Já não quero saber de reflexos, nem de espelhos. Ali onde tudo parece igual ou único busco mais a inspiração.

 

SOM SOMENTE COM INTERNET EXPLORER 5.0 OU SUPERIOR - ESPERE O SOM DESCARREGAR

 

ÁGUAS DE MARÇO

Tom Jobim

É pau, é pedra, é o fim do caminho

É um resto de toco, é um pouco sozinho

É um caco de vidro, é a vida, é o sol

É a noite, é a morte, é um laço, é o anzol

É peroba do campo, é o nó da madeira

Caingá, candeia, é o Matita Pereira

 

É madeira de vento, tombo da ribanceira

É o mistério profundo, é o queira ou não queira

É o vento ventando, é o fim da ladeira

É a viga, é o vão, festa da cumeeira

É a chuva chovendo, é conversa ribeira

É o pé, é o chão, é  a marcha estradeira

Passarinho na mão, pedra de atiradeira

 

É uma ave no céu, é uma ave no chão

É um regato é uma fonte, é um pedaço de pão

É o fundo do poço, é o fim do caminho

No rosto o desgosto, é um pouco sozinho

É um estrepe, é um prego, é uma conta, é um conto

É um pingo pingado, é uma ponta, é um ponto

 

É um peixe, é um gesto, é uma prata brilhando

É  a luz da manhã, é o tijolo chegando

É a lenha, é o dia, é o fim da picada

É a garrafa de cana, o estilhaço na estrada

É o projeto da casa, é o corpo na cama

É o carro enguiçado, é a lama, é  a lama

(....................................................................)

 

É pau, é pedra, é o fim do caminho

É um resto de toco, é um pouco sozinho

São as águas de março fechando o verão

É a promessa de vida no teu coração.

-----------------------------------------------------

P.S. É chegando ou é fechando? (rss...rss.). Tom, onde você estiver perdoe a interpretação....Mas cantar é preciso....

VOZ: Verônica Maria Mapurunga de Miranda


Dia Comum (18)

   março de 2007 

  Horas Vagas:-----  

VOLTAR

Artesanias-de Verônica Miranda-www.veronicammiranda.com.br

A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE SITIO NÃO ESTÁ PERMITIDA

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

PRINCIPAL

CRONICONTO

GALERIA

PEPEGRILLO

MOMENTOS

MURAL

CULTURA