Guia Viçosa - História e Cultura |
Apontamentos e Reflexões |
Quando iniciei este site -Viçosa do Ceará - Uma Página não Oficial - a seção Guia Viçosa era um lugar de fotografias de lugares interessantes, pitorescos, tradicionais para se visitar. Só havia, então, o meu site sobre Viçosa do Ceará. Hoje pululam na internet fotos lindas, lugares, publicidade, vídeos oficiais ou não sobre Viçosa do Ceará. De sorte que percebo que o mais importante nesse pequeno espaço é fazer alguns apontamentos que possam levar a uma mobilização de idéias e conhecimentos sobre a história e a cultura em Viçosa. Tenho escrito algumas crônicas no site Artesanias de Verônica Miranda, parte desse portal, que aos poucos também estarão linkadas aqui, compondo esses "Apontamentos e Reflexões". Verônica Maria Mapurunga de Miranda - 19.06.2017 |
|
Que a história tenha alma enquanto resgatamos as partes e os elos da história fragmentada. Que se faça a "contemporaneidade do não coetâneo" transcendendo os tempos, para vivenciarmos a cultura de um presente mais pleno. E que possamos apontar as necessidades e construir desde o aqui e agora, os tempos vindouros. Verônica Maria Mapurunga de Miranda - 21.11.2017 |
A História e seus Símbolos (Veja Arquivos) |
“Fiquei impressionado quando vi pela primeira vez a estátua em homenagem ao Borba Gato [1649 – 1718], em Santo Amaro, um homem responsável por mortes, estupros e incêndios em aldeias indígenas”, conta o hoje professor da Escola Estadual Indígena Djekupe Amba Arandu, das aldeias Tekoá Pyau e Tekoá Ytu, ponto de resistência guarani na região do Parque Estadual do Jaraguá. “Essa é a parte mais difícil do ensino de história: explicar para crianças por que homens que foram responsáveis por massacres e escravidão de indígenas ainda serem homenageados em todas as partes”, afirma Martim. ( Regiane Oliveira - Por que nos importamos com símbolos escravagistas dos EUA e ignoramos os do Brasil? – El País - o Paulo - 04 SEP 2017 - 16:57BRT). O questionamento sobre os símbolos escravagistas e homenagens a bandeirantes e sertanistas colocam essa questão em pauta. E isso significa que a história é contada ainda da perspectiva do colonizador e que o arquétipo do colonizador está bem vivo e necessitando ser trabalhado. Aquilo que é simbólico nos move e de outra forma, nesses casos, representa e referencia. A História serve também para isso. A petrificação do passado, ou petrificação de uma história de dominação, requer a crítica necessária quando se pretende construir algo diferente no presente, ou seja, que essa história seja para construir um mundo de paz e não de guerras. E fica a pergunta: O que estamos simbolizando para a coletividade quando se faz uma história de heroísmos de guerras, de dominação? Dentre esses processos de questionamentos, vivência e elaboração de representações da História, uma das melhores coisas a acontecer de forma coletiva é a expressão das partes e das vozes que nunca puderam se colocar oficialmente. Durante o governo Lula houve uma abertura cultural para que pudesse emergir essas outras vozes, essas outras perspectivas, mas infelizmente, a cultura só pode se fazer ampla se houver uma ancoragem em um estilo de vida e economia. E esta última foi raptada por uma política econômica global, mas também por um Estado caduco, que não responde às solicitações de mudanças do seu povo.
O Estado, no Brasil, está desmoronando de
velho e é importante que vá até o fim esse processo. Enquanto isso, vejo
as candidaturas de indígenas e lideranças de movimentos sociais da
cidade, mesmo que em uma estrutura política às avessas, uma forma de
expressão e clamor. Um grito pelo Brasil profundo que quer estrear um
novo tipo de política, de relações de poder, de representação histórica,
um novo mundo. |
Verônica Maria Mapurunga de Miranda - 18/ 05/ 2018 |
Midi de fundo: Bachianas nº 5- Heitor Villa lobos 1938-1945 |
EM ARTESANIAS - DE VERÔNICA MIRANDA-www.veronicammiranda.com.br |
A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE SÍTIO NÃO ESTÁ PERMITIDA |
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS |