Levava a vida
em intrigas.
Não enfrentava a si
mesma.
Nelas levava
vantagens.
As traições rendiam algo?
De uma saiu um
emprego chocho.
De outra um
título que não lhe cabia.
A vida era uma
falsidade
sob brilhantes
roupagens.
Roubava daqui, mentia
ali,
acolá intrigava.
Indo e voltando
insidiava.
Quem saberia a
verdade?
Mentira tem pernas
curtas,
e seus braços eram
longos,
enrodilhados sobre si
mesma.
A insídia sobre si, sem saber,
crescia.
Tornara-se cobra
feroz
preparando-lhe um
bote.
Esquecera um simples
detalhe:
Não se mente para a
própria consciência.
Verônica Maria
Mapurunga de Miranda
04/06/2014