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Palavras Finais

C.G.Jung

Para finalizar, quero desculpar-me junto ao leitor, por ter ousado dizer, em tão poucas páginas, tantas coisas novas e de compreensão difícil. Estou pronto a receber sua crítica, porque considero que todo aquele que, afastando-se do caminho comum, se dispuser a abrir trilhas próprias, tem o dever de comunicar à sociedade tudo quanto encontrou em suas viagens de exploração: se foi água fresca para o alívio dos sedentos, ou apenas os desertos de areia do equívoco estéril. O primeiro serve para ajudar, o segundo, para prevenir. Mas não é a crítica particular de cada um dos contemporâneos, mas os tempos vindouros, que vão decidir se é verdade ou não, tudo isso que acaba de ser descoberto. Existem coisas que ainda não são verdade, mas amanhã talvez possam sê-lo. Quem for assim conduzido pelo destino, terá que trilhar esses caminhos próprios, apenas apoiado pela esperança e pelo olhar atento daquele que está consciente do seu isolamento e dos abismos que o ameaçam. O que singulariza o caminho aqui descrito é em grande parte a certeza de não podermos continuar recorrendo unicamente ao ponto de vista científico-intelectual, mas de que o nosso compromisso também compreende todo o lado do sentimento, isto é, a totalidade das realidades contidas na alma -já que lidamos com uma psicologia fundada na vida real e que age sobre a vida real. Nesta psicologia prática, não se trata da alma humana universal, mas de homens e mulheres individualizados, cada qual com uma variedade de problemas que os afligem diretamente. Uma psicologia que satisfaz unicamente ao intelecto, jamais é praticável; pois o intelecto por si só nunca será capaz de abranger a totalidade da alma. Quer queiramos, quer não, mais cedo ou mais tarde o fator cosmovisão terá que ser levado em conta, porque a alma está em busca da expressão de sua totalidade.

 


 

Do livro "Psicologia do Inconsciente" de C.G.Jung- tradução de Maria Luiza Appy, Editora Vozes Ltda, 4a. edição, Petrópolis-RJ -1985

Midi: Gracias a la Vida de violeta Parra

 

Arquivos de PALAVRAS QUE FICAM

O Último Discurso - O Grande Ditador - Charles Chaplin-abril 2002

 


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