TRANSITANDO EM NOVOS PARADIGMAS

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DO EU PARA NÓS: SOLTAR, EXPANDIR, CONSTRUIR O NOVO -   CLIQUE PARA VER MAIS ARQUIVOS



 

Sair do eu para nós é a direção necessária, que venho colocando em meus artigos desde 2019 e que está subjacente em textos, crônicas, ensaios, que faço desde o início do século, acompanhando-me nas mudanças individuais e coletivas que incluem a horizontalidade, a expansão da consciência em algum nível. A centralidade da necessidade das mudanças foi ficando cada vez mais clara e hoje sabemos que estamos às portas de uma sociedade em que a cooperação, a consciência da interdependência e a quebra do individualismo e separatividade são fundamentais, além do reconhecimento da natureza em nós, da realidade cósmica em que estamos imersos e da comunidade da vida.

Mas o sair dessa esfera implica uma sequência de mudanças importantes, em pensamentos, em atitudes, que são conseqüência do autoconhecimento laborioso e que leva  a pessoa a soltar aquilo que já não serve e expandir a consciência para construir aquilo que é novo para si e para o mundo. Muitos já começaram esse processo, outros estão somente se dando conta dessas mudanças, abalados pelos impactos da natureza que estão nos chegando de várias formas.

Esse é um tema candente que sempre estará em pauta nestes próximos anos em que precisamos lançar as bases de uma nova cultura planetária, de novas sociedades e de um novo espaço-tempo. Temos que ir pari passu com as mudanças e fazer escolhas: Ficaremos com  o que está sendo destruído ou com aquilo que é novo e vai compor o novo mundo, as novas energias e vibrações? Os artigos abaixo, escritos em minhas páginas do facebook e no MURAL de meu Portal ARTESANIAS DE VERÔNICA MIRANDA discorrem sobre essas necessidades e mudanças em seus vários aspectos. E todos eles estão relacionados à formação de um novo centro de gravidade que inclui sentimento-pensamento, intuição-percepção, que é o coração. Este novo centro de convergência e confluência que é capaz de estar em harmonia com o planeta terra, com a natureza e seus habitantes. A consciência cósmica, para onde estamos todos indo, nos irmana verdadeiramente, mas exige novas formas de SER e conviver. Verônica Maria Mapurunga de Miranda. Artigos incluídos:

-QUANDO POETAS, SÁBIOS, CIENTISTAS DO FUTURO, POVOS ANCESTRAIS E ESPIRITUALISTAS DIZEM O MESMO.

-CONSTRUINDO O NOVO.

-UMA MÃO QUE DÁ, OUTRA QUE RECEBE

 

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QUANDO POETAS, SÁBIOS, CIENTISTAS DO FUTURO, POVOS ANCESTRAIS E ESPIRITUALISTAS DIZEM O MESMO


Comentário que fiz há pouco em post de uma amiga do face sobre essa poesia sábia de Gibran que é um trecho do livro O Profeta de Gibran Khalil Gibran (abaixo).

"Esse é o Gibran Khalil Gibran. Fala do amor maduro. Na cultura narcisista em que vivemos, sem o amor natural nos sistemas familiares, os adultos não amadurecem, permanecem carentes e os filhos tornam-se compensação afetivo-emocional, extensões dos próprios pais, sem independência. De fato, todos estamos aqui (nesta vida) para cumprir algo próprio, que de alguma forma servirá aos outros. O que cada um é, é uma necessidade da vida. Na cultura narcisista, sem amor maduro e verdadeiro, os pais sufocam os filhos e as pessoas em geral sufocam suas relações."

 E isso, de fato, gera um individualismo muito grande e muitas psicopatias, que estão se exacerbando, mesmo que muitos já reconheçam a necessidade de cooperar e não competir, de resgatar o amor natural de sistemas familiares e de colocar em prática a honestidade (Maturana) e a transparência. Só podemos ter amor com transparência e verdade. Mas até que essas idéias tornem-se práticas, a fragmentação das pessoas, a carência e o vazio gerado por isso nos coloca diante de dois desafios: a superação do sistema capitalista que está internalizado e que provoca um grande individualismo competitivo e o narcisismo, que pela fragmentação da cultura, da família e desse amor natural gera esse vazio e o conseqüente ato de devorar. Como cantam há algum tempo os Tribalistas: Você tem fome de que? E isso é parte dos tempos apocalípticos.

 Apocalípticos porque estamos deixando um éon (fim de um espaço-tempo) e tudo aquilo que não faz parte desse novo tempo tende a se destruir. E a pergunta que já fiz em alguns textos e que continua sem querer calar: De que lado você prefere ficar? Daquele que está sendo destruído e não faz mais sentido? Ou daquele que é necessário construir mas necessita de verdade (transparência) e amor. E alguém pode dizer: Mas eu não consigo isso. Mas pode ter consciência disto e saber que o que ocorre consigo e com outros que pensam o mesmo é por causa de escolhas. Se eu escolho a destruição, ou aquilo que está sendo destruído porque não cabe mais nas novas realidades, obviamente que sofrerei todas as conseqüências disso.

Quando nos dispomos a uma mudança, que é parte do fluxo natural, nós também somos ajudados. Talvez seja imediatamente mais fácil mentir, corromper e corromper-se, explorar as pessoas, ter prazer negativo à custa de abusos de todo tipo para sair da pressão e do stress. As pessoas muito ambivalentes, ancoradas nas sombras, têm uma inteligência grande e manipuladora para fazer isso. Mas em qualquer princípio espiritual se sabe que o mal nunca vence o bem. Ele é somente um dos pólos que existe na dualidade, que sempre tende a ser superado, mesmo que esteja a serviço da destruição. Isso é parte de um movimento transcendente. Até já se disse, se o ser humano insistir em continuar depredando a terra, ele some da terra e o planeta continua.

 Então, é melhor se alinhar àquilo que é permanente e que flui, porque todo o mundo material e seus poderes são efêmeros. O SER é a única parte que temos que permanece e carrega uma memória capaz de nos fazer evoluir. Não estou nem um pouco preocupada de que me chamem de essencialista e nem que três ou quatro intelectuais vão dizer que isso não é válido ou que está fora de suas matérias científicas. Todo conhecimento que transforma nunca foi realmente validado em nenhuma universidade, até que as próprias mudanças foram verificadas. Muitas pessoas de visão em toda a história foram execradas pela ignorância de muitas autoridades do conhecimento, por falar de algo novo, não conhecido.

Mas atualmente, essas idéias circulam e têm base em muitas experiências diferentes, porque há grupos de pessoas que apesar das contradições já escolheram outros tipos de vida, mais de acordo com as novas realidades. E o que é importante saber é que são pessoas de várias áreas diferentes do conhecimento. Um conhecimento que não se aprende somente em colégios ou em universidades. É bom não perder muito tempo dizendo que estudou ou trabalhou na Universidade de Princeton ou outra universidade badalada, para justificar saber, pois os conhecimentos que estão sendo requeridos são de outra ordem e o que sair de nossas bocas ou escrito em papel será cobrado em coerência. Portanto, tratemos bem de nossas crianças (também daquelas que são criações. Para que lançar flechas em vão? É necessário ser também o arco que é firme). Amor e verdade são necessários.

"Tuas crianças não são tuas crianças. Elas são os filhos da vida..."(Gibran, Khalil Gibran)
Verônica Maria Mapurunga de Miranda - 06.09.2023 (Texto também publicado em MURAL do PORTAL ARTESANIAS DE VERONICA MIRANDA.)
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Veja o texto de Gibran Khalil Gibran do livro O PROFETA:

- Fale-nos de crianças...

E ele disse:

    Tuas crianças não são tuas crianças. Elas são os filhos da Vida que anseia por si.

Elas vieram através de ti mas não de ti, e a despeito de estarem contigo elas não te pertencem.Tu podes dar-lhes teu amor mas não teus pensamentos, pois elas têm seus próprios pensamentos.

Tu podes hospedar seus corpos mas não suas almas, pois suas almas habitam a casa do amanhã, que tu não podes visitar, mesmo em teus sonhos.

Tu podes empenhar-te para seres como elas, mas não tentes fazê-las serem como tu, pois a vida não caminha para trás nem coabita com o ontem.

Tu és o arco do qual tuas crianças, como flechas vivas, são impulsionadas. Arqueiro vede a marca sobre a trajetória do infinito, a ele te dobra com seu poder para que tuas flechas sigam velozes e para longe.

Deixes que a flexão na mão do arqueiro seja para o contentamento e a felicidade; Pois assim como ele ama a flecha que voa, Ele ama também o arco que seja firme".

"O Profeta" (trecho)

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CONSTRUINDO O NOVO

Francisco de Assis dizia "Comece fazendo o que é necessário, depois o que é possível, e de repente você estará fazendo o impossível". Muitas vezes alguns objetivos de vida são assim, devagar, até porque não têm apoio, e às vezes existem pessoas mesmo que querem impedir o que alguém faz. E às vezes esses objetivos não são necessários somente a uma única pessoa, são objetivos mais coletivos que alguém porta. Vide o próprio Francisco de Assis que teve muitas dificuldades para onde houver erro levar a verdade, onde houver ódio levar o amor e onde houver trevas levar à luz. Alguns objetivos não são fáceis, nem todos entendem e alguns nem querem saber, mas são verdadeiros e é uma lei espiritual que diz que cada um tem seu caminho e sua missão e ninguém deve impedir o caminho de ninguém.

Sempre que o fizeram burlaram uma lei maior e sobreveio desgraças, dificuldades para a vida de quem o faz.

A encruzilhada de mudanças em que todos estamos diz: Em vez de competir e destruir o caminho e objetivos de cada um procurem cooperar (cooperar não significa obrigar alguém a fazer aquilo que é seu objetivo, intrometendo-se no caminho dos outros, mas estabelecer parcerias, ajudas mútuas em diálogos (não escândalos, sem querer submeter os outros ao seu autoritarismo e mandonismo). Esse sentido de cooperação é algo que clama e pode começar a ser exercido por aqueles que realmente entendem esse sentido.

Enquanto vivermos no individualismo, na competição, no salve-se quem puder, na exploração dos outros e na violência, como pessoas narcisistas e que só querem tudo para si, que dão golpes nas pessoas para se dar bem, isso não é possível. Pessoas que não têm transparência nas relações, que fazem as coisas escondidas, na base da maledicência, de denegrir as pessoas e de forma unilateral, sem a outra pessoa saber, de fato faz golpe, faz violência, faz crime (esses tipos de ação estão prescritas em lei). Mas independente disso, estão em uma lei maior espiritual, que diz que não podemos interromper a vida e caminho de alguém. Essa Lei nos chama à responsabilidade. Ninguém precisa ser rico ou ter muito lucro no que faz, precisa somente realizar sua vida da melhor maneira que possa.

Muitos se chocaram com Francisco de Assis porque tinha objetivos de vida diferentes de seu pai e da sociedade vigente. Mas ele seguiu em frente e hoje é uma luz para muitos que seguem seus valores de renovação, de regeneração da cultura, de justiça social, de respeito e comunhão com a natureza.

Começamos nossos objetivos de onde estamos. Muitas vezes já fizemos bastante, mas algumas pessoas com objetivos diferentes fazem questão de não ver. E isso não importa. O que importa é nossa harmonia interior, com aquilo que somos e que temos que fazer. Se todos procurarem dentro de si esse sentimento e verdade deixarão de tentar impedir o que os outros fazem e se dedicarão com alegria àquilo que têm que fazer.

Verônica Maria Mapurunga de Miranda - 06.08.2023

Publicado também em meu facebook veronica mapurunga miranda

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UMA MÃO QUE DÁ, OUTRA QUE RECEBE

Uma vez conheci uma pessoa que contou uma história de um tempo que ela estava muito desvalida, sozinha, fora de seu país. E encontrou outra pessoa que a acolheu, lhe deu tudo o que era necessário, lhe ajudou e na hora de sua partida ao lhe perguntar o quanto lhe devia por tanto que fez, ela respondeu: Não me deve nada. Você está necessitado de ajuda e um dia tudo o que eu lhe fiz será devolvido por outras pessoas.

Segundo essa pessoa, quem lhe ajudou tinha essa filosofia de vida, que aprendera com sua mãe, que havia vivido a revolução espanhola.

De fato, essa pessoa desprendida que lhe ajudou tão gentilmente seguia uma lei espiritual: Tudo que fazemos tem um retorno; tudo o que plantamos colhemos; tudo o que damos com uma mão recebemos com a outra.

Essa pessoa parecia bondosa, citava esses exemplos do bem, mas esqueceu da outra parte da lei : Não colhemos somente o que fazemos de bem. Colhemos também o que fazemos de mal.

E esse é um pêndulo da lei que está sempre nos fazendo um chamado ético. Roubar, matar, perseguir, mentir, caluniar, difamar, maltratar, sob qualquer justificativa também tem retorno. E como no outro caso não é a mesma pessoa que sofreu a ação que lhe devolve. Pois haverá uma mão mais pesada que a sua ou uma espada flamejante para lhe devolver aquilo que merece.

Oremos aos céus e à terra para essas pessoas se arrependerem de seus atos e fazerem a coisa certa. Vigiemo-nos, pois todos somos corruptíveis e temos que equilibrar nossos pêndulos. Aproveitem, todos e todas, as oportunidades que têm para ter recomeços dignos e se limparem de todas as desgraças que lhes advirão por suas próprias consciências. Sair da sonolência e despertar.

A lei maior diz: Fazer o bem sem olhar a quem. Todo o resto teremos que prestar contas com nossa própria consciência.

Veronica Maria Mapurunga de Miranda. 23.02.2023.

Publicado também em meu facebook Artesanias de Verônica Miranda.
 

 

ANJO CORAÇÃO-  Ensaio artístico de 2022, ainda por fazer acabamentos, mas assinala  que todos nós temos uma dimensão angélica, que pode ser acessada e que é aquela dimensão mensageira que pode levar o humano ao divino e vice-versa. E é também nossa própria espada flamejante, capaz de funcionar como a espada de Star Wars, aquela que pode acabar com a guerra nas estrelas. Como dizia a parábola crística da casa construída sobre a rocha e a casa construída sobre a areia, o eu verdadeiro, simbolizado nesse coração de pedra encontrado na natureza é a nossa casa que não se dissipará com os ventos.Tudo o mais é efêmero, somente nossa casa coração, nosso eu verdadeiro, permanecerá. 22.11.2023


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Arte de reciclagem: Escultura ANJO CORAÇÃO. By me.Veronica Maria Mapurunga de Miranda. Ensaio artístico de 2022.

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