(Verônica Maria Mapurunga de Miranda/09/11/2001)

Uma janela se abriu

e mostrou as outras faces,

além do falso, cínico e fingidor.

Um coração saiu com uma mão

que escrevia sentimentos:

Cheio de amor...cheio de amor...

***    

Mas o que fazer com essa dor sem máscara,

se ainda me negarás três vezes

antes do galo cantar?

Se ainda me acusarás de mística ou louca

fugindo com covardia e medo?

Se ainda te esconderás e te insinuarás

nas esquinas e vãos?

Se ainda me negarás a face,

a face verdadeira que procuro?

***

Ainda assim, creio que o véu turvo se abrirá,

desvelando os humanos mal entendidos.

E um riso claro anunciará

que tudo não passou de comédia hollywoodiana

Ou quem sabe, de uma “pegadinha”.