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O NOVO FEMININO E FEMINISMOS
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AQUI É UM ESPAÇO PARA REUNIR COMENTÁRIOS E REFLEXÕES QUE VENHO FAZENDO NO MUNDO VIRTUAL SOBRE ESSA QUESTÃO QUE SE INSCREVE NOS NOVOS PARADIGMAS E QUE DIZEM RESPEITO ÀS PRINCIPAIS MUDANÇAS DESTE SÉCULO QUE JÁ FORAM INICIADAS. O QUESTIONAMENTO DA SOCIEDADE E CULTURA PATRIARCAIS, COM O SURGIMENTO DO NOVO FEMININO E DOS FEMINISMOS ATUANTES. SÃO ARTIGOS DE OUTRAS SEÇÕES DO SITE, BEM COMO DE COMENTÁRIOS E REFLEXÕES AQUI DESENVOLVIDOS SOBRE O TEMA. - VERONICA MARIA MAPURUNGA DE MIRANDA -16.06.2019 - |
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MAIS UMA VEZ SOBRE O LIVRO “MULHERES QUE CORREM COM OS LOBOS” DE CLARISSA PINKOLA ESTES. |
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Comentário meu feito no facebook (24.06.2020), sobre um vídeo, feito por um homem, sobre o livro de Clarissa Pinkola Estes intitulado: TODA MULHER MODERNA DEVE VER ISSO (MULHERES QUE CORREM COM OS LOBOS¹ -) Conheço o trabalho da Clarissa Pinkola Estés e inclusive está em muitos dos meus artigos que escrevo sobre o feminino, no meu site e nas páginas do facebook. Já dei esse livro de presente para várias mulheres. Infelizmente algumas não gostam por bloqueios próprios de religião e outros, já que ela aborda o mundo da natureza, instintivo, que as religiões, principalmente as religiões cristãs combatem. O bloqueio do feminino instintivo, perdido às vezes, choca as mulheres e por isso algumas o evitam. Mesmo assim o livro é um sucesso de venda no mundo inteiro e em muitos lugares as mulheres formam grupos para lerem e estudarem o livro. Eu simplesmente adoro o livro da Clarissa Pinkola Estes e já o tenho há duas décadas. E sempre tem algo novo e importante para mim. Ela é uma analista Junguiana e a forma dela trabalhar, através de contos de fadas, vai abordando não só o arquétipo da mulher selvagem, como os vários aspectos da psique feminina. E o faz de uma forma leve, agradável e profunda. Os contos de fadas, assim como os sonhos são simbólicos e têm uma ação sobre a nossa psique. Infelizmente determinados temas e assuntos são mal entendidos. Até mesmo entre terapeutas e junguianos. Outro dia eu fazendo uma colocação sobre o livro e sua importância em um grupo de psicólogos junguianos e houve reação masculina, que considerei machista, dizendo que isso não era literatura junguiana, porque lidava com contos de fadas, quando na verdade é um livro feito e escrito por uma analista junguiana reconhecida, que ganhou vários prêmios por seus trabalhos, inclusive este. (Vale lembrar que os últimos estudos e preocupações de Carl Gustav Jung estavam centrados nos mitos, nos quais podem se inscrever também as fábulas. E o mundo imaginal tão bem resgatado por James Hillman é questão fundamental na integração da Psique.) Mas, infelizmente, vivemos em um mundo de preconceitos e, por isso, as mulheres acabam perdendo muitas coisas que são importantes para elas. Eu não só indico esse livro, como acho que deve ser livro de cabeceira para as mulheres, para ser lido várias vezes, naqueles contos com os quais a pessoa mais se identifica. Naqueles contos em que a mulher mais se identifica são os aspectos de sua psique que ela necessita trabalhar. E o faz lendo e vendo a análise da Clarissa Pinkola Estés. A outra coisa interessante, que inclusive já coloquei em artigos que fiz, é que ela deixa uma cadeira vazia, simbolicamente, para que as mulheres coloquem a sua versão da história, ou como a vêem, que é a possibilidade de trabalhar arquetipicamente as questões do feminino e da psique feminina. Recomendo com louvor. Mas eu colocaria outro título para o vídeo em questão: Para todas as mulheres que desafiam o patriarcado. Alegra-me que alguém do sexo masculino, por aqui, esteja reconhecendo esse trabalho. Apesar de algumas resistências, a própria autora disse ter recebido muitas cartas de leitores masculinos. No próprio livro tem questões relativas ao masculino. Como seres integrados que somos, mesmo que ainda necessitemos trabalhar essa integração temos os dois lados em nossa psique: o masculino e o feminino. E assim como a mulher necessita trabalhar seu masculino (isso está no livro da Clarissa Pinkola Estés), os homens necessitam também integrar seu lado feminino. Conheço alguns homens que o leram e gostaram muito. Vivemos uma época em que o feminino é o principal leitmotiv das mudanças atuais e como tal ele precisa ser resgatado e recolocado na cultura patriarcal, quebrando a verticalidade masculina do patriarcado. Essa é uma questão importante da leitura desse livro. Quanto mais o feminino for resgatado mais haverá uma ação e recolocação desse feminino na cultura. Post script (escrito depois) : Tenho visto que no mundo católico em que existe muito ícone de santos e virgens há uma virgem que se chama “Maria desatadora dos nós”. Em geral as mulheres católicas, e os homens também, recorrem a ela quando os problemas do cotidiano precisam se resolver, ser desatados. Esquecemos, contudo, que essas dificuldades tão recorrentes, no mundo feminino ou masculino, se devem aos próprios nós criados nas psiques, por questões arquetípicas não resolvidas e dissociadas, que impedem o fluxo energético e da consciência. E ao não resolver esses nós as pessoas preferem muitas vezes projetá-los em outros. As fábulas, em geral, não são “santas”, mas como diz James Hillman o mundo imaginal está cheio de deuses e através dele (mundo imaginal) muitos nós podem ser desatados, sem necessidade de afetar os outros ou projetá-los nos outros. O mundo fica mais fácil de se conviver e de viver, quando cuidamos pessoalmente dos nossos nós. O livro Mulheres que correm com os Lobos se inscreve nesse universo do mundo imaginal, prenhe de possibilidades regeneradoras, para os dois sexos. Verônica Maria Mapurunga de Miranda – 24.06.2020 - 25/12/2020 ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
2-Livro Mulheres que correm com os Lobos :
https://amzn.to/3hTVgsN |
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Artesanias - de Verônica Miranda www.veronicammiranda.com.br |
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