---

 

Water... e por que não água?

 

Water...água cristalina, deslizando em nossos corpos

A mesma das garrafas com o lacre “Perrier”?

A mesma dos carros-pipas, lembrança triste, que abastece a seca e a sede.

 

Water... H2O, líquido precioso e já escasso...existirás até quando?

Onde ficaram minhas fontes de água pura? Onde...?

Para derramar-me e abastecer o mundo.

 

Das lembranças que se transformam em vapor

Na tarde quente  e úmida tropical

Water...tu estás presente e me chamas.

 

Navego pelo líquido caudaloso,  inodoro, insípido e incolor

Até quando... water? Tua natureza se alterará em química laboratórica transgênica?

Sorvo-te aos goles, como um bem precioso, pensando em tua natureza finda.

 

Pau a pau...vis-à-vis a “civilização” se confronta com a natureza.

Morrerás primeiro tu, water? Ou nos exterminaremos juntos?

Tu, natureza indômita que nasce da terra. Eu...predadora?

 

Tu... água. Eu ... pedra... Água mole em pedra dura tanto bate até que fura.

Navego sobre os teus leitos, sobre os teus caminhos, buscando teus rumos no mar.

Tu, sempre water... e por que não água? Eu ...já oceânica.

 

Verônica Maria Mapurunga de Miranda /28/01/2000 

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Divagações poéticas e filosóficas sobre a água -e por que não water?- em uma tarde de calor tropical e de sede.  


Midi de fundo: The Crystalship -The Doors -1967

Voltar p/ Poesias

ARTESANIAS-DE VERÔNICA MIRANDA-www.veronicammiranda.com.br

A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE SITIO NÃO ESTÁ PERMITIDA

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS