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12- DOS TIPOS PSICOLÓGICOS NA UNILATERALIDADE DA CONSCIÊNCIA (EGO) À INTEGRAÇÃO DAS FUNÇÕES NO REINO DA ALMA (VEJA ARQUIVOS) |
Apesar de saber da importância deste tema, as atividades aqui estavam um tanto suspensas, mas como estive fazendo alguns comentários sobre o tema resolvi aproveitar e alongar um pouco o assunto sobre as Funções e Tipos Psicológicos em Jung e na individuação, porque significam de alguma forma um dado ordenamento da psique, considerando a cultura ocidental moderna, sua especialização, que geram a unilateralidade da consciência e que no processo de individuação esse ordenamento (que jung chamou de bússola para todos aqueles que se aventuraram em alto mar) vai sendo refeito, desintegrado e reintegrado de outras formas na consciência, em um processo comparável ao processo alquímico chamado de solve e coagula. Enquanto esse processo não se desenrola há uma função principal que está identificada com o ego, em geral uma função auxiliar que nem sempre funciona e uma função inferior, totalmente inconsciente, que faz o contraponto com a função principal e que é o Calcanhar de Aquiles do indivíduo. E ao iniciar o processo essa identificação do EGO com a função principal é questionada. Esse trabalho com as funções permeia todo o processo de individuação clássico e o mais interessante é que não é ninguém que decide isso "a priori". Como este é um artigo rápido e sucinto recomendo o livro de Jung - Os tipos psicológicos (Vide bibliografia abaixo) onde ele explica detidamente o que significa cada função e tipo. Em um processo natural de individuação a integração da sombra, do animus e anima vai ocorrendo simultaneamente, e na ordem de importância e necessidade da própria pessoa, com a diferenciação, organização e integração das funções (pensamento, sentimento, intuição e sensação) e tipos (introvertido e extrovertido). Se a pessoa tiver condições de entender e seguir seu próprio processo, ela vai perceber e atuar nele. Ele vai ocorrendo por uma direção e caminho energético realizado pelo próprio Self que passou a atuar na psique desde o início com a enantiodromia. (Vide 4- ENANTIODROMIA. PORQUE É NECESSÁRIO ENTENDÊ-LA.). Vou colocar algumas observações que fiz em alguns comentários. Este comentário que fiz em 2019 sobre um vídeo de Jung na Prática: "Compartilho esse vídeo de Jung na Prática, que ajuda a pessoa a entender qual seja sua função principal. (...)Colocando um adendo de que essas funções e tipos psicológicos (pensamento, intuição, sentimento e sensação, extrovertidos ou introvertidos) tal qual estudados por Jung e assim colocados, fazem parte do desenvolvimento da personalidade, quando pela unilateralidade da consciência as pessoas pertencem a um tipo psicológico e função. A função principal reflete em geral as atividades que as pessoas realizam e suas vocações, com alguma função auxiliar. Daí ser importante compreendê-las e ver até que ponto estão organizadas e diferenciadas e lhe ajudam em sua auto-realização. A partir da meia-idade (da metanóia) e também de despertares espirituais e à medida em que a pessoa começa um trabalho de integração da personalidade total, na individuação por exemplo, essas funções que são diferenciadas e organizadas são integradas. As pessoas que vivenciam o processo de individuação passam pela diferenciação e organização delas e se ampliam psicologicamente para vivenciar esse processo. E aprendem como essas funções se manifestam através da pessoa e daquilo que ela realiza, que é próprio de cada um. Depois de organizadas e diferenciadas as funções e tipos psicológicos, elas são perdidas enquanto funções no movimento do si-mesmo. Elas aparecem e desaparecem, vão e voltam à boca de cena à medida das necessidades do indivíduo, o que significa que estão integradas. Veronica Maria Mapurunga de Miranda - 30.08. 