Principal

Viçosa

Viçosa ...tempos de outrora

Viçosa... anos e anos

Guia Viçosa

Guia Viçosa  - História e Cultura

                                      Apontamentos e Reflexões

Quando iniciei este site -Viçosa do Ceará - Uma Página não Oficial - a seção Guia Viçosa era um lugar de fotografias de lugares interessantes, pitorescos, tradicionais para se visitar. Só havia, então, o meu site sobre Viçosa do Ceará. Hoje pululam na internet fotos lindas, lugares, publicidade, vídeos oficiais ou não sobre Viçosa do Ceará. De sorte que percebo que o mais importante nesse pequeno espaço é fazer alguns apontamentos que possam levar a uma mobilização de idéias e conhecimentos sobre a história e a cultura em Viçosa. Tenho escrito algumas crônicas no site Artesanias de Verônica Miranda, parte desse portal, que aos poucos também estarão linkados aqui, compondo esses "Apontamentos e Reflexões". Verônica Maria Mapurunga de Miranda - 19.06.2017

Que a história tenha alma enquanto resgatamos as partes e os elos da história fragmentada. Que se faça a "contemporaneidade do não coetâneo" transcendendo os tempos, para vivenciarmos a cultura de um presente mais pleno. E que possamos apontar as necessidades e construir desde o aqui e agora, os tempos vindouros. Verônica Maria Mapurunga de Miranda - 21.11.2017

                                                                              ---------------------------------------

           Rever a História Oficial (Veja Arquivos)

Essa foto de um livro (na foto citado) foi postada no facebook por um conterrâneo que gosta e se preocupa com Viçosa e por isso achei que merecia esclarecimentos, que servem a todos nós, que com Viçosa se preocupam, e não só a cidade física, mas também o seu povo, os que aqui nasceram, vivem e trabalham, a têm como sua comunidade e lugar de vida. Por isso comentei e repasso, sabendo que os esclarecimentos sobre uma História Oficial sempre serão necessários, nas buscas de perspectivas que possam ajudar a construir o presente.

De fato, o lugar onde muitos de nós nascemos, vivemos e “curtimos” surgiu de uma "colonização" que já foi estudada por muitos e bons historiadores no Brasil em que países europeus, como Portugal, buscavam se expandir como empresas coloniais, na fase mercantilista do capitalismo na Europa. Necessitavam de novas terras e novos produtos comerciais para se expandir e para isso e através de alguns conhecimentos geográficos, como a terra é redonda, descobriram terras além-mar. E as potências européias (Portugal e Espanha) da época fizeram um tratado entre elas dividindo o planeta para as aventuras das conquistas. Esqueceram propositalmente de colocar os franceses, holandeses e ingleses e por isso na História oficial, contada pelos portugueses, eles se tornaram piratas durante a colonização. A pergunta que se faz é: Por que Espanha e Portugal podiam dividir o mundo entre eles, se existiam outros povos na Europa, seus conhecidos?

Chegaram aqui e trataram a nova terra "como terra de ninguém", quando de fato já era ocupada por muitos povos, que não tinham o poderio bélico dos colonizadores e tinham outra cosmovisão. A colonização, retirando a questão das datas, foi uma guerra de dominação em todos os sentidos. Também, e porque foi imposta uma religião e cosmovisão aos povos autóctones existentes, houve resistência dos povos e muitos acordos de guerra e não de paz (porque tinham que fazê-los).

Contar a história de nossa cidade sob outras perspectivas, inclusive perspectivas que já existem no Brasil, é importante para resgatar a maior verdade possível, que nos colocará a todos mais inteiros, e com mais compreensão, para viver o presente de uma forma saudável. Muito do que foi esquecido está retornando.  Quinhentos e poucos anos não são nada, ou é pouco, porque os povos que aqui viviam já tinham uma longa história. E é pouco diante da história da humanidade, mas para nós, atualmente como humanidade, brasileiros e viçosenses rever esse período da colonização com outra perspectiva é importante  porque esses embates deixaram marcas e fissuras no inconsciente coletivo e porque sem muitos saberem, essas marcas e fissuras atuam na vida das pessoas. Muitos ainda vivem sob efeito de traumas culturais que não foram assimilados na cultura e afetam a vida das pessoas no presente. Quanto mais retomamos a História na aproximação da verdade, das contradições, dos esclarecimentos coletivos, menos necessitaremos do passado para viver o presente. Muitos vivem o passado porque não o entendem. A cidade e o povo viçosense precisa viver o aqui e agora, sempre à luz da verdade e compreensão históricas.

                                 Veronica Maria Mapurunga de Miranda. 17.06.2018.

EM ARTESANIAS - DE VERÔNICA MIRANDA-www.veronicammiranda.com.br

A REPRODUÇÃO  TOTAL OU PARCIAL DESTE SÍTIO NÃO ESTÁ PERMITIDA

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS