TRANSITANDO EM NOVOS PARADIGMAS

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FRANCISCO FÉ- Escultura de Reciclagem-Toalhas recicladas, cimento, epóxi e pintura sobre garrafa pet por Verônica Maria Mapurunga de Miranda -outubro de 2021. Oferenda a uma prima.(Francy)
 

Entramos em uma fase muito difícil desta década, mas que nos impele à Harmonia. De fato, vivemos com muitos déficits em relação a esse tema, refletidos na falta de integração interna e desconhecimento do que nós somos, das nossas relações com a natureza e com os demais. A falta de transparência muitas vezes não deixa ver aquilo que necessitamos para viver harmonicamente. Muitas vezes nossa cabeça vai para um lado e o corpo vai para outro. Há quem diga que o corpo fala e mostra através de sintomas e às vezes de símbolos, essa desarmonia. Ao nosso redor e no próprio planeta uma quantidade de atos irracionais e desordenados, afetando a vida de todos, mostrando o quanto essas relações conosco, com a natureza e com os demais é ruim. Há quem diga que o que ocorre no mundo atual é nosso próprio espelho e o que ocorre no corpo também. Muito disso é resultado de nossa própria ignorância. Do fato de vivermos uma vida fragmentada, uma cultura especializada e de não conseguirmos mesmo saber o que nosso corpo reclama de nós, porque nossa relação com ele e todas as nossas partes é fragmentada. Outro dia vi uma reportagem de uma mãe que trabalhava muito no escritório, em um ritmo frenético e o filho começou a adoecer. Depois de muitas idas á médicos e psicólogos descobriram que o ritmo de trabalho dela estava adoecendo o filho. Neste caso ganhar mais para dar uma vida melhor ao filho resultava em seu contrário. Nossa visão desse todo é curta, perdemos um eixo fundamental que nos centraliza e ao mesmo tempo nos põe em movimento, nos faz fluir como energias que somos para ter uma vida mais integral e uma saúde melhor. Tudo que fazemos ao planeta, à atmosfera, ao ambiente, ao nosso redor nos adoece e adoece uma quantidade de gente. E não estou falando somente de bactérias e vírus, mas de energias negativas, que não fluem, de psicopatologias criadas por um tipo de vida egoísta, sem amor, narcisista, em um sistema que valoriza o consumo, as compulsões e o poder de forma descompensada. E o que fazemos nesse sentido não afeta somente a nós, mas a muitas outras pessoas. Muitas vezes pelas contradições, fragmentações, falta de autoconhecimento levamos uma carga grande de nós, amarrações e interrupções da vida que só quer fluir. O resultado disso tudo, que pede que paremos, estamos vendo na quantidade de óbitos, pelos mais variados motivos. São muitas perdas, muitas doenças e muito desespero. Vejo diariamente em minha rua passarem cortejos funerários em direção ao cemitério, com pessoas conhecidas, amigas, parentes, partes da história da cidade, partes da comunidade e é como se estivesse ocorrendo um esvaziamento. E isso muitas vezes nos retira o chão.

Todos precisamos de um novo eixo consoante com um novo ritmo, com uma nova força, com um novo movimento. Aqui e ali vemos as pontas de lança dessa nova realidade. Alguém passou por minha varanda e da grade disse: Que maravilha você tem muitas plantinhas e cuida delas. É outra energia. Nós também temos projetos em nossa cidade de transformar quintais e jardins e voltar as cidades a produzirem alimentos, florescer e verdejar. E temos projeto de educação para criança neste sentido. Mais adiante você vê um anúncio de alguém que fez um livro para crianças falando do corpo como um arco-íris, que são os próprios chacras que todos possuímos e que é o nosso corpo energético. As crianças desde cedo aprendendo a lidar e a se harmonizar com suas energias. E vemos que há muitas pessoas espalhadas nesse mundão de Deus acreditando e fazendo coisas importantes para mudar. E nisso temos que nos centrar: O que precisamos mudar? Como posso contribuir a partir de mim mesmo? Com meus pequenos projetos em que o mundo cabe dentro.

Reencontrar esse eixo nos pede parada, nos pede autoconhecimento, nos pede paciência, compaixão com os outros e conosco. Também nos pede Fé. Para acreditar que existem possibilidades de irmos além de tudo isso, que podemos nos curar e perceber que há muita desarmonia em nós e no mundo, que é o reflexo da vida que conseguimos criar. Vamos ter compaixão, que é a possibilidade de nos colocar no lugar do outro, de nos reconhecer construtores de uma nova vida e não predadores consoantes com a destruição. E Fé  para saber que nunca estivemos sós, para saber que nunca houve nenhuma certeza de nada (todo momento e movimento próximo é incerto), mas apesar disso todos vivemos, que a vida tem muitas facetas e dimensões que não conhecemos e que nada significa o fim verdadeiro.

De qualquer forma temos um compromisso com a vida. Como diria Mafalda (Que o Quino me escute), todos fomos diplomados juntos nessa matéria quando nascemos e o maior compromisso agora é apostar na busca dessa harmonia conosco mesmos e com a realidade imaginada e circundante.

Falava para uma pessoa doente, que luta por uma cura: Que a civilização que nós criamos é uma civilização muito zoadenta, muito barulhenta, o barulho da própria mente que não descansa, vive-se com o pé no acelerador e os olhos atentos para não deixar ninguém ficar parado. Se alguém parar para refletir, porque necessita de recolhimento, já, já, é alcunhado de vagabundo ou vagabunda, porque o lema da sociedade em que vivemos é : tempo é dinheiro. E chegou o momento de questionarmos o próprio tempo e o espaço-tempo que aprisiona as pessoas nessa correria, no stress e falta de harmonia para "ter" cada vez mais, em vez de pensar naquilo que é suficiente para ter uma vida mais harmônica e integrada. Adoecemos por causa desse ritmo, que não é o ritmo da terra, da nossa própria natureza, mas um ritmo inventado para dominá-la, para deixar de ser humano. Crescer de forma integrada consigo, com os outros e a natureza seria nosso "diploma de nascimento" e ai cometemos os maiores pecados ou impedimentos. A vida chegou a um ponto zero coletivo e disse: Vamos recomeçar? Nossos corpos estão dizendo: Estão loucos. Prestem atenção, não nascemos para isso. Nós também temos a cura, mas é necessário que nos escutem, nós temos o que dizer e se vocês se harmonizarem vão escutar. Francisco de Assis quando descobriu a divindade em si percebeu que sempre tinha tratado seu corpo como um burro de carga, a quem não lhe foi dado o direito de reclamar, nem de seguir a direção apropriada, sob um mando e um jugo de chicotes. Assim fazemos com as partes que não integramos e é necessário um eixo mais harmônico para conseguirmos sair disso. É necessário FÉ para dar saltos, para superar abismos, para entrar de cara no mundo das incertezas (De fato, nunca tivemos nada certo), para estarmos em um eixo que é somente  movimento. Estamos sendo convidados. Quem se atreve?

FÉ e COMPAIXÃO para todos.

Verônica Maria Mapurunga de Miranda- 02.08.2022

 

 

Publicado também em Mural desta página Artesanias de Verônica Miranda. www.veronicammiranda.com.br/mural.htm

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

FRANCISCO COMPAIXÃO- Escultura de Reciclagem - Toalhas recicladas, cimento, epóxi e pintura sobre garrafa pet por Veronica Maria Mapurunga de Miranda -Ano de 2021.Oferenda a uma família de primos.(Clovinho e Mariza).

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