Para não Representar ou Epitáfio de Nascimento

                                    

 

 

                                               

Abordada por pessoa maledicente,

escura de sombra e amargura.

Precisando ser curada,

seu halo doentio denunciava:

Pau mandado...

Mulher sem direção e tino.

Em sua loucura se incomodava,

exigia retratação.

Dizia: Você não me representa,

 prefiro outra pessoa.

Outra de sua igualha(?)*...

Miséria da cultura.

Miséria também da vida

 que temos de partilhar.

Tão afetada estava

que não conseguiu perceber:

Ninguém queria representá-la.

Ausência de claridade

na cabeça obscura,

em sua confusão daninha.

Sem saber, que ao mundo,

muitas pessoas vinham

com clareza de epitáfio:

“Vim ao mundo para aprender

Não represento ninguém

(Nem sou representada)

Espero ter contribuído.”

 

    

   *igualha é muito mais que situação social. Quem sabe cultural ou arquetípica.                                                            -------------------------------------------------------------                           

   Verônica Maria  Mapurunga de Miranda  -      09/01/2015

-                                          ---------------------------------------------------------------
 

 

 

 

Voltar

 

 Poesias de Verônica Maria Mapurunga de Miranda.


Artesanias-de Verônica Miranda-www.veronicammiranda.com.br

A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE SITIO NÃO ESTÁ PERMITIDA

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS