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O NOVO FEMININO E FEMINISMOS
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AQUI É UM ESPAÇO PARA REUNIR COMENTÁRIOS E REFLEXÕES QUE VENHO FAZENDO NO MUNDO VIRTUAL SOBRE ESSA QUESTÃO QUE SE INSCREVE NOS NOVOS PARADIGMAS E QUE DIZEM RESPEITO ÀS PRINCIPAIS MUDANÇAS DESTE SÉCULO QUE JÁ FORAM INICIADAS. O QUESTIONAMENTO DA SOCIEDADE E CULTURA PATRIARCAIS, COM O SURGIMENTO DO NOVO FEMININO E DOS FEMINISMOS ATUANTES. SÃO ARTIGOS DE OUTRAS SEÇÕES DO SITE, BEM COMO DE COMENTÁRIOS E REFLEXÕES AQUI DESENVOLVIDOS SOBRE O TEMA. - VERONICA MARIA MAPURUNGA DE MIRANDA -16.06.2019 - |
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FEMINISMO PLURAL |
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O NOVO FEMININO E OS VÁRIOS FEMINISMOS SURGEM COMO UMA QUESTÃO DE NOVO VALOR E PARADIGMA PARA A CULTURA PLANETÁRIA |
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A questão importante de se debater é que a força com que está emergindo o feminino neste século, porque necessita de integração urgente - o sistema patriarcal não dá para mais e nós não queremos nos extinguir todos da face da terra - torna o feminismo algo plural. E é assim que tem que caminhar porque é necessário a expressão do feminino em tudo. Mas, em determinado ponto, várias questões vão começar a ser debatidas, afuniladas e colocadas como essenciais no movimento e acho que isso já está se fazendo. Uma das questões principais é o tipo de poder vertical e aliado às forças patriarcais. Infelizmente nós temos uma mídia que não valoriza os movimentos locais, ou seja, as expressões próprias da América Latina, Brasil, Argentina, México e por aí vai, porque é considerado “revolucionário” ou mexe e move questões do próprio sistema e então preferem ficar no "Me too", que é mais indiferenciado e mais show ou naqueles feminismos europeus que não assustam os homens machistas, mas estão de cócoras com eles. De fato, todos são expressões de um momentum de emergência desse feminino que tende a se depurar, a ter reações e a se organizar, porque esse é o movimento natural e necessário.
Quem vai mais a fundo no feminismo e suas
expressões, desde que surge mais fortemente com o existencialismo e a
visão particular de Simone de Beauvoir, que o fundamentou
filosoficamente, sabe que nos vários estudos sobre o tema, o
patriarcalismo não pode ser dissociado do capitalismo industrial. O
primeiro dia internacional da mulher criado para fazer a denúncia sobre
a situação da mulher no sistema e seu mal posicionamento discriminatório foi com as mulheres operárias da
indústria têxtil, mortas queimadas dentro de uma fábrica, morte massiva
e de forma terrível por reivindicarem melhores condições de trabalho. E
é assim que a sociedade industrial trata as mulheres, seus corpos, suas
almas, seus territórios, seus direitos. Então, essas questões têm que
ser debatidas e se constituem aspecto fulcral do feminismo. São mulheres
desde trabalhadoras operárias, empregadas domésticas, assalariadas em
geral e até as indígenas que precisam defender seus territórios, a saúde
dos seus povos e garantia de vida para seus filhos contra a mineração,
que se estende pelas empresas transnacionais e que acaba as populações
das florestas e a natureza. As mulheres são, pois, defensoras da
natureza, que é um dos novos paradigmas da humanidade: Ou nos
harmonizamos com a natureza ou caminhamos aceleradamente para nosso
próprio extermínio. Exterminar os povos indígenas, guardiões da natureza
não livrará a humanidade do extermínio, pelo contrário. Temos uma casa
comum e precisamos mudar a idéia de poder e convivência. Nesse sentido o
feminismo das mulheres indígenas e povos originários, e aqueles que trabalham
os feminismos latino-americanos deveriam estar sendo noticiados e apoiados,
também, por todos aqueles que se colocam como arautos do jornalismo e
comunicação dos novos tempos. Se o feminismo é plural e os pontos de
vistas todos são importantes, por que esse ponto de vista importante não
é acolhido na grande mídia? Estamos esperando o debate necessário,
horizontal e democrático do pluralismo feminista. |
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