2019". "Os tipos e funções que foram colocados por Jung no início de sua trajetória, são as funções básicas da personalidade total e o fato de ter uma função provavelmente como principal e pelo menos uma como auxiliar mostra que em geral o ser humano moderno tem uma consciência unilateral e mesmo sendo muito mais que isso foi condicionado pelo desenvolvimento na família e na cultura a se desenvolver de forma insuficiente. E esse é o problema básico da individuação. Em tese todos vivemos as nossas possibilidades de personalidade de forma muito parcial, levando em conta a especialização da cultura, a educação feita cada vez mais para um mercado de trabalho e não para a vida. A vida é afunilada na forma de ganhar o sustento, de ter uma profissão que muitas vezes pelas contradições do próprio sistema em que vivemos é muito insatisfatória. E esse esquema de função e unilateralidade é uma questão histórica que está clamando para ser mudada e as crises existentes mostram isso." "Quando pensamos no que significa o ego como personalidade parcial (já que boa parte é inconsciente, inclusive alguns dons e talentos) sabemos que ele não tem condições de suportar crescimento e de ter uma personalidade mais complexa que possibilite auto-realização e consiga retirar a pessoa de seus conflitos. Não há “treinamento” nessa esfera capaz de retirar a pessoa do conflito. Aliás, a palavra treinamento é muito imprópria na psicologia do inconsciente. Estamos acostumados no sistema e cultura em que vivemos em ter uma vida útil e que não tenha problemas de qualquer ordem, seja de relacionamento, profissional...Mas a vida é muito mais que isso. E só é possível saber isso indo além desse esquema formal. E mesmo utilizando as 4 funções ou 8 isso significa ir além da mera esfera do ego. "Individuar-se significa crescer sempre e sabemos que nenhuma adaptação externa, treinamento ou qualquer coisa que o valha vai parar esse processo. Quando não escutamos essa necessidade do crescimento advêm crises. Principalmente na época em que vivemos as pessoas estão sendo chamadas, convocadas a integrar essas funções. E integrar essas funções não significa dizer que temos que ter 8 atividades. Significa que podemos ter um foco de atividade em que temos complexidade, flexibilidade e plasticidade e inclusive muito melhor desempenho e realização. Significa também que podemos mudar as formas de ganhar a vida e ter melhores relações porque somos capazes de viver internamente as diferenças. Significa também que estamos mais aptos a estar em outro estágio de consciência." "Em um processo de individuação clássico como o de Jung e outros que se fizeram de forma natural e não havia como interromper sem correr o risco de neurose ou psicose, essas funções vão sendo paulatinamente vivenciadas, diferenciadas e organizadas em outro patamar ou esfera, no que Jung chamou de terceiro ponto de vista ou si-mesmo. Claro que é um processo difícil e não acontece para todos, mas James Hillman, por exemplo, trabalhava com a possibilidade de fazer alma, ou seja, de alguma forma nesse fazer alma essas funções estavam sendo integradas." (Comentário que fiz sobre um vídeo que debate os Tipos Psicólogicos em Jung na Pratica- 05.08.2022). "Nesse percurso a energia psíquica é muito importante só que em geral nunca percebida. Não há transformação sem mudança energética e ela é diferente nos dois casos: um é o tratamento clínico o outro é o processo de individuação clássico ou natural. Nesse processo o self (o arquétipo central) dirige todo o processo e a forma de fazê-lo é através da energia. Na tentativa de equilibrar o sistema ele energiza algumas funções psicológicas em detrimento de outras. A pessoa não consegue realizar aquilo que quer, a não ser seguir a direção do próprio self. Se tentar fazer algo e entrar em choque com as direções assinaladas ela cai em neuroses ou psicoses. Quando a pessoa aprende isso sabe que ele está dirigindo o processo e o melhor é segui-lo. E depois descobre que é a forma mais sábia. Nesse caso não serve ter um ego forte no sentido de ter comando e direção. O ego forte no processo de individuação é o ego que se rende ao Self, caso contrário cai nas malhas da sombra ou inconsciente. E isso é o que leva a pessoa a neurose ou psicose. E é por isso que o Jung falava da não intervenção dele em processos que já tinham se iniciado, porque ele sabia que não devia tentar dar uma direção ao processo que fosse diferente do Self, que tem que ser sentida pela pessoa que vive o processo. O sair da função principal ou dominante coloca a pessoa em um campo de luta, porque cada função dessas é inconsciente e o ego resiste em sua posição e o inconsciente é mais forte e avassalador do que o ego e somente o self ou arquétipo central pode regular isso, gerar sincronicidades e símbolos para se transcender as diferenças. Só quando a energia desse campo de luta da função está esgotada significa que ela foi integrada, pelo menos em sua maior parte e a partir daí é que se vai a função seguinte. Todo esse processo é energético e circular(espiralado). E mesmo que nem todos percebam eles passam pelos chacras. Quem está atento percebe." (Comentário meu sobre o vídeo"Energia Psíquica de Jung na Prática). Nessa situação os processos podem ser mais leves ou mais profundos e dependendo disso a pessoa vai vivendo, enquanto ele ocorre, assim como as pessoas que vivem qualquer outro processo de transformação. Mas, isso significa em grande parte das vezes mudanças significativas nas relações de trabalho, nas relações pessoais, nos interesses, nas atividades. E, em alguns casos existe a necessidade da pessoa se retirar por um tempo de suas atividades, para reorganizar-se internamente. Hoje sabemos, porque os processos de transformação atingiram um número significativo, que todo processo de transformação exige disposição pessoal e tempo disponível para isso. Em alguns casos as pessoas não conseguem fazer nada além do que vivenciar o processo e as atividades relacionadas a ele. E isso gera muitos problemas iniciais porque as pessoas estão "treinadas" para fazer outras coisas na sociedade e cultura. E há nesse processo essa desidentificação paulatina com a vida que a pessoa levava e que como uma roupa velha já não lhe serve. Aquela unilateralidade está sendo esvaziada de energia vital pelo Self. E assim, muita coisa vai sendo mudada enquanto o processo se desenrola. Como disse há sempre uma reação do próprio ego que quer continuar comandando a vida da pessoa, em uma situação em que ele não consegue fazer isso com eficácia, porque a sombra e o inconsciente já estão atuando e ele não pode sozinho com os dois. E é no alinhamento, girando de forma espiralada em torno do self, em um diálogo muito próprio e simbólico, que toda a trama dessa relação vai ocorrendo. Cada função dessas tem um núcleo arquetípico e se desenvolve, porque é parte da sombra, como um complexo. Não podemos esquecer que o ego é um complexo. E ao sair da esfera do ego para a próxima função que chega, a pessoa entra em um campo de luta dos opostos. São duas visões unilateralmente diferentes:consciente e inconsciente e é no diálogo com o Self, que inspira, que gera sincronicidades e situações internas e externas que vai se constituindo um terceiro ponto de vista. Daí a importância da imaginação, do símbolo, dos arquétipos que emergem solicitando realização e que vão constituindo um novo eixo. Por isso o processo de individuação é um processo que exige muito equilíbrio. Todo tempo o equilíbrio é solicitado para não se cair nos exageros dos opostos. Algumas vezes a pessoa aprende por tentativa e erro, principalmente quando a intuição não está bem desenvolvida. Jung cita casos em que o Self atuou de uma forma muito predominante que o assustou e eu conheço alguns casos em que isso também ocorreu. Da pessoa estar em um lugar que fazia um tipo de terapia corporal e sabia que já não dava mais, que precisava sair, mas acabava adiando essa decisão, racionalizando e um dia ela parou de repente, estacou com uma decisão surpreendente, imperiosa, que ela não sabia de onde saiu, mas ficou muito claro que ela estava deixando aquela terapia. E não voltou mais. São situações em que o Self se impõe. Alguns psicólogos do inconsciente dizem que a pessoa não deve se render ao Self e que isso significa fortalecer o ego, que é importante no processo, mas algumas vezes não se render ao Self pode significar uma neurose profunda ou uma psicose. Muitas vezes há medo de continuar o processo e algumas pessoas renunciam a ele para ter uma melhor adaptação externa, mas também correm riscos de ter que permanecer com remédios e frustrações. As fábulas, os mitos, os ditos e antigos preceitos religiosos, as imagens primordiais vão chegando à pessoa, de forma toda nova, através de sonhos, de expressões criativas ou de acordo com os processos que vive e é aí que se descobre que esses mitos, fábulas, preceitos religiosos guardam os segredos da alma e a forma ou fórmula de compreender e transcender as desavenças entre consciente-inconsciente, porque estão eivados de símbolos. Além disso, com o desenvolvimento da intuição nasce também uma auto expressão criativa, que é também simbólica. Este é o processo de transcendência para um terceiro ponto de vista, que vai mudando tanto o consciente quanto o inconsciente e vai criando a cidade eterna ou localizando aquilo que é um novo eixo para a consciência e que foi chamado por Jung de si-mesmo. "Não por acaso jung trabalhava mais com imagens, imaginação (que deriva da palavra imagem), símbolos, metáforas, porque as palavras científicas não têm todo o alcance necessário. Há coisas, como sentimentos, percepções, emoções, que são indizíveis e muitas vezes a imagem, ou a palavra imagética (que surge, que não é "treino" e que é poética, mitológica, de preceitos espirituais) é capaz de fazer transcender determinados conflitos, assim como trazer uma compreensão mais profunda daquilo que nós somos. Aquilo que vem em uma imagem do inconsciente coletivo, imagens primordiais ou self, traz além da imagem o conceito. Aborda uma totalidade que facilita essa relação consciente-inconsciente. Daí porque em um processo de individuação sua realização se faz através do símbolo, que também move a energia." (Comentário que fiz sobre um vídeo que debate os Tipos Psicólogicos em Jung na Pratica- 07.08.2022). De forma mais poética podemos dizer que estamos nesse campo de luta brincando de fazer alma. E o fato das pessoas poderem contar com algumas descobertas e "caminho das pedras" de quem já esteve por muito tempo no mar aberto e revolto e voltou são e salvo é um privilégio de todos nós que viemos depois de Jung e de outros que seguiram seus caminhos. Ir entendendo o processo é muito importante, assim como perceber que apesar dos testemunhos e estudos o caminho de cada um é único e em um dado ponto desse percurso a pessoa começa a aprender a "aprender" o que necessita, a se entregar à sua intuição e ao processo criativo da alma, porque sem isso não é possível transformação e não é possível seguir o caminho. A pessoa que se individua tem suas próprias idéias e pensamentos, e por isso não é influenciável, mesmo que seja capaz de aprender com outros e com tudo, mas isso se transforma em uma forma própria de SER. A pessoa que se individua continua transformando-se. Apesar de hoje se dizer que essa relação binária-feminino e masculino- que como arquétipo é anima e animus- não ser mais importante, neste processo ainda é fundamental. Eles representam também os opostos. Colocando o processo feminino, por exemplo, sem transformar o animus não se consegue ir adiante, porque os masculinos internalizados que nós temos da sociedade e cultura patriarcal, com matizes diferentes, todos são inimigos da mulher. E o famoso par está em uma esfera inconsciente e só nesse movimento temos acesso à eles e podemos perceber suas manifestações. E se descobre no processo que sempre houve um conflito interno, que amargou a vida da pessoa e que muitas vezes não a deixou ir adiante. O arquétipo do animus (a representação coletiva masculina inconsciente) precisa se transformar em amigo da mulher e do feminino, para que o processo possa seguir em frente. Na sociedade e cultura patriarcal mesmo com a integração do animus sua transformação continua, inclusive porque a sombra, o animus e anima se reestruturam quando a pessoa entra no nível coletivo, da cultura. Segundo Jung e isso é possível verificar, o animus passa por vários estágios até chegar à posição de logos, que torna o processo mais amigável e mais provável de ir a uma esfera ou campo espiritual. Esse processo é espontâneo no processo de individuação e Jung o acompanhou em muitas pacientes. Para ele o animus integrado torna-se criativo e engendrador e muitas vezes ele é o primeiro arquétipo que aparece para ser trabalhado e transformado. Marie Louise Von Franz diz que a mulher que integra seu animus manifesta coragem e capacidade intelectual. Eu creio que na verdade a capacidade intelectual seria muito mais aquilo a que Jung se refere como instinto reflexivo, porque o intelectual está necessariamente ligado à função pensamento, que também é transformada pela integração da intuição, sentimento e sensação. Quando o processo é resultado de um contato com outro nível de consciência, o logos pode se manifestar como arquétipo e símbolo inspirador e capacidade de fazer transcender e religar, logo no início. Mas, também, ocorrem os casos em que o animus se extroverte, que significa sair da linha, do equilíbrio do processo e aí ele conflita. A integração dos tipos introvertido e extrovertido torna a pessoa capaz de estar só e estar bem, e quando estiver acompanhada por várias pessoas estar em uma conexão maior, com mais proximidade. Os tipos nesse caso integrado não se repelem, se reúnem, é possível a convivência das duas atitudes (introvertida e extrovertida) sem problemas, de acordo com as necessidades. Em cada processo, a ordem das funções e tipos a entrarem no campo de luta é variável, porque depende da necessidade da psique e aí vemos a função do próprio self. É a sabedoria do self e seu conhecimento da economia da energia pessoal que proporciona isso. Quando a pessoa menos espera está atuando de acordo com outra função e de acordo com os complexos que essa função traz. Quando o processo se inicia, com enantiodromia, ele se inicia pelo oposto, ou seja pelo Calcanhar de Aquiles que é a função inferior. Mas essa função só será completamente resolvida quando todas as outras forem. Ou seja, no processo de equilíbrio as funções vão se diferenciando e se organizando e se integrando ao novo eixo, considerando o inconsciente pessoal e o coletivo. E nesse sentido a última e mais indiferenciada e mais inconsciente, que é a função inferior, é também a mais coletiva e que tem maior relação com a cultura . Algumas mudanças de função nesse processo são equivalentes (dependendo da profundidade do processo) à morte e renascimento. Jung aborda várias formas desse processo. Sair, por exemplo do eixo pensamento e sentimento(que é racional) e entrar no eixo intuição-sensação (que é sentir) é uma mudança tremenda. E a pessoa pensa que perdeu sua vida pretérita, suas atividades, até que essas funções se reintegrem e a pessoa perceber que sua vida antiga está sendo devolvida, mas de uma forma muito mais fluida, muito mais viva, muito mais decantada e purificada, ressignificada e em alguns aspectos jorrada pela integração do eixo da intuição-sensação. À medida em que a pessoa vai diferenciando a função inferior, vai se tornando mais coletiva e integrando de forma mais total, o inconsciente. Além disso a vivência da natureza, de um microcosmo, iniciada nesse movimento de transformação torna-se mais necessária ao processo. Os processos continuarão dentro de outro eixo, diferente do ego e que segundo Jung e Eric Newman apontam para um eixo de consciência cósmica. A direção desse movimento é um ponto intermediário em que as pessoas consigam não somente chegar a um acordo consigo mesmas, mas também ter idéia e/ou realizar a maior parte de sua totalidade, porque há necessidade de um novo eixo, além do ego, que a maioria das pessoas estão acostumadas. O "treino" treina o ego, a alma ou o corpo supramental (do ponto de vista da ciencia quântica), que significa a incorporação de outras funções ou recriação destas, não aceita treino. O único que funciona verdadeiramente aí é um processo criativo, que pode utilizar várias ferramentas criativas, além da auto-expressão criativa que expressem e mobilizem o processo. (Comentário que fiz sobre um vídeo que debate os Tipos Psicólogicos em Jung na Pratica- 07.08.2022). É importante entender que no livro Aion Jung tece esse paralelo do processo de individuação e da chegada do novo éon. Ou seja, o processo de individuação, sem querer ser teleológica, desemboca na necessidade desse novo eixo cósmico, que estamos inaugurando neste século. Ou seja, somos seres em processo de transformação para uma nova realidade que nos exige um processo de transcendência do ego, para um novo eixo que se coadune com esse novo éon, com um novo espaço-tempo.
Verônica Maria Mapurunga de Miranda- 12.08.2022 ------------------------------------------------------------------------------------------------------------ Bibliografia sobre individuação: 1- Jung Carl Gustav - O homem e Seus Símbolos - Rio de Janeiro : Ed. Nova Fronteira. Edição Especial Brasileira . 2- Jung Carl Gustav - Aion - Estudos sobre o simbolismo do si-mesmo. Petrópolis, RJ: Vozes, 5ª edição, 1998. 3 - Jung Carl Gustav -Tipos Psicológicos- OBRAS COMPLETAS DE C.G. JUNG VOLUME VI - Petrópolis. RJ: Vozes, 1991 4- Jung Carl Gustav - O Eu e o inconsciente- Petrópolis, RJ: Vozes, 1987 5- Jung , Carl Gustav - Psicologia e Alquimia- Petrópolis, RJ: Vozes, 1990. 6- Jung , Carl Gustav - Psicologia do Inconsciente - Petrópolis, Vozes, 1980 7- Jung, Carl Gustav - Os Arquétipos e o Inconsciente Coletivo - Petrópolis, RJ:Vozes, 2000. 8- Jung, Carl Gustav - Estudos Alquímicos - Petrópolis, RJ:Vozes, 2003 9- Marie Louise Von Franz - Psicoterapia - São Paulo, Paulus, Coleção Amor e Psique,3ª edição, 2011 10 - Maroni, Amnéris - Figuras da Imaginação - Buscando compreender a psique. São Paulo: Summus, 2001 |
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Fotomontagem por Verônica Maria Mapurunga de Miranda |
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