TRANSITANDO EM NOVOS PARADIGMAS

O NOVO FEMININO

       E 

         FEMINISMOS

 

AQUI É UM ESPAÇO PARA REUNIR COMENTÁRIOS E REFLEXÕES QUE VENHO FAZENDO NO MUNDO VIRTUAL SOBRE ESSA QUESTÃO QUE SE INSCREVE NOS NOVOS PARADIGMAS E QUE DIZEM RESPEITO ÀS PRINCIPAIS MUDANÇAS DESTE SÉCULO QUE JÁ FORAM INICIADAS. O QUESTIONAMENTO DA SOCIEDADE E CULTURA PATRIARCAIS, COM O SURGIMENTO DO NOVO FEMININO E DOS FEMINISMOS ATUANTES. SÃO ARTIGOS DE OUTRAS SEÇÕES DO SITE, BEM COMO DE COMENTÁRIOS E REFLEXÕES AQUI DESENVOLVIDOS SOBRE O TEMA. - VERONICA MARIA MAPURUNGA DE MIRANDA -16.06.2019 -    


Apresentação e Reflexão sobre o livro  MULHERES QUE CORREM COM OS LOBOS

(Uma abordagem junguiana da Mulher e sua relação com a Natureza)

CLIQUE PARA VER MAIS ARQUIVOS

  "Para encontrar a Mulher Selvagem é necessário que as mulheres se voltem para suas vidas instintivas, seus conhecimentos mais profundos."

Essa é a questão. E isso é possível fazer através do símbolo. E o livro da Clarissa Pínkola Estés, através de uma forma muito especial, intuitiva e clássica, dentro da idéia dos contos de fadas, desperta a dimensão simbólica. Uma das questões importantes do livro é a "cadeira vazia" que toda mulher que lê o livro pode sentar-se e contar sua própria história e ter sua própria interpretação. Isso acaba com qualquer idéia de estereótipo. Esse livro é um êxito com as mulheres, porque há uma necessidade real disso e cada vez mais. Não é ilusório, como infelizmente algumas pessoas colocam, por não entender a importância de mitos e contos de fadas na vida moderna. Há reações de homens que preferem o livro  de um autor masculino, também baseado em contos de fadas, em que a mulher fica "em seu devido lugar" colocado pela sociedade e cultura patriarcal, sem poder próprio, ou com um poder que só pode ser exercido subterraneamente. É um olhar masculino e a mulher que aprecia essa abordagem precisa descer mais no mundo subterrâneo para se encontrar verdadeiramente. Ele traz a mulher que muitos homens gostam, porque não os ameaça ou não lhe faz medo. A mulher intuitiva e no resgate de seus instintos não é nenhum docinho imaginário de animas ilusórias. Mas com os homens trabalhando suas animas vão despertar para isso e isso significa um ganho. Porque a natureza é a tônica do presente e futuro. Não poderemos fugir dela,  e de uma relação harmônica com ela.

"A mulher que corre com os lobos" traz isso. Uma perspectiva diferente e necessária à mulher. A mulher necessita se liberar de seus entraves, independente de como a veja o homem. Tem que ter seu próprio espelho. A mulher selvagem está sendo liberada dos soterramentos patriarcais milenares e ela é a ponta do iceberg da "revolução feminina" e humana. Com todo respeito pelo esforço de quem questiona e estuda, esses processos da natureza estão se fazendo, com todas as reações masculinas e até femininas. E ele não pára. Talvez os homens de "visão tradicional" tenham que se atualizar. Sobre a crítica de que seria uma versão "muito popular" da psicologia do inconsciente, dizemos que afinal de contas, a psicologia também tem que se popularizar, porque todos necessitam dela. E o sucesso do livro que já foi editado e reeditado em várias línguas, dezenas de vezes, mostra isso. Jung tinha a compreensão da necessidade de popularizar a psicologia do inconsciente no final da vida, pois fez um livro para leigos, leitores que não fossem especializados. Além disso é necessário entender os conceitos junguianos. É necessário entender o assunto antes de lançar pedras para não ser somente uma "teoria reativa". Sempre que volto ao livro da Clarissa Pinkola Estés (é livro de cabeceira), dou um viva por todas as mulheres que estão se redescobrindo profundamente. E saindo dos estereótipos sempre encontro algo novo e simbólico, porque os contos de fadas e principalmente na seleção por ela realizada, são uma radiografia de nossas psiques e sempre fornecem um elemento novo ou uma ponte nova. (Comentário realizado por mim em um grupo de debate sobre Jung em 16 de março de 2019 ) Verônica Maria Mapurunga de Miranda

 

 

Apresentando (para quem não conhece) e comentando :


CLARISSA PINKOLA ESTES - MULHERES QUE CORREM COM OS LOBOS Mitos e histórias do arquétipo da mulher selvagem.*
Porque é importante para nós mulheres atuais resgatarmos nossa intuição e instintos profundos. Veja abaixo um endereço com o pdf do livro .
----------------------------------------------------------------------------------------------
Biografia:
ESTES, CLARISSA PINKOLA

Clarissa é analista junguiana, com mais de 20 anos de prática, tendo sido diretora-executiva do C. G. Jung Center, em Denver. Doutora em estudos multiculturais e psicologia clínica pelo The Union Institute, ela é autora premiada por suas fitas como 'The wild woman archetype', sobre o papel dos instintos da natureza feminina, 'Warming the stone child', sobre crianças sem mãe, 'In the house of the ridle mother', sobre os arquétipos recorrentes em sonhos de mulheres e 'The radiant coat', sobre as fronteiras entre a vida e a morte. Além disso publicou muitos outros títulos.
-----------------------------------------------------------------------------------

“A compreensão dessa natureza da Mulher Selvagem não é uma religião, mas uma prática. Trata-se de uma psicologia em seu sentido mais verdadeiro: psukhe/psych, alma; ology ou logos, um conhecimento da alma. Sem ela, as mulheres não têm ouvidos para ouvir o discurso da sua alma ou para registrar a melodia dos seus próprios ritmos interiores. Sem ela, a visão íntima das mulheres é impedida pela sombra de uma mão, e grande parte dos seus dias é passada num tédio paralisante ou então em pensamentos ilusórios. Sem ela, as mulheres perdem a segurança do apoio da sua alma. Sem ela, elas se esquecem do motivo pelo qual estão aqui; agarram-se às coisas quando seria melhor afastarem-se delas. Sem ela, elas exigem demais, de menos ou nada. Sem ela, elas se calam quando de fato estão ardendo. A Mulher Selvagem é seu instrumento regulador, seu coração, da mesma forma que o coração humano regula o corpo físico.”

“Quando perdemos contato com a psique instintiva, vivemos num estado de destruição parcial, e as imagens e poderes que são naturais à mulher não têm condições de pleno desenvolvimento. Quando são cortados os vínculos de uma mulher com sua fonte de origem, ela fica esterilizada, e seus instintos e ciclos naturais são perdidos, em virtude de uma subordinação à cultura, ao intelecto ou ao ego — dela própria ou de outros.”

“A Mulher Selvagem é a saúde para todas as mulheres. Sem ela, a psicologia feminina não faz sentido. Essa mulher não-domesticada é o protótipo de mulher...não importa a cultura, a época, a política, ela é sempre a mesma. Seus ciclos mudam, suas representações simbólicas mudam, mas na sua essência ela não muda. Ela é o que é; e é um ser inteiro.” (CLARISSA PINKOLA ESTES - MULHERES QUE CORREM COM OS LOBOS Mitos e histórias do arquétipo da mulher selvagem - Tradução de WALDÉA BARCELLOS- Ed. Rocco. Rio de Janeiro 1999. Pag. 11 e 12.
 

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------

O aniversário passou, mas continua valendo a reflexão.

Aos 25 anos do livro de Clarissa Pinkola Estés - Mulheres que correm com os lobos. Veja Confabulando:

Parabéns à Clarissa Pinkola Estés que iniciou o desbravamento desse universo, de uma forma muito particular e sincronicamente ajudou a muitas mulheres em suas jornadas e a resgatar essa possibilidade do conto de fadas, da fábula, do mito, como uma via regeneradora, de resgate do feminino profundo. Já li há tempos, continuo lendo e já presenteei.

Chamo atenção para o fato de que além dos grupos de mulheres e coachs que se formaram com essa abordagem, há os trabalhos individuais e que têm em mira, além dos próprios processos individuais, as coletividades. Estamos em uma fase de muitos resgates do feminino e da energia feminina no planeta. Todos esses trabalhos se somam nesse processo, em que há uma ebulição no inconsciente coletivo.

O colocar uma cadeira vazia, como prática da contação de histórias, feita pelo livro, para que alguém conte sua própria versão e interpretação é essa possibilidade de individualmente, em grupos ou coletivamente ter esse encontro real com os aspectos da natureza tão importantes para as mulheres. O encontro consigo e com outras é o que vai permitir o desenvolvimento e/ou reconhecimento de uma sororidade real entre as mulheres e de uma contribuição à cultura, que necessita mudar os parâmetros e os paradigmas. Parabéns a tod@s nós que desenvolvemos essa abordagem em nossas atividades e vidas.

Verônica Maria Mapurunga de Miranda 17.02.2019

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------


*
https://mulhereselvagens.files.wordpress.com/2013/10/pdfdolivromcl.pdf?fbclid=IwAR2kMXX1pMltqCyn99jEdxWNZipAOnGIf4X60MlCCQxNV_1GegBTKUw_ivA

 

 

VOLTAR PARA NOVO FEMININO E FEMINISMOS

Artesanias - de Verônica Miranda www.veronicammiranda.com.br

A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE SITIO NÃO ESTÁ PERMITIDA

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS


PRINCIPAL

CRONICONTO

GALERIA

PEPEGRILLO

MOMENTOS

MURAL

CULTURA