PEQUENAS POESIAS ADOLESCENTES  E UMA CANÇÃO  
   

  POESIAS ADOLESCENTES

 

QUEBRARAM O INVÓLUCRO DE MEUS TÍMIDOS SEGREDOS DA  ADOLESCÊNCIA

RASGARAM O CADERNO GUARDADO HÁ UM TEMPO IMENSO,

PARA CONSPURCAR MINH’ALMA.

 

MAS AQUIETEI AQUILO QUE PARECIA DOR, PARA RETOMAR AS CÓPIAS QUE TINHA,

COM JÚBILO DE EXIBI-LAS.

 

E MOSTRAR QUE A POESIA VINDA DO CORAÇÃO NÃO TEM SEGREDO,

MAS SENTIMENTO E TERNURA POR UM TEMPO QUE PASSOU

E DEIXOU RASTROS POÉTICOS.

CHEIOS DE REALIDADE, DE NATUREZA, DE REFLEXÃO SOFRIDA,

 DE VIDA E DA INCESSANTE BUSCA DO AMOR.

 

POESIAS ADOLESCENTES DE SONHOS E VERDADES PULSANTES, JOVENS,

DE QUEM COMEÇOU A CAMINHAR COM AS PRÓPRIAS PERNAS E CORAÇÃO.

 

POESIAS ADOLESCENTES, CHEIAS DE SENTIMENTOS E ESPERANÇAS

DE QUE OS JOVENS PUDESSEM SER VERDADEIROS E NÃO PERVERTIDOS POR ROUBOS E MENTIRAS.

 

QUE ELAS LEVEM UM POUCO DE VERDADE PARA O EMARANHADO DO BANDITISMO CULTURAL,

QUE ROUBA E FAZ CUMPLICIDADE COM O ROUBO E A PERSEGUIÇÃO.

 UMA CULTURA QUE DESTRÓI O SER HUMANO E A ÉTICA,

 PARA GANHAR DINHEIRO COM O “TRÁFICO DE CONTEÚDOS.”

 

QUE ELAS LEVEM  UM POUCO DE SENTIMENTO QUE HABITAM CORAÇÕES VERDADEIROS

E QUE NÃO PRECISAM AFRONTAR A ALMA DE OUTROS. Verônica Maria Mapurunga de Miranda -28.06.2022

 
 

Veja também : DOS ROUBOS DA CULTURA

 
 
 

AS POESIAS E CANÇÃO ABAIXO FORAM FEITAS NO PERÍODO DE MINHA ADOLESCÊNCIA -15 AOS 19 ANOS.

----------------------------------------------------

  VIDA

VIDA
Já não suporto essa lida
De viver só de esperança

MUNDO
Se todos vissem a fundo
As lutas na minha andança.

PASSO
Mas não preencho o espaço
Marcado de homens vazios.

VEJO
E transformo num bafejo
O desespero de ver vadios.

CANTO
P’ra esquecer meus desencantos
Mas sei que em vão o tento.

FALO
Não peçam, que eu não calo
Minha palavra é o meu alento.
 

DIVAGAÇÕES

 (Poesia pós menarca e título pós metanóia)

 

Passam passos caminhantes

Passa rápido viandante

E eu aqui a divagar

Ando longe, tão distante.

 

O que busca a minha alma?

Decerto só traz os revezes

À mente que muitas vezes

Se fez de imaginária.

 

Saiu, mas logo voltou

A realidade desapontou

As fantasias e as quimeras.

 

Vais, mas não voltas.

Ficas lá, pois há revoltas

Há, demais, realidade.

 

 

O TEMPO

 

As coisas mudaram!

Gaveta arrumada

A pasta cuidada

Com cheiro de couro

Olhar esquisito

Lágrimas ocultas

Vestido engomado

Jeitinho sapeca

Infância passada.

 

As coisas passaram!

Menina aplicada

Casinhas, bonecas

Carinha fechada

Manhas e dengues

E o médico casmurro

A saia da mãe

O ódio contido

Infância passada.

 

As coisas ficaram

O medo incontido

Na insônia da noite

A casa, a janela,

A amiga distante

A ambição de saber

O príncipe encantado

No reino dos sonhos

Infância guardada.

 

FRAGMENTOS

Passa um caso
Por um acaso
Como no vento
Em um momento
Passam palavras.

Fica um rosto
E há desgosto
Pois ele é terno
Mas subalterno
E não tem vez.

Há um encanto
No doce canto
De quem entoa
E diz em loa
A esperança.
 
 

 

       
NOITE!

Noite! Noite!
Banhas de solidão minha alma
Procuro em teu
Semblante mudo
Um mundo, um nada.

Traz-me ó lua
Tua doce luz
Alva, tiritante.
Me ilumina, me contagia,
Da animosidade que refletes
E que me sustenta
que me embala
que me guia
no mar imenso
dos pensamentos
Onde navego
Sem leme, sem vela.

 

CANTIGA DE NINAR

 

Dorme, criança

Que a manhã é vadia

Que a noite é fria

Mas há aconchego

 

Dorme filhinha

Que o mundo é torpe

Que a musa dorme

Não há mais poesia

 

Dorme amorzinho

Que vou te velar

Cantando, cantando

Uma canção de ninar.

 

Dorme...Dorme...Dorme...

 

 

AMOR, UM DIA

 

O mundo gira

Afaga a lira

Um sonho em mira

Te traz a dor

 

Viver a hora

O amor implora

A alma chora

Quer renascer

 

É um acaso

Que faz um caso

E há descaso

P’ra quem ficou.

  

Uma flor nasceu

Outra morreu

Alguém perdeu

O amor não mais existe

 

Canta, alegre canta,

o amor que desencanta

Alguém de mágoa tanta

Que sofreu, por amar também.

(Esta poesia foi feita em Fortaleza, no primeiro ano de minha longa estadia-1975 )

 DESABAFO (Canção)

 

 

VOCÊ  VIU EM MIM POR UM ACASO

UM SEU CASO, SEU RETRATO

QUE O TEMPO JÁ LEVOU.

 

VI EM VOCÊ O MEU AGRADO

FIZ DE TUDO UM DESCASO

MAS CURTINDO A MINHA DOR

 

AH! ME CONTER MAIS JÁ NÃO POSSO

EU TENHO QUE DESABAFAR

HOJE, FAÇO TUDO, FAÇO NADA

A NINGUÉM EU FALO NADA

O REMÉDIO É CANTAR

 

EU JÁ NÃO SEI SE VOU SOFRER

SEI, SÓ NÃO QUERO TE PERDER

AH! PASSA O TEMPO, PASSA TUDO

PASSA A VIDA NUM MINUTO

PARA QUE TANTOS POR QUÊS?

 

VEJA O VÍDEO COM A CANÇÃO DESABAFO NO LINK ABAIXO:

 

DESABAFO – COMPOSIÇÃO :

 Verônica Maria Mapurunga de Miranda –Aos 17 anos.

VOZ: Verônica Maria Mapurunga de Miranda –Aos 66 anos.

 

https://www.facebook.com/watch/?v=777257346609425

 

Voltar

Artesanias-de Verônica Miranda-www.veronicammiranda.com.br

A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE SITIO NÃO ESTÁ PERMITIDA

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS