. Não esqueçamos também que em épocas de retirar as vestes e deixar as máscaras, que "o hábito não faz o monge, às vezes é preciso dele desfazer-se.".

Veronica Maria Mapurunga de Miranda. 01.10. 2018

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Francisco de Assis foi e tornou-se um caminho, uma via de amor e não de religião. Se sua via de amor, fraternidade, comunhão com a natureza, sentimento cósmico inspiram pessoas, religiões, filosofias, artes, ela aponta também para a necessidade de quebra de barreiras entre os seres humanos e a comunidade biológica e espiritual da terra. Se hoje Francisco estivesse aqui na terra poderia estar em qualquer comunidade de povos, em qualquer tribo da floresta ou urbana que abraça o arco-íris e seu caminho e bandeira de paz, amor, comunhão, sintonia, tolerância, transformação e rebeldia com o que é desumano e contra a vida. Francisco é uma imagem de amor mais puro que não se deixa aprisionar e que é possível se buscar, do amor que é possível vivenciar em ensinamentos ancestrais ou outros e que nos faça nos religar ao nosso eixo e eixo do mundo, ao sentimento cósmico, que nos faça cosmonascer. Que venha do mais puro amor para nos brindar com a vida!

Veronica Maria Mapurunga de Miranda -25 de setembro de 2016

 Veja a escultura de Francisco Amor -2003 - Coleção Via Amor:http://www.veronicammiranda.com.br/Franciscoamor.htm

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NOS CAMINHOS DA AMPLIAÇÃO DE CONSCIÊNCIA O SER HUMANO NÃO É EXPERIÊNCIA DE NINGUÉM, MAS SUA PRÓPRIA EXPERIÊNCIA, COM TODO O SEU ESPECTRO E RIQUEZA, QUE É ÚNICA E SINGULAR NO TODO E PARA O TODO. 28.06.2020. Verônica Maria Mapurunga de Miranda

 

BONSAI (http://www.veronicammiranda.com.br/bonsai.htm)

UNICIDADE
ASSIM É...O ESPÍRITO DAS COISAS EM TODOS OS LUGARES. DO GRANDE AO PEQUENO A BELEZA E INTEGRIDADE DE SER.
AQUILO QUE É UMA MEMÓRIA DO TODO É AO MESMO TEMPO SINGULAR. EM ÉPOCA PARADOXAL URGE ENTENDER QUE DESCOBRIR A UNICIDADE NOS TORNA TAMBÉM CONTRIBUINTES ÚNICOS DE UMA REALIDADE TOTAL E UNIVERSAL.

Cuidar, respirar, feminizar!

http://www.veronicammiranda.com.br/planetagua.htm

Deixamos a Terra sem poder respirar, com suas águas sufocadas por dejetos, com seus ares sufocados por fumaças de incêndios e por poluição. Colocamos abaixo seus respiradores naturais e verdejantes, ceifando todas as árvores. Criamos sistemas verticais e autoritários sem lugar para a intuição e sem sentir seu coração e pulso. E esquecemos que se ela não respira não podemos respirar. A COVID-19 ataca a respiração, o pulso da vida, mostrando o que passam a terra, os animais, as plantas, as águas. Se fazemos parte do sistema Terra por que também não seríamos atacados no sistema respiratório? Ainda temos tempo. Vamos nos salvar, salvando o sistema Terra. Veronica Maria Mapurunga de Miranda. 24.03.2020
 

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CORAZÓN- Clique e veja.

 

 
QUE TODOS POSSAM RENASCER E FLORESCER PARA UM NOVO CICLO EM 2019! BOAS FESTAS!

 
 

MADRE AMIGA 

CLIQUE E VEJA COM DETALHES E COM A POESIA NA SEÇÃO POESIA :MADRE AMIGA

 

por Verônica Maria Mapurunga de Miranda. 12.05.2018

MADRE AMIGA - TRABALHO EM EPÓXI SOBRE FRIGIDEIRA DE METAL 

  

MÃE  TERRA

MÃE TERRA - POR VERONICA MARIA MAPURUNGA DE MIRANDA -2001

http://www.veronicammiranda.com.br/maeterra.htm

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Porque a Mãe Terra precisa de nós e nós necessitamos da Mãe Terra. Espelho maior de todas as mulheres mães e potencialmente, psicologicamente e espiritualmente mães. Mãe das mães que tiveram crias, mãe das mães e não mães que tiveram que se tornar suas próprias mães, mulheres que se tornaram mães de outros sem mães, mães de filhos deserdados. Mulheres geradoras de vidas, mulheres que acalentam o mundo, mulheres criadoras - mães do mundo, mulheres que se refletem no espelho da Mãe Terra e ajudam na viagem interior, no cuidado, no amor, na ternura, na coragem de levar ideais adiante e de escavar até chegar na Terra Preta que nos gerou. Mãe Terra nosso arquétipo maior nos consagre mães geradoras e matriz do futuro próximo, das vidas que têm que nascer e renascer, das novas vidas que temos de levar na viagem a um mundo profundo e um mundo de luz, carregando a tocha da liberdade. Ave Mãe Terra!

Verônica Maria Mapurunga de Miranda - 10.05.2015
 

FELIZ 2018 !

Queria aproveitar a ocasião do encerramento de ciclo, do que se vai, 2017, para agradecer. Minha gratidão para todos que estiveram comigo em pensamentos, atos e apoios, considerando-me uma irmã planetária, uma conterrânea, uma amiga, uma parenta e me ajudando a cumprir minhas missões, meus sonhos. E que de forma carinhosa albergaram minhas fragilidades de humana caminhante e me deram luz para continuar.

     A todos que estamos de mãos dadas, ainda que de forma sutil, trilhando as sendas do coração, ajudando-nos a pensar e sentir para nós e para uma coletividade, para os destinos comuns que temos que enfrentar.

     Para aqueles e aquelas que me ajudaram a me tornar mais firme nos meus propósitos, questionando-os e provando minhas capacidades de guerreira, fazendo eu ir a fundo e descobrir verdades até então ocultas, para poder seguir meu caminho verdadeiro e aprender.

     Para aqueles e aquelas que apesar de viverem com dificuldades seus próprios processos foram capazes de dar um passo para ajudar o próximo e nesse ato me envolveram.

     Obrigada por compartilhar comigo o mesmo ar, a mesma natureza, a mesma energia vital, a mesma nave que nos leva e que nos torna um, apesar da diversidade.

     Obrigada ao irmão sol, à irmã lua, à mãe terra e natureza, ao grande espírito, por respirar e existir, compartilhar e poder evoluir nas oportunidades de cada ciclo e aprendizagem.

     Gratidão! Feliz 2018!

                 Veronica Maria Mapurunga  de Miranda - 31.12.2017

SAUDANDO E CELEBRANDO O FEMININO

VER MAIS EM: https://www.facebook.com/pg/www.artesaniasdeveronicamiranda.com.br/photos/?tab=album&album_id=1517917478286443

https://www.facebook.com/pg/www.artesaniasdeveronicamiranda.com.br/photos/?tab=album&album_id=1528728657205325

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O FEMININO EM FLOR-DEZEMBRO/2017

 

 

 
 

CELEBRANDO O FEMININO-DEZEMBRO/2017 

  
 

 

------------Arte por Veronica  Maria Mapurunga de Miranda----------------

FELIZ 2017 !

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Vamos participar dessa campanha! O CTASP antigo Patronato Tenente Ângelo de Siqueira Passos é um símbolo da educação em Viçosa do Ceará. Para que continue cumprindo suas funções integradoras da comunidade local e educativas sua manutenção e reformas são necessárias. Veja no link a importância do Colégio Tenente Ângelo de Siqueira Passos que já sobreviveu a ameaças de fechamento.

                                                                         http://www.veronicammiranda.com.br/memoria.htm

 

    Semana de Lutas pelo Plebiscito Constituinte. De 9 a 15 de Novembro de 2014. Hoje, 13 de novembro é dia nacional de luta pelo Plebiscito Constituinte. Participe e apóie essa luta de todos os brasileiros. Vem pra rua. ‪Veja abaixo:
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    Que Reforma Política nós queremos? Há dois projetos em tramitação no Congresso Nacional. Um que é uma PEC (Projeto de emenda Constitucional) reunindo projetos de deputados já existentes no Congresso que seria votado pelo próprio congresso. E o outro é o projeto encaminhado por mais de 7.500.000 de pessoas do país que através de um Plebiscito Popular votaram SIM para uma Reforma Política através de uma Assembléia Constituinte Exclusiva e Soberana . Esse projeto pede a oficialização de um Plebiscito para a população responder: Você é a favor de uma Constituinte Exclusiva e Soberana para a Reforma do Sistema Político? Sim ou Não. Caso seja aprovado esse último projeto pelo Congresso Nacional teremos a oportunidade de decidir se queremos ou não um Assembléia Constituinte para fazer a Reforma Política e se o resultado for maioria SIM teremos uma Reforma Política de acordo com os representante dos vários setores da sociedade, que hoje infelizmente não estão representados no Congresso.

    A população brasileira não está representada no atual Congresso e por isso não pode entregar a Reforma Política para os atuais deputados e senadores. É necessário que para essa finalidade seja realizada uma Constituinte Exclusiva, com delegados dos vários setores da população.Vamos apoiar o Plebiscito Constituinte para a reforma política. Essa é a proposta de 7.500.000 de pessoas, de mais de 185 deputados que assinaram a proposta e atualmente é projeto apoiado também pelo governo federal. Mas há oposição de vários deputados e senadores que não querem uma Reforma Política ampla, para continuarem com os privilégios de alguns poucos segmentos e minoria da população. São mais de 450 entidades e organizações e um grande número de comitês do Oiapoque ao Chuí articulando e lutando pelo Plebiscito Constituinte. Apóie as ações dos Comitês. Junte-se a nós pelo Plebiscito Constituinte Já! Agora é Oficial.

                Verônica Maria Mapurunga de Miranda - 09/ Novembro 2014

DEPOIS DO PLEBISCITO POPULAR A LUTA CONTINUA! AGORA É OFICIAL

Veja mais em : www.plebiscitoconstituinte.org.br

http://www.reformapolitica.org.br/

https://www.facebook.com/PlebiscitoPopularConstituinteVicosadoceara

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ARCANJO 2014

 

TERRA BRASIL...AVANTE!

CLIQUE AQUI E VEJA

Veja também:  UNIMULTIPLICIDADE

Do Mal Conseguia Energias para Viver ou Círculo Vicioso.   Clique e veja
 

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SOCORRO!!! HELP!!!

(Exercício de Sensibilização)

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SOCORRO!!! HELP!!! PARA TODOS NÓS QUE FOMOS ESQUECIDOS.

VOCÊ COM UMA CANETA NA MÃO QUE VAI ASSINAR UM CONVÊNIO

JA PENSOU EM QUANTAS PESSOAS DEPENDEM DELE?

QUANTAS BOCAS DESESPERADAS E QUANTOS  ENDIVIDADOS ESTÁ CRIANDO COM UMA MÁ "CANETADA"?

VOCÊ FUNCIONÁRIO DE UMA INSTITUIÇÃO

PERCEBEU QUANTAS INVERDADES FALOU LUDIBRIANDO PESSOAS DECENTES

PENSANDO EM VOCÊ SOMENTE, NA PRESTAÇÃO DO BEM RECÉM-ADQUIRIDO

E NOS ACORDOS CORPORATIVISTAS?

ESQUECEU QUE OS OUTROS TAMBÉM SÃO "FILHOS DE DEUS",

PRECISAM DE TRABALHO E RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS COLETIVOS?

VOCÊ QUE TEM FAMÍLIA E FAZ PROPAGANDA DISTO

COLOCANDO-A COMO UM BEM MAIOR,

MAS NA HORA DE SOCORRER UM FAMILIAR

MESMO TENDO DINHEIRO E BENS, CONTA OS CENTAVOS E SE ESCONDE.

APROVEITA PARA MITIGAR OS ÓDIOS FAMILIARES E HUMILHA.

VOCÊ LÍDER ESPIRITUAL QUE SÓ FALA DO BEM,

 MAS SÓ AJUDA OS SEUS, SUAS OVELHAS E COMANDADOS.

POR ELES E SEUS "IDEAIS" ESQUECE A ÉTICA, É CAPAZ DE MENTIR

E PREJUDICAR PESSOAS DECENTES, QUE NÃO MERECEM.

VOCÊ BUROCRATA DE INTERESSES ESPÚRIOS

QUE PERSEGUIU ALGUÉM SOMENTE PARA MOSTRAR PODER E GANÂNCIA.

