Guia Viçosa - História e Cultura |
Apontamentos e Reflexões |
Quando iniciei este site -Viçosa do Ceará - Uma Página não Oficial - a seção Guia Viçosa era um lugar de fotografias de lugares interessantes, pitorescos, tradicionais para se visitar. Só havia, então, o meu site sobre Viçosa do Ceará. Hoje pululam na internet fotos lindas, lugares, publicidade, vídeos oficiais ou não sobre Viçosa do Ceará. De sorte que percebo que o mais importante nesse pequeno espaço é fazer alguns apontamentos que possam levar a uma mobilização de idéias e conhecimentos sobre a história e a cultura em Viçosa. Tenho escrito algumas crônicas no site Artesanias de Verônica Miranda, parte desse portal, que aos poucos também estarão linkados aqui, compondo esses "Apontamentos e Reflexões". Verônica Maria Mapurunga de Miranda - 19.06.2017 |
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Que a história tenha alma enquanto resgatamos as partes e os elos da história fragmentada. Que se faça a "contemporaneidade do não coetâneo" transcendendo os tempos, para vivenciarmos a cultura de um presente mais pleno. E que possamos apontar as necessidades e construir desde o aqui e agora, os tempos vindouros. Verônica Maria Mapurunga de Miranda - 21.11.2017 |
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RACISMO À BRASILEIRA, UM PROBLEMA DE TODOS (Veja Arquivos) |
“Antropólogo e professor da Universidade de São Paulo (USP), Kabengele Munanga é Originário do Congo, professor e desenvolve pesquisas sobre populações afro-brasileiras na USP desde a década de 1970. Ele foi um dos homenageados na Faculdade de Direito da USP, durante a abertura de dois dias de seminário sobre discriminação racial. Ao comparar as discriminações contra negros e indígenas no Brasil, Munanga afirmou que uma das peculiaridades desses processo no país é “o silêncio, o não dito, que confunde todos os brasileiros e brasileiras vítimas e não vítimas.” “Para Munanga, o “racismo à brasileira mata duas vezes”. “Mata fisicamente, como mostram as estatísticas do genocídio da juventude negra em nossas periferias, mata na inibição da manifestação da consciência de todos, brancos e negros, sobre a existência do racismo em nossa sociedade”, enfatizou.” (Bahia.Ba Publicado em 13/05/2019 às 19h20.Antropólogo homenageado diz que silêncio é marca do racismo no Brasil. "Racismo à brasileira mata duas vezes", disse Kabengele Munanga, professor da USP). E um dos grandes problemas relacionados à questão suscitada nesse artigo é o não reconhecimento de que não há verdadeiramente "brancos". E que todos os miscigenados portam todas as diferenças em si. E que os substratos culturais estão cheios dessas divisões, dissociações e que precisam ser reconhecidas. Enquanto não se insistir nesse reconhecimento seremos muitas etnias e raças disputando entre si e carregando as possibilidades de ser colonizador ou colonizado, negro ou branco ou indígena, enquanto esquecemos que somos uma só alma que portamos todos, respeitamos todos e aceitamos todos em nós. Essa marca dolorosa da colonização tem que ser reconhecida e trabalhada mil vezes, seja em nível coletivo, seja em nível individual. Tanto o silencio quanto a ferida exposta necessitam de "tratamentos adequados". Em época de "integração", em que almas caminham nesse sentido é necessário conhecer e aceitar as diferenças existentes em nós, na cultura, no entorno.
Toda vez que as negamos e impomos silencio
sobre a questão estamos contribuindo para a dissociação interna de todos e
para a projeção dessas divisões que se expressam em preconceitos, exclusões
e discriminações. Por outro lado não se resolve a questão substituindo um
poder por outro, a afirmação de uns sobre outros. Se mudam os pólos, muda-se
somente a dominação. Contudo, as políticas públicas culturais e educativas,
principalmente, são fundamentais para ventilar, debater e fazer emergir uma
questão que iniciou nos governos próximos passados e que não deve submergir
novamente. Essa é uma questão de todos e não somente de uma identidade, raça
ou etnia, ainda que haja inconsciência generalizada da problemática e as
pessoas não entendam como todos são atingidos. |
19/ 05/ 2019 - Verônica Maria Mapurunga de Miranda |
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Midi de fundo: Bachianas nº 5- Heitor Villa lobos 1938-1945 |
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