Já não quero saber de reflexos, nem de espelhos. Ali onde tudo parece igual ou único busco mais a inspiração.

 

   

 ONDE HOUVER ERRO QUE EU LEVE A VERDADE

 

ARQUIVOS

Francisco Verdade : Broche de Parede em Cimento Branco. Criação de Verônica Mapurunga de Miranda. Março 2004

 

.Pra não dizer que não falei de flores no inverno -16.04.2007

.Os Diamantes são Eternos -18.03.2007

.Aprender -01.02.2007

.Guacamole de Ano Novo ... -15.01.2007
.Árvore de Natal II -29.11.2006

Francisco Verdade : Broche de Parede em Cimento Branco. Criação de Verônica Mapurunga de Miranda. Março 2004

  .Minha Árvore de Natal...- 17.11.2006

  .Porque Cantar é preciso...-21.11.2006

Tudo o que vai, volta...Lei de Causa e Efeito, Bumerangue ou Deus é Grande!

  .Mulher Quente?-21.10.2006  

Noutro dia falei sobre os diamantes ou pessoas diamantes. Sim, elas existem. E sem querer cair no maniqueísmo de que algumas pessoas são totalmente boas e outras são totalmente más, há que se reconhecer que algumas pessoas através do autoconhecimento, do esforço e desenvolvimento pessoal, do conhecimento e respeito por algumas leis básicas e universais conseguem despertar para um nível de consciência mais ampla.

E como contrabalanço, nessa vida de mortais onde somos feitos de argilas mais ou menos parecidas, e daquilo "que nos suja e nos transfigura", como diz o poeta, temos também aquelas pessoas que vivem para o gozo negativo de fazer dano às pessoas, de bloquear os caminhos, de empestar os ambientes, de espalhar a cizânia e a mentira, de enxovalhar a vida dos outros, de se esconder sob muitas  meias verdades e de atuar sobre os pontos negativos daqueles com personalidades mais fracas e influenciáveis.

Não preciso dizer que essas pessoas não gostam muito de si mesmas e muito menos dos outros. O prazer negativo é o seu esporte preferido. Sim, são todas pessoas dignas de compaixão. Procuramos então tolerar essas pessoas, mas não temos porque tolerar o mal. E ainda que admitamos que não podemos sair com uma rede de pegar  borboletas "caçando o mal", o nosso silêncio diante dessas maldades cada vez mais modernas e requintadas - e ainda quando temos condições de atuar e evitar que certos males aconteçam para as pessoas envolvidas -calar e não fazer nada significa "cumplicidade".

Isso pode até parecer pouco moderno ou pós-moderno-onde as pessoas acham que tudo que se refere ao mal é interessante, porque o vêem como uma mera fantasia, ou algo não cristão, niilista e o escambau, ou pressupondo que o mal e o bem não existem de fato. É bom esclarecer que muitas dessas posições muitas vezes são o resultado  de leituras mal digeridas de filósofos  e pensadores em geral,  e não têm muito a ver com a práxis dessas pessoas. Muitas delas até tentam, mas não conseguem ser tão más assim. E esse é  o problema, a consciência balança.

Há uma parte de sua consciência mais universal que elas não controlam, apesar de dizerem que tudo acontece segundo suas vontades. É como o criminoso que volta várias vezes ao lugar do crime. Acabam deixando pistas de seus erros, de suas maldades, enredando pessoas que não teriam porque se envolver com seus erros, empestando seu entorno e a vida das pessoas.

 Na linguagem dessas pessoas tudo é energia e tudo é justificável, assim, como mera energia. Um crime qualquer, um roubo realizado por um ladrão vem da  mesma fonte que uma obra de arte. Pode até vir, mas o que se faz com essa energia dá o tom, a qualidade e o sentido do que é humano. Por isso falamos de ética, falamos de valores. Ainda que haja uma ética profunda e que valorize os seres vivos e a criação como um todo, eu sei e você sabe, já que a vida quis assim, - como cantava Vinicius - que eu e uma onça temos sentidos de ética diferentes...Principalmente se estivermos na floresta (rss...rss).

Mas esquecendo, por enquanto, o resto da criação e se preocupando só com os humanos a questão complica um pouco mais, pois querendo ou não trata-se de uma consciência mais complexa. Uma das complexidades é ter consciência de si mesmo, mas ao mesmo tempo ter consciência somente de uma parte, já que nós humanos em sua maioria no planeta nos alienamos de muitas  de nossas capacidades e instintos, e por isso ficamos ignorantes em alguns aspectos.