VOCÊ QUE É GOVERNANTE E ESQUECE A COLETIVIDADE

PARA AGRADAR AOS SEUS PARES

NÃO ESQUEÇAM :

TUDO É IMPERMANENTE 

E AMANHÃ PODE SER A VEZ DE SUA NECESSIDADE.

 

VERÔNICA MARIA MAPURUNGA DE MIRANDA- JANEIRO/2014

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 SOL DE VERÃO - PACHAKUTI 

Clique e veja!

         CLIQUE  AQUI  PARA VER AXIS.

Para refletir....Vídeo de Valdenir Munduruku. Clique aqui e veja:

Há um tempo atrás escrevi essa crônica, válida para o momento atual. Uma lembrança dos Terena, uma lembrança dos povos originários do território brasileiro, uma lembrança de Abya Yala onde temos raízes fincadas, uma lembrança do momento que vivemos que é de reconhecimento dos povos e seus direitos se queremos partir para a construção de uma nova civilização latino-americana. Fazer nossa parte não é somente exercer nossa profissão, mas tomar consciência de que somos um fio na tessitura maior e enquanto vivos um fio importante. O que fazemos, dizemos, contribuímos, pensamos e projetamos tem importância para o todo e para as resoluções coletivas que necessitam ser tomadas no país. Clique e leia:

http://www.veronicammiranda.com.br/cronibloggp.htm
 

Clique  aqui e veja a tragédia do povo Guarani-Kaiowá de Pyelito Kue/Mbarakay-Iguatemi-MS

Leia também: Kaiowá Guarani - Decretos de extermínio

Leia e divulgue, faça sua parte!
 

Frase do dia:

"Cada um de nós compõe a sua história e cada ser em si carrega o dom de ser capaz e ser feliz."

Renato Teixeira e Almir Sater

Diz um ditado antigo, sem lugar e tempo, que "a mentira tem pernas curtas". A pior viagem que um ser humano pode fazer é enganar a si e aos outros a respeito do que é. Cada ser humano é belo e traz uma luz preciosa para levar diante de si, iluminando os caminhos. O custo e o preço disso é enfrentar as muitas capas e carapaças que cada um carrega. Para não pagar nenhum preço e ter vida fácil muitas pessoas preferem copiar a vida dos outros, invejar, se meterem no caminho dos outros e não buscarem os seus próprios dons e talentos que têm para serem felizes e contribuir com a vida, pensando que vão se dar bem. Não preciso dizer que o caminho de alimentar as carapaças é um caminho sombrio e que intoxica a pessoa e o meio em que vive. Pessoas que escolhem esse caminho somente "dividem", não compartilham.  Somente desagregam para ganhar algo para si mesmo, porque são pobres por dentro. E quando "dividem" o fazem com aquilo que não é seu. Não descobriram seus dons, seus talentos, sua luz interna e precisam gananciosamente buscar dinheiro, status social e exterioridades para luzir para os outros, para compensarem sua pobreza interna. Somos pobres internamente quando não descobrimos nossas próprias riquezas. Quem é cúmplice dessa situação deve estar na mesma sintonia. Para compor a nossa história verdadeiramente temos que fazê-lo com nossos dons e talentos que carregamos e nosso esforço próprio, buscando a capacidade de ser feliz. Descobrindo isso não é necessário querer ser outro, porque vai gostar de si mesmo. Roubar trabalho e conseqüentemente esforço e talento de outros para se dar bem, a curto prazo pode parecer interessante, porque não necessita esforço e nem trabalho. Mas como a mentira tem pernas curtas, um dia toda a verdade aparece. Um dia, às vezes por caminhos tortos, cada pessoa tem que se encontrar com sua própria verdade. A frase dessa canção bela é simples e profunda porque encerra a verdade profunda de cada pessoa, de cada história, daí ser importante aproveitar a oportunidade e quando a cantarmos sempre refletir sobre o seu verdadeiro significado.

Verônica Maria Mapurunga de Miranda - 06.10.2012

      Clique e acompanhe o meu canto com essa canção já há algum tempo.

Caminhantes

Veja  também: www.veronicammiranda.com.br/cronibloggj.htm

DECLARAÇÃO INDIGENA DO BRASIL RIO+20 - ACAMPAMENTO TERRA LIVRE (ATL)

Clique AQUI e leia

Manifesto assinado por nomes de peso no cenário nacional e internacional e várias instituições e associações indígenas pedem políticas públicas para os povos indígenas, efetividade nas demarcações de suas terras, julgamento urgente das causas indígenas e rejeição à PEC 215. Clique na imagem e dê o seu apoio a essa petição pública. Divulgue esta causa.

 

   Raoni - Petição contra BELO MONTE -Clique e Participe!   

    Petição Conga no Va - Agua sim, ouro não.(Cajamarca Peru)          

 Clique e veja:

PATAXÓ HÃ-HÃ-HÃE - A RECONQUISTA DA TERRA

Clique e Leia

Carta Denúncia - (Direito de Resposta)

DO PRAZER DE FAZER UM SITIO SOBRE ARTE E CULTURA E DO DESGOSTO DE VÊ-LO

COMPILADO E CONSPURCADO POR COPIADORES PROFISSIONAIS

CUIDAR DA TERRA

PLANETA ÁGUA - POR VERÔNICA M. MAPURUNGA DE MIRANDA - DEZ.2001

PLANETA ÁGUA - POR VERÔNICA MARIA MAPURUNGA DE MIRANDA - DEZ.2001 -VIDE TERRA NA SEÇÃO  MOMENTOS

PORQUE A "MADRE TIERRA" NECESSITA DE NÓS E NÓS NECESSITAMOS DA "MADRE TIERRA".

Fotomontagem por Verônica M. Mapurunga de Miranda -Out/ 2004

Sobre foto da Isla de Alacran -Arica -Chile -2004

Lançamento

  O sistema misto de produção nos assentamentos rurais do Ceará:Organização e experiências camponesas

Veja mais no link:

 http://livroassentamentosruraisdoceara.blogspot.com
 

Clique e veja também: JÓIA
 

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Sol e Lua
     

Sol e Lua - Escultura por Verônica Mapurunga de Miranda - Outubro/novembro de 2003

  
   

 

 

Que venha do mais puro amor

nos brindar com a vida.

Para dançarmos os ritmos da Terra,

cantando a natureza.

Para nos iniciar nos mistérios

que trazem os milagres da vida.

Para  caminharmos

por trilhas alegres e infindáveis,

sem pressa e tempo de chegada.

Para unirmos o dentro e o fora,

o corpo e o espírito, o céu e  a terra,

a água e o fogo, a natureza e o sublime,

no abraço de corações.

Que seja também do ar,

mas que seja do Sol e  Lua

para anunciar tempos novos.

****

Verônica Maria Mapurunga de Miranda

30.12.2007

 

  

SOL E LUA - ESCULTURA POR VERÔNICA MARIA MAPURUNGA DE MIRANDA

OUTUBRO/NOVEMBRO DE 2003 (VIDE GALERIA e  na seção POESIA)
 

LLeia, agora na seção Cultura

- FALE COM ELES (Um olhar sobre a cultura)
 

  • junho de 2013 - As marchas chegaram ao Brasil: um ciclo que se fecha, o grito ancestral, as cidades malvadas.

VEJA NA SEÇÃO CRONICONTO :

FACEBLOG : CURTAS DO FACE
 

VEJA NA SEÇÃO CRONICONTO EM CRONICANDO SOBRE A CIDADE E CIDADANIA

AS PONTAS DO ICEBERG DA VIOLÊNCIA COTIDIANA
 

VEJA TAMBÉM NA SEÇÃO CULTURA:

A POESIA E O MAR
 
 

Veja na seção Galeria, em Coleções, a escultura  Unimultiplicidade
 

Quien dijo que todo está perdido
Yo vengo a ofrecer mi corazón
Tanta sangre que se llevó el río
Yo vengo a ofrecer mi corazón

No será tan fácil ya sé qué pasa
No será tan simple como pensaba
Como abrir el pecho, y sacar el alma
Una cuchillada de amor

Luna de los pobres siempre abierta
Yo vengo a ofrecer mi corazón
 ...

Excerto de Vengo a ofrecer me corazón -

De Fito Paez - 1996

PALAVRAS QUE FICAM

Clique e veja:

 

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