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Chamado para a Paz |
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O que mais lhe incomoda? Notícias de assaltos, seqüestros, guerras entre países e nações, ou crianças miseráveis cheirando cola pelas ruas, sem lar e sem perspectiva? Tudo isso, que aparece de forma terrível e chocante, e nos faz procurar soluções aqui e alhures, muitas vezes paliativas, é somente uma das faces da violência, a face aparente. O que está por trás de tudo isso? Recorramos às evidências, para as quais muitas vezes fechamos os olhos. As guerras atuais são fomentadas, e geralmente fabricadas, pela indústria bélica que precisa vender armas, cujo objetivo último é o lucro e a concentração de riquezas, que preserve o poder econômico de grupos e países ricos. A violência crescente nas cidades e nos campos é, também, o resultado do desequilíbrio nas condições de vida, onde uma grande maioria de pessoas não possui as condições necessárias para a sobrevivência: emprego, terra, comida e teto. Assaltar um banco ou bater a carteira de alguém poderá parecer imediatamente mais violento do que decisões que deixam milhares de pessoas desempregadas, que tiram as condições de educação e saúde, medidas que engendram situações de miséria, desatinos e, em alguns casos clamor social. Essas medidas tomadas cada vez mais, seja em favor de países e regiões que hoje possuem melhor qualidade de vida, seja em favor de determinadas camadas, cada vez menores, da população, são realizadas em detrimento de uma grande quantidade de pessoas, mostrando a forma desigual e violenta que vive hoje a população planetária. Divergências e conflitos que tomaram uma feição cada vez mais material e inumana, nos levam a pensar neste final de milênio para onde nos encaminhamos. Deveremos esperar uma resposta que caia do céu, ou deveremos como cidadãos planetários atuar e fazer a nossa parte? Além das lutas e conquistas políticas e sociais, parte da história da humanidade, poderemos fazer algumas coisas, aparentemente mais simples, que parecem meras gotas d'água, mas que, se realizadas por mais e mais pessoas tornaria a humanidade minimamente mais fraterna e mais pacífica. Poderíamos, por que não, perguntar a nós mesmos, o que estamos fazendo para contribuir com esse mundo de violência ou de paz? A partir do nosso travesseiro, amigo íntimo das noites insones e mal dormidas, poderíamos examinar que grandes guerras e conflitos íntimos carregamos, e o que nos faz levá-los para a família, grupos de amigos, ou grupos maiores, onde temos poder de decisão. Perguntemo-nos como amarguramos e tornamos, às vezes, difícil a vida das pessoas e as nossas, por conflitos e guerras íntimas que não resolvemos, e por nossa incapacidade de amar e aceitar o ser humano e a nós mesmos. Se nós conseguirmos começar conosco essa tarefa, logo, logo o resultado dessa consciência sobre a violência e a paz se ampliará e terá conseqüências concretas no nosso dia-a-dia e das pessoas mais próximas, o que terá um resultado ainda mais ampliado se muitas pessoas o fizerem. Por um novo milênio, em que a humanidade possa ser mais fraterna e viver com paz! Verônica Maria Mapurunga de Miranda/ Novembro/1999
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* O pepegrillo ou grilo falante é a consciência do Pinóquio, aquele menino de madeira que foi se humanizando, tornando-se "consciente", alargando sua consciência e aprendendo a AMAR. |
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