As caravanas passam...Largada para as eleições Brasil 2002

E a festa continua...Brasil um  único caminho

E uma estrela brilhou...Apontando um novo e único caminho:o caminho da renovação e da transformação. O voto dos cidadãos, bravos homens e bravas mulheres desse Brasil, escolheu novas lideranças, em uma primeira etapa das eleições Brasil 2002, redefinindo o cenário político nacional.

A nova composição política do congresso nacional, com suas bancadas expressando a força dos partidos até então minoritários, e a existência do segundo turno das eleições para governadores, mostra o sentido dos desejos e sonhos dos brasileiros por um projeto político novo e diferente.

Dessa forma, para a segunda etapa dessa festa brasileira temos um único caminho e não dois, como alguns discursos políticos apontam. De fato, temos dois barcos, dois candidatos a presidente, dois projetos políticos, nos quais poderemos embarcar para essa viagem que é uma aventura em todos os sentidos.

Um barco, de estruturas já carcomidas, que não comporta mais reformas. Um barco que já deu o que tinha que dar, navegando por mares errantes, com uma tripulação afligida. E outro, novo, para o qual os sobreviventes migram. Como migram as suas esperanças, as suas energias, a sua fé na renovação, na vida, e em um projeto de reinvenção nacional. 

Todas as pessoas lúcidas deste país já sabem em que barco apostar, pois as lideranças, sejam políticas ou não, sabem que para a realização de grandes empreendimentos é necessário legitimidade. Sabem também que de estruturas carcomidas e carcaças não se pode tirar soluções, não se pode requerer vitalidade. E chega-se a um ponto em que ao se pedir mais sacrifício à população "a corda rói", como lembra o dito popular.

O que em geral mantém um velho barco, velhos projetos reformados e remendados é a ânsia de poder, a vaidade, e o interesse de poucos que conseguiram para eles o resto do oxigênio, do rarefeito ar de tal embarcação. Mas, não poderão ir muito longe, pois insistir em um projeto que não tem mais apoio, nem crédito da população, e nem oxigênio, resultará em naufrágio.

 A pergunta é: quem quererá continuar nesse barco se há outra alternativa muito mais promissora? Quem quererá continuar nesse barco, se há o indício, realizado em uma primeira etapa das eleições, de que a população está no caminho certo, ainda que deva se esforçar para deixar isso cada vez mais claro. 

É necessário, portanto, que a população fique atenta para o discurso político do "prato-feito". Daqueles políticos que chegam com todas as soluções prontas para a população acatar, e das quais ela não será participante, mas que têm a desculpa de que estão trabalhando pelo Brasil. Vale a pergunta: que Brasil é este?

Quem já tem todas as soluções prontinhas, para que vai precisar da população e da sua participação, através de suas representações e seus canais coletivos de expressão? O "prato-feito" é a solução única de especialistas, na tecnocracia, que esconde interesses e que não tem resolvido os problemas centrais do país.

"Prato-feito", em grande parte das vezes, dá indigestão, ou então, não responde às necessidades nutritivas.Porque quem o faz não está necessariamente preocupado com isso, mas em apresentar um produto mais barato, aparentemente mais variado e que engana o estômago.

É necessário tomarmos pé de qual barco fazemos parte, se estamos no velho e carcomido, ou no novo e cheio de possibilidades. Pois a escolha do barco certo nos fará evitar o naufrágio. Ainda é tempo de mudarmos de barco, de nos despojarmos de tudo o que está ultrapassado e em ruínas, e engrossarmos as fileiras do novo e das possibilidades para a construção de uma verdadeira democracia neste país. 

As caravanas dos desejos, sonhos e utopias passam... e querem vida, esperança e participação, pelo único caminho que de fato nos é dado, e que já tem uma estrela - guia.

Verônica Maria Mapurunga de Miranda - 09/10/2002

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