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Meu Vô Apolinário: Memórias Ancestrais

 

Palavras de Vô Apolinário - Fragmentos do livro Meu Vô Apolinário: um mergulho no rio da (minha) memória de Daniel Munduruku

Fotomontagem:  Ancestralidade - Criação de Veronica M. Miranda - Abril  de 2007

 

(...) Os pássaros são porta-vozes da mãe natureza. Eles sempre nos contam algo. Do futuro ou do presente. O canto do pássaro pode ser um pedido para que você aja com o coração. Sonhar com um pássaro significa que uma presença ancestral está mostrando sua força.(...) p.32


(...) "Você viu o rio, olhou para as águas. O que eles lhe ensinam? A paciência e a perseverança. Paciência de seguir o próprio caminho de forma constante, sem nunca apressar o seu curso; perseverança para ultrapassar todos os obstáculos que surgirem no caminho. Ele sabe aonde quer chegar e sabe que vai chegar, não importa o que tenha de fazer para isso. Ele sabe que o destino dele é unir-se ao grande rio Tapajós, dono de todos os rios. Temos de ser como o rio, meu neto. Temos de ter paciência e coragem. Caminhar lentamente, mas sem parar.Temos de acreditar que somos parte deste rio e que nossa vida vai se juntar a ele quando já tivermos partido desta vida. Temos de acreditar que somos apenas um fio na grande teia da vida, mas um fio importante, sem o qual a teia desmorona."(...) p.30 -31


 

(...)"Tem coisas que nunca iremos saber porque nossa vida é curta. Só que elas estão escritas na natureza. As angústias  dos homens da cidade têm seu remédio na terra  e eles olham para o céu. Quem quiser conhecer todas as coisas tem que perguntar para nosso irmão fogo, pois ele esteve presente na criação do mundo. Ou aos ventos das quatro direções, às águas puras do rio, ou à nossa Mãe Primeira: a terra."(...) p.33

 


(...)"Nosso mundo está vivo. A terra está viva. Os rios, o fogo, o vento, as árvores, os pássaros, os animais e as pedras, estão todos vivos. São todos nossos parentes. Quem destrói a terra destrói a si mesmo. Quem não reverencia os seres da natureza não merece viver." (...) p.33


 

(...)Nesse momento minha mente recuou alguns meses antes, quando timidamente  perguntei a ele o que era ser índio. A resposta veio como um relâmpago: - É ter uma história que não tem começo nem fim. É viver o presente como um presente, uma dádiva de Deus.(...) p.36


(...)"Lembre sempre, porém, que só existem duas coisas importantes para saber na vida: 1) Nunca se preocupe com coisas pequenas; 2) Todas as coisas são pequenas."(...) p.37


Do livro: Meu Vô Apolinário : um mergulho no rio da (minha) memória -  de Daniel Munduruku - Studio Nobel. São Paulo, 2005.
Fotomontagem:  Ancestralidade - Criação de Veronica Maria Mapurunga de Miranda - Abril  de 2007

Arquivo de PALAVRAS QUE FICAM


Artesanias - de Verônica Miranda - www.veronicammiranda.com.br

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