Custa, portanto, a muitos humanos entender que como tudo na vida tem um preço, o prazer negativo também tem. A lei básica e universal que trata disso é a antiqüíssima lei de causa e efeito, ou lei do bumerangue, ou ainda se você é cristão mas não sabe o significado, porém já ouviu dizer: Deixe pra lá, Deus é grande! Em outras palavras essa lei encerra: tudo o que vai, volta ao ponto de partida...E o que sobe, desce (opa, essa é parecida com a lei da gravidade!).Portanto, não vamos pensar que a diversãozinha barata e até um certo ponto inconsciente do prazer negativo de alguém sobre as pessoas e coisas do mundo e natureza não tenha um preço pesado pra ela e um retorno muitas vezes breve.

Além disso,  a outra lei que diz que tudo é impermanente, pode completar esse preço, pois como diz a canção popular o que será do amanhã eu não sei. Essas leis antiqüíssimas e consideradas leis universais e princípios cósmicos deixaram de ser importantes historicamente quando a razão foi entronizada como rainha de nossas culturas e vidas. Até aí nada mau, já que para o próprio desenvolvimento humano ela era necessária. A necessidade de diferenciação da consciência e da superação de instintos primários, considerando que antes disso, para resolver qualquer problema cotidiano da vida os seres humanos tinham que recorrer à Deusa, aos deuses e a Deus depois do monoteísmo cristão, era realmente necessária para sua "caminhada evolutiva". Este último (monoteísmo cristão) por sua vez, já traz a idéia da superação desses instintos. Só que resolveu acabar com todos e a natureza passou a ser maléfica na separação do bem e do mal e no estabelecimento sim, de um maniqueísmo profundo.

Afastando a natureza e suas forças da vida das pessoas inicia-se o tal "processo civilizatório" estudado hoje de muitos ângulos e por muitos pensadores. Afastar as forças instintivas, domá-las para o bem, para a sociedade e cultura não resolveu os problemas, apesar de que por alguns séculos houve a ilusão de que o mal puro e flagrante tinha diminuído.

Estamos novamente voltando ao ponto de origem, já que tudo retorna sobre a terra. O tema mais palpitante dos pesquisadores e ativistas do mundo inteiro é a violência. Apesar de todo o esforço da civilização, a natureza exige compensações e esses instintos estão cada vez mais à flor da pele. Essa é a época, como diria Carl Gustav Jung, para se conhecer cada homem primitivo e indomável que nós os civilizados carregamos. Primitivo aí não se refere à indígenas, ou tribal, como se pensa com freqüência, mas àquela parte nossa instintiva não muito conhecida pela consciência.  E a compreensão dessas leis universais e cósmicas são, portanto, cada vez mais necessárias. Quem ainda não percebeu a importância dessas leis e de fluir junto com elas, tire um tempinho pra pensar e analise o seu cotidiano, os fatos do seu dia. É necessária a compreensão e a consciência de que você está cumprindo a sua parte em relação aos outros, a você e ao todo.

 Para cada maldade que você fez, você já pode ter recebido o troco ou ele está lhe esperando na esquina. Para cada meia verdade ou tentativa de enganar alguém ou a si mesmo, e bancar o esperto, você poderá ter uma resposta desagradável. Cometer erros para consertar outros não resolve. A transparência é também condição necessária para fluir. Nas tentativas de enganar os outros e a si, tirar vantagem sempre e ser esperto, você pode encontrar alguém mais esperto ou até sábio, e sua ação não vai funcionar  e pode retornar de uma forma horrível para você. Acredite, aquela justiça que não se faz nos fóruns judiciais brasileiros está cada vez mais se fazendo de outras formas.Tentar impedir ou obstaculizar processos e necessidades que são coletivas é pior ainda. Pois a resposta é de uma consciência maior e coletiva.

Não estou pregando a acomodação, por favor! Vamos continuar reclamando por justiça, já que a existente realmente deixam os cidadãos e cidadãs cada vez mais desamparados neste país.  Estou só dizendo que viver no fluxo e não se esconder de si mesmo é a nova onda. Vale a pena experimentar. Aqueles que vivem impedindo os outros de viverem, na sua maldadezinha cotidiana e medíocre, obstaculizando a vida das pessoas por inveja, competição, sede de poder que engorda e deixa balofo, aqueles que não se incomodam com o mal ou sofrimento que estão injustamente e egoistamente impingindo aos outros podem ter essa nova opção.

Você pode ter certeza que agindo de acordo com essa lei, de causa e efeito, você viverá muito melhor...E não fará tanto dano aos outros. Vai descobrir que nunca estará sozinho, mesmo no deserto, em alto mar ou no interior da floresta.Quanto à dificuldade de ter prazer positivo você verá que quando você for capaz de fazer algo de bom por alguém, sem pedir um suborno ou favor em troca, ou sem  terem que lhe pagar adiantado por isso, você vai se amar mais e poderá se curar.  Não é uma solução das "Organizações Tabajaras", mas nossos ancestrais já a conheciam e dava certo.

 

 

.O Amor Tudo Pode-20.10.2006

 
   
   
   
   
   
   
   
 
   
   
   
   
   
Verônica Maria Mapurunga de Miranda  

Dia Comum (23) 

Junho de 2007

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