Mataram sua mãe

                                            

 

 

                

 Mataram sua mãe

Ainda que parecesse viva

Disseram: essa casa não é dela.

Foi passada em nosso nome.

Você não tem nada aqui.

 

Pensava que tinha a casa da mãe.

Que a mãe ainda existia,

na casa em que viveu e a vida construiu.

 

Mataram sua mãe

Mas ela não tinha baixado à terra.

Boiava sem direitos, de viver e de ser mãe.

Tiraram seus motivos e alegria de viver.

Impedida de ser mãe, sem socorro aos seus reclamos.

 

Mataram sua mãe, vagueando pela casa.

Com drogas e sem direitos.

Mataram sua mãe, sem casa, nas quatro paredes.

Sem esperança.

 

Mataram sua mãe, sem ainda enterrá-la.

Para fazer viver... Vidas defeituosas

para sempre.

 

 

Verônica Maria Mapurunga de Miranda - Agosto/2014

 

    

 